Dámutelemóbeljá!
Obviamente que tenho a minha opinião sobre o affair telemóvel, mas as opiniões são como as [palavra riscada], e agora não me apetece dá-la.
Em vez disso, informo os estimados leitores que ontem caí para o chão a rir a ver o rap da coisa no youtube. Para ser politicamente correcta e tal, ide vós à procura. Ou, pensando melhor, está aqui.
Um gajo só se pode rir destas merdas, é a miséria total. Vale a pena ler os comentários, a malta quer toda o mix para toque do telemóvel…
- Ah que já nem me lembrava!
- Hum (reticências)
Realmente!
Ando a actualizar-me dos acontecimentos depois de uma semana sem notícias e leio em vários blogs areferências a este episódio.
Já tinha lido a Vieira, mas não tinha visto. É mesmo a miséria total, como dizes!
Eu ainda não pús nada no Cose, mas tenho de lá deixar. Isto é daquelas coisas que me põe nervosa. Miudos malcriados – que são todos, dizem-me – eu não acredito que são todos nada – deixam-me furiosa. Com vontade de lhes dar com um pano encharcado na cara – que não se pode, dizem-me, é anti-pedagógico e mais não sei quê. Isso é que era bom, respondo eu. Dizia que lhes dava com o dito pano acompanhado de um grito: “Mas quem és tu?? Onde na vida é que se trata alguém assim? Os teus pais sabem que tens esses modos?” E sabem, claro, aposto que sim. Se não os dela, muitos de outros como ela. A miséria é infindável. Uma tristeza. Nem vou falar do paspalhão que grava… nãovounãovounãovou… aplicar o ioga… hammmmmm
Olha tu não deste a tua e eu… sou uma devassa que se há-de fazer?
Cuidado Cat, não tropeces!
“Olha, a belha bai cair!”
:p
[palavra riscada], não consigo comentar actualidades. Fico entorpecido com um fiozinho do bába a escorrer-me pelo canto da boca.
Méri, eu não tinha visto, só vi de relance nas notícias. Ontem fui ver ao Youtube e não só encontrei os filmes inteiros com as caras destapadas, como esta pérola da criatividade musical da rapaziada…
Crezia, miúdos malcriados, pais que não os sabem educar, professores que descem ao nível, ministério que desculpa tudo aos meninos para cumprir estatísticas, a profissão de professor tornada um inferno, o medo, enfim, uma miséria total.
Vítor I., olha o respeitinho! :DDDD
Plexu, acontece.
Eu devo ser a única a achar a professora uma atrasada mental por descer ao nível da miúda e deixar-se arrastar pela sala fora numa de “dá cá não dou”… que figura triste, meu deus (risos).
E beijos!
eu estou como a vieira, acho inacreditavel que a professora tenha baixado ao nivel dos adolescentes mal-criados. atrasada mental nao direi, suponho que seja da escalada da perturbacao.
Olha, tinha escrito um post enorme e acho que me fica mal.
Vou mandar um mail, está bem?
também achei a figura tristíssima, Vieira, como escrevi mais acima, descer ao nível não se pode. Beijos!
mana, deste-me um baque agora: vê lá isso dos comentos, andas a comentar com o meu nick (devia estar por defeito nesse comp lol) mas já alterei.
Crezia, obrigada! Não te fica mal nada.
jura! 😀 como e’ que eu nao dei por nada? comentei como catarina, foi? ai.
quanto ‘a figura nao so’ e’ tristissima, como parece a de alguem que nao tem contacto com adolescentes, o que nao sera’ o caso. como pode ser que haja pessoas que lidam com eles todos os dias e nao sabe com quem esta’ a tratar? o meu filho queixa-se disso, da incompreensao de alguns professores. e nao e’ por ter problemas, todos dizem que e’ muito educadinho. imaginemos que nos queriam tirar o telemovel, a no’s, adultas. levariam os nossos segredos, os nossos amores, os contactos de quem importa. quando me esquec,o do meu em qualquer lado fico verde so’ de pensar que alguem pode ter acesso aos meus sms. estas confiscacoes, ainda por cima, nao se restringem ao tempo da aula, o meu filho ja’ ficou varios dias sem telemovel so’ porque nao usa relogio e o tirou do bolso para ver as horas. imaginemo-nos com aquela idade e uma megera da outra faccao a levar-nos os nossos diarios. e’ que o telemovel tem esse estatuto, agora.
ok, voltou a acontecer. burrra, burra burra, tomei balanc,o com o comento e esqueci-me de verificar. sorry…
Isso é uma grande verdade. Ainda ontem estava a pensar: nós também não tinhamos nada disto. Imagino que a solução diplomática “na minha aula não se usa o telemovel” funcione só com meninos obedientes, havendo sempre essa possibilidade de o usarem como relógio (como eu pp muitas vezes) e gera-se o caos que nestas coisas de 15 e 16 anos à mistura com professoras que não distinguem idades nem postos, já se sabe. Tem mesmo, um dia destes uma miuda queria comprar-me um só porque apareci com outro (eu não tenho 15 anos mas também mudo de telemovel). Fiquei chocada! E todo o arquivo romântico que ele carrega na memória? E é ali que eu o quero, pois claro!
Ora bem… infelizmente a professora não teve o discernimento de expulsar a aluna após o incumprimento das orientações dadas relativamente ao [uso do] telemóvel na sala de aula (presumo que tal tenha ocorrido). Falta disciplinar e estava o assunto, pelo menos na altura, arrumado. Chegando-se ao ponto a que se chegou, nada melhor do que um estalo bem dado e assumirem-se as consequências, de parte a parte, do sucedido. É que, a partir de determinado momento, a razão deixou de ter lugar e, em consequência disso e do que vi, a “autoridade” da professora no colectivo foi completamente arruinada com este episódio… Já quanto à aluna, espero que apanhe um castigo disciplinar exemplar!
O outro episódio que ontem vi na SICn, numa aula de economia, obriga, de igual modo, a medidas severas e exemplares de âmbito disciplinar. Depois, se quiserem, ponham os adolescentes com acompanhamento “psicológico”. Aqueles. É que, acima de tudo, há que preservar os demais das “bestas”.
Já numa perspectiva mais “de fundo”, quando em 1981 fui para a Escola Preparatória Marquesa de Alorna, no Bairro Azul, o que se passava nas aulas e na escola em si era de tal forma “radical” que no ano seguinte estava num colégio. Apenas para se ter uma ideia do que lá se passava, tinha colegas com 18 anos, colegas com problemas alcoólicos graves, já se encontravam seringas nos balneários, os professores eram ameaçados e insultados nas aulas (lembro-me perfeitamente do professor de matemática, já com uma certa idade), os tetos das salas de aula eram um nojo pois estavam pejados de canudos de papel humedecidos na ponta que eram atirados para o ar, etc, etc, etc, etc. Isto já para não falar das agressões e roubos de que fui vítima no interior do recinto escolar. Em 1981…
Este país bateu no fundo! O novo toque do meu telemóvel é o Dámutelemóbeljá! Mix!!!
O meu também….
Se houvesse telemoveis no tempo em que eu andei no liceu e U Tubes que os mostrassem e liberdade para a TV especular como especula hoje, haveria videos muito mais violentos que este. Isto é só para distrair a malta do essencial.