The Road, Cormac McCarthy
Às 11 e meia de sexta feira, dia 21 de Março de 2008 (não interessa a data, mas interessa-me a mim registá-a) abro um livro:
depois da clássica pergunta a olhar para as estantes, a tentar abarcar todas as coisas novas, “o que é que eu leio?”
“Lê este”, seguido de uma afirmação extraordinária “comecei a ler à noite até ficar morto de sono e acabei-o antes do pequeno almoço do dia seguinte”. (nunca na minha vida tinha ouvido o meu Pai dizer isso.)
Às 3 e meia da manhã fecho o livro; leitura seguida, compulsiva, obsessiva. Brutal este livro, que me vai levar anos a digerir. Lindo, comovente, brilhante, uma escrita absolutamente fluída, quase poesia. Como é que se pode escrever desta forma bela sobre tudo aquilo? Não sei. Sei que aquelas horas me mudaram. Não se nota, mas sei.
O livro ganhou o Pulitzer Prize for Fiction 2007 (que, na minha modesta opinião ou vá, para o meu gosto literário, é o melhor prémio do mundo).
- Recado à família silenciosa
- O Pulitzer Prize
Deve ser sem dúvida uma boa leitura.
Com o Pulitzer e um Blog destes a aconselhar só pode ser bom.
Vou espreitar e depois logo digo.
Olha e leste em inglês? Eu prefiro sempre, embora o No country com a pressa de ver o Josh Brolin, desculpa, o filme, nem pensei mais e peguei na tradução. Invariavelmente leio a pensar: “como estará isto no oiriginal? E esta como será?” Gostava de ler McCarthy em inglês, decididamente.
É uma excelente leitura, Rui, mas brutal.
Crezia, li, claro. Nunca leio originais em inglês noutra língua e, sempre que posso, leio outros em tradução inglesa. As portuguesas, há meia dúzia de bons tradutores, o resto é uma porcaria.
Não me digas nada. Nunca li o verbo prescutar tanta vez no mesmo livro. Credo, mas alguém diria prescutar no Texas? Se se falasse português no Texas, claro está. Agora vou já comentar o da miuda malcriadona que estou aqui em pulgas.
Pois. 😀