O dia a correr lindamente bem, prometendo continuar lindamente bem e eu irritadíssima por não ter com que refilar.
Never Never Land
“Há uma irritabilidade específica dos primeiros dias de calor.”
jmf, Terras do Nunca
Vamo lá então alimentar este bicho
Toma lá um post, blog, e vai ver se chove. Querias mais? Azar, segue uns links, estão lá montanhas de coisas pertinentes. Eu é que não sigo nada, estou desinteressada. Encolho os ombros e penso, três linhas? Melhor quatro. Cinco até, vinte, cinquenta, que se lixe, é só iadar um bocado sob a forma escrita. Os maus textos desinteressam-me, os bons atrofiam-me os dedos, penso, ó cum caneco: what the fuck am i doing here?
O sistema de comentários hoje
tá cá uma bosta…
Palavra que tento, mas…
Não se pode dizer que não tenha lido nada na vida. Li muito, não faço disso estandarte. Não se pode dizer que não saiba ler: sei. Bastante bem até.
Depois vejo indicações assim: isto é bom. E eu vou ler. E palavra que tento, mas tropeço nos enfeites, nos adjectivos, nas imagens tããlindas, na beleza muito penteada, na intenção do bonitinho. E já nem sei o que estou a ler. Perco-me em todos estes obstáculos – a escrita não flui, a leitura fica pelo caminho, desinteressada.
E, muito arrogantemente (mas sem qualquer problema), confesso: não é de mim. É desses textos. Não são bons. São medíocres. São para quem é bacalhau basta. Frutos da falta de discernimento e da ignorância de quem lê, da adulação a quem escreve. Da preocupação em transformar uma coisa que até eventualmente poderia ter sido original em mais uma rendinha de crochet porque o parolo leitor assim o requer.
É pena, realmente (mas não tenho nenhuma).
Adenda: estava aqui a pensar que não tem a ver com a minha mania do despojamento: isso é uma mera preferência. Não desdenho a escrita gongórica per se. Talvez seja porque a tal rendinha tape apenas a falta de conteúdo.
Pagar para ver, de Ana Roque
Foi dos primeiros blogs que li. Não o encontrei por acaso: foi-me indicado (vai ler isto, vais gostar de certeza) por quem me conhecia bem. E foi o que aconteceu: apaixonei-me. Pelas palavras, pela sedutora e discreta elegância da autora, pelas escolhas dos poemas que iam ilustrando aqueles dias de turbulência vestida de serenidade. E com a certeza que se tratava de uma mulher especial; a tal ponto que, no S. Luiz, no ‘É a cultura estúpido’ sobre blogs, a única pessoa que ‘reconheci’ na sala foi ela: disse para o lado ‘aquela só pode ser a autora do Modus Vivendi‘. Era.
A Ana Roque é uma mulher fantástica: escreve maravilhosamente, tem um talento imenso e o dom de transformar em textos breves um mundo de sentimentos muito complicados. O Modus Vivendi lê-se como se desfolham fotografias cristalizadas no instante; ao mesmo tempo conta uma história de angústia e de coragem que toca a nota de inquietação que percorre as mulheres, mais tarde ou mais cedo. Sempre foi um dos meus favoritos, segui-o sempre, partilhando (em silêncio e quase como minhas) a angústia, a tristeza, a dúvida, a coragem e, finalmente, adivinhando a alegria.
Fiquei imensamente feliz quando soube que este blog iria passar a livro: Pagar para ver.
É apresentado na quarta feira, dia 8 de Junho, às 19h, no bar do Teatro A Barraca, em Santos, pelo José Mário Silva.
Eu lá estarei.
A temperatura ideal
24 graus: a temperatura que não se sente na pele nua.
(isto parece um post-publicidade a gel de banho ou coisa assim, mas não é)
Inacreditável! (juro que não fiz batota desta vez)
Também não sei para que me fui dar ao trabalho, Vieira!
Congratulations! You are Susan Mayer, the divorcee
and single mom who will go to extraordinary
lengths for love.
Which Desperate Housewife are you?
brought to you by Quizilla
desBlogueador de conversa: dois anos
Não sei porque é que gosto dos desBlogueadores. Talvez porque me façam rir a sério. Talvez porque a rir é que se dizem coisas sérias. Ou então não (é que às vezes não são sérias, são mesmo só alucinadas). Seja lá como fôr, o certo é que entre os desBlogueadores e o 100nada, foi blogamor à primeira vista. Depois a coisa alargou-se e a Sara Jofre e o Nelson Santos ficaram amigos da autora desta tasca. Até cá aparecem antes dos parabéns a queixarem-se do atraso neste post…:)
abraços e beijos e parabéns!