e agora mesmo tropecei nas da minha amiga aNa:
Hum (reticências)
provavelmente estarei a ser injusta.
Mas Hum.. à mesma.
Dámutelemóbeljá!
Obviamente que tenho a minha opinião sobre o affair telemóvel, mas as opiniões são como as [palavra riscada], e agora não me apetece dá-la.
Em vez disso, informo os estimados leitores que ontem caí para o chão a rir a ver o rap da coisa no youtube. Para ser politicamente correcta e tal, ide vós à procura. Ou, pensando melhor, está aqui.
Um gajo só se pode rir destas merdas, é a miséria total. Vale a pena ler os comentários, a malta quer toda o mix para toque do telemóvel…
Ah que já nem me lembrava!
(nota pra self, ie, o post; e segunda nota pra self: se já nem me lembrava, também não é grave, sendo isso em si, sim, o grave)
Deixar aqui um
HUM..
nunca substimar o poder dos Hum’s de uma gaja que não costuma andar a dormir nestas merdas; pode demorar tempo a chegar ao Hum, mas chega lá
e quando leva reticências tá quase o caldo entornado.
O Pulitzer Prize
‘tás a ver? Não sei se te tinha dito, mas este livro ganhou o Pulitzer. Percebes, não é? Eu sei que sim, que sabes o que estou a dizer. O Pulitzer. Este livro (como todos os outros anteriores Pulitzers que li e os Bookers numa medida menor) são LIVROS em maiúsculas. São esses que valem a pena. Que valem o nosso tempo, cada vez mais curto. Um gajo chega a uma certa altura da vida e pensa se terá ainda tempo de os ler todos, esses e outros, desses e de outros autores que também podiam ter ganho. Não se trata de clássicos, são estes LIVROS, escritos agora. Um gajo pensa se terá tempo para os ler. Um gajo escreve no blog se ainda terá tempo para os ler. É isto e nada mais que isto.
The Road, Cormac McCarthy
Às 11 e meia de sexta feira, dia 21 de Março de 2008 (não interessa a data, mas interessa-me a mim registá-a) abro um livro:
depois da clássica pergunta a olhar para as estantes, a tentar abarcar todas as coisas novas, “o que é que eu leio?”
“Lê este”, seguido de uma afirmação extraordinária “comecei a ler à noite até ficar morto de sono e acabei-o antes do pequeno almoço do dia seguinte”. (nunca na minha vida tinha ouvido o meu Pai dizer isso.)
Às 3 e meia da manhã fecho o livro; leitura seguida, compulsiva, obsessiva. Brutal este livro, que me vai levar anos a digerir. Lindo, comovente, brilhante, uma escrita absolutamente fluída, quase poesia. Como é que se pode escrever desta forma bela sobre tudo aquilo? Não sei. Sei que aquelas horas me mudaram. Não se nota, mas sei.
O livro ganhou o Pulitzer Prize for Fiction 2007 (que, na minha modesta opinião ou vá, para o meu gosto literário, é o melhor prémio do mundo).
Recado à família silenciosa
(a quem canta o KenLee e isso): já cheguei e fiz boa viagem! E aqui tá menos frio!
E a todos os leitores, Boa Páscoa, já passou, siga para normal. Beijos e abraços e obrigada!
Arthur C. Clarke (16.12.1917 – 19.03.2008)
(acabada de saber pelo PQ)
o meu obrigada por muitas e muitas horas de leituras
Ken Lee
Eu sei que anda por aí a rodar nos emails, mas não resisto em colocar aqui. Ainda não parei de rir! 😀
Ela e ele
Conheço-os. Nunca os vi. Imagino-os aos dois.
Ela, uma mulher linda e doce, cujas inquietações de alma vai escrevendo cada dia melhor. Uma menina bem comportada, uma das mulheres mais femininas que tenho o privilégio de ler todos os dias. Que me faz pensar, rir e às vez me comove, com estas coisas de gajas que nós não queremos nem saber e nós não, porque somos raparigas do século XXI, práticas e pragmáticas mas que, de vez em quando, nos batem e ficamos como todas as outras (parvas), umas românticas do pior. Que se sorriem e se riem um bocadinho envergonhadas e sentem assim uma lágrima ao canto do olho, todas solidárias, quando lêem coisas como
Ele, gajo, claro. Os gajos não querem saber destas coisas, são as parvoeiras delas; eles são cerebrais, embora usem a inteligência emocional, mas ninguém os apanha em cenas cor de rosa, muito menos em público. Vá, dizem as coisas assim muito vagamente, assobiam para o lado e encolhem os ombros, pá, sabes como é. Mas lá no fundo, iguaizinhos a nós, porque os sentimentos não são só das mulheres, eles é que (res)guardam os deles. E depois, de repente, fazem coisas assim, inesperadas e atravessam-se todos (ao comprido até, se for preciso) e saem daquelas tocas fechadas onde se escondem e respondem
E nós do lado de cá, a ler e a imaginá-la a ela, corada e sorridente, um bocadinho até aparvalhada, com aquela confissão tão pública do homem dela, que nem será dessas coisas (nenhum é), fazemos de conta que nem lemos e nem vimos nada e, secretamente, babamos.
O amor, como se vê, não precisa de ser complicado.
(ele autorizou que eu escrevesse isto, querida! entende-te lá com ele! :D)