Estou cansada
e sem lucidez suficiente para responder aos comentários dos posts abaixo. Também porque talvez não existam respostas, só perguntas. Mas o silêncio, esse, mesmo quando é um silêncio por respeito, não é resposta. Fica, por agora, o intervalo da lista da mercearia, que a vida continua e essa é a culpa que se carrega.
- A anestesia do horror
- Post(ais) de uma aldeia
E nesta azáfama que foi a tua chegada… Tão esperada por todos, ando eu aqui, a estas horas, e mando um beijinhos de boa noite… Amanhã é outro dia
Quantas vezes penso que meia duzia de jovens europeus e asiáticos, se podima encontrar numa discoteca, num campo de férias e estabalecer amizade. Mas, basta encontrarem nas trincheiras para terem de se matar, sem saber até muito bem porquê.
Penso também que muitos de nós se virem uma criança a afogar-se são capazes de se atirar à água para a salvar mesmo sem saber nadar, ou entrar nun incêncio sem ser bombeiro, desde que conste que está lá dentro uma criança.
Mas ‘isto’? Não posso acreditar que o mundo, a des(humanidade) tenha chegado a este ponto. Não quero viver asssim.
Vinha dar-te as boas vindas
O silêncio não deixa de ser uma resposta, Catarina…entre o silêncio e os gritos de desespero não vai assim tanta diferença! A dor manifesta-se de muitas maneiras diferentes…
Obrigada, Soinico e FR, beijinhos.
FR, não se acredita, mas é um facto.
Nelson, és capaz de ter razão, mas o silêncio confunde-se com indiferença.
Há silêncios e silêncios, Cat…às vezes é no silêncio mais profundo que se exprime a maior das raivas. O que não quer dizer dizer que se seja indiferente…antes pelo contrário. Aliás, porque se faz um minuto de silêncio em honra de alguém falecido?
Tens toda a razão, Nelson. Mas quem está de fora não sabe, não é?
E alguém pode estar de fora…?
Não. Ninguém pode estar de fora. Tá bem, tens razão total razão. E sabes que o que eu queria dizer era que para ninguém estar de fora é preciso que alguns relatem e digam e chorem. Para que se saiba e não se esqueça.