Participação especial de Le Tasque
A pintelheira é, como o proprio nome indica, o local, entre a perna esquerda e a perna direita, onde se concentram os pintelhos (há que salientar o pormenor das pernas, porque há por vezes grande concentração de pintelhos entre os incisivos e atrás do bidé).
“A pintelheira” é um tema fascinante: Porquê ter tanto pelo num sitio onde não chove nem faz frio?, pergunto-me eu em diversas ocasiões, deve apresentar alguma vantagem evolutiva, penso, mas qual?
Antes inclinava-me mais para A Teoria da Pontaria: Humanos com o local de troca genética bem assinalada terão maiores probabilidades de se reproduzirem, transmitindo assim os “Genes da Farta Pintilheira” (GFPs) aos seus descendentes, que terão por sua vez maiores probabilidades se reproduzirem. Os restantes humanos terão menores probabilidades, pois depositar genes em umbigos ou lençois raramente origina descendencia.
No entanto encontro-me agora inclinada para uma teoria de minha autoria a que gostaria de chamar “A Teoria do Muco”:
Os humanos produzem largas quantidades de mucos diversos, dos quais, os mais exteriores e visiveis são o ranho e aquele que as gajas produzem quando se encontram com intenções de procriar. O que A Teoria do Muco postula é que a pintilheira funciona como uma barreira à passagem de ranho. A não existir pintilheira, o ranho poderia escorrer do nariz, pelo pescoço, pelo peito e pela barriga, atravessar facilmente a zona despintilhada, e chegar à zona de troca genetica, donde pingaria profusamente. Nos tempos das cavernas, um humano desprevenido, ao ver uma humana a pingar muco da zona de troca genetica, poderia pensar que ela estaria com vontade de procriar, e poderia ir tentar a sua sorte de pila em riste. Isto poderia dar azo a que a humana se defendesse com os punhos, as unhas e o já clássico cacete, e dificilmente os GfPs (Genes de fraca Pintilheira) veriam a geração seguinte. Ao passo que, numa humana com Farta Pintilheira, qualquer ranho que escorresse do nariz, pelo peito e pela barriga, ficaria acumulado nos pelos, e ela apenas pingaria muco da zona de troca genetica caso se encontrasse efectivamente, com vontade de procriar e amar e educar muitos pequeninos humanos de Farta Pintilheira.
posted by Tasque
- Tss…é o que dá sair da linha editorial…
- Ao virar de uma esquina há sempre uma surpresa
Muito instrutivo.
Espera lá que me emaranhei em tanto pintelho. Vou tentar voltar à superfície para perceber esta teoria cabeluda.
Eu matei-me a rir.
Já desci. Que coisa mais pintelhosa, credo.
Dra. Tasque,
Tenho reparado que os pêlos também têm tendência a alojar-se nos confins do céu da boca, o que obriga a revirar a língua e os olhos e a meter dois dedos na boca quase até às amígdalas, o que cria momentos de sadia boa disposição.
Vou mais pela teoria do alvo assinalado… Agora, como a malta tem tendência para ver a coisa de perto (muuuuuuuuuuiiiiiiittttttttttoooooo perto) limitem a área sinalética, please!!!
Ora como o post não é meu, não preciso de responder…;)
Bom dia a todos!
Catarina: diz aí à rapariga (ou ao rapaz, que isto às vezes há surpresas) que eu achava-a detentora de um dos melhores blogues do cá do burgo e que só lamento não ter feito copy-paste de tudo antes dela o apagar! Ainda bem que voltou, ainda por cima, alojando-se numa casinha que já me é tão familiar – a tua. 😉
Ela lê isto, vieira. Eu disse-lhe isso tudo, pessoalmente, quando a convidei a mandar umas postas para aqui. Também era um dos meus favoritos e tive imensa pena que tivesse acabado. Pode ser que se anime!!! :)))
Gosto desta partilha de espaços
porque assim conseguimos descobrir coisas novas!
:)))
Bravo, Tasqueirita de volta no seu melhor!
Grande Catarina que trouxe a Tasqueira de volta! Que saudades das Tasqueirices!!!!
Ao que parece, a ideia é mesmo a retenção do muco pela pintelheira, para que o macho possa identificar, pelo perfume aí concentrado, a vontade de procriar – à distância. (somos no fundo, no fundo, no fundo, uns primitivos seres olfactivos):-)
Tasqueirita não morreu!
Tá de volta aqui 100nada a esconder!…
A Tasqs que não se atreva a passar por aqui sem deixar uma palavrinha! 😀
ora muito bem, gostaria de agradecer a catarina, pelo espaço, à minha mãe pelos genes tão cheios de esperto que me fazem escrever coisas tão lindas, a toda a gente que feedbackou, e ao big bang, que tornou tudo isto possivel.
(isto de alugar espaço alheio tem piada, tem sim senhor… um gajo não faz nada por ele abaixo e quando se lembra de um bitaite é só mandar um mail… não tá mal, não….)
mana: nunca me tinha ocorrido essa hipotese do ranho ser um “concentrador de cheiros”, faz sentido, faz… por alguma razão ele tá no nariz. e se calhar é por isso que temos mais ranho quuando estamos constipados: não pudemos cheirar na altura, mas o ranho acumula os cheiros todos para mais tarde recordar!!!
E eu agradeço a posta, Tasqs. Agora já viste que não custa nada, venham elas. :))