Que enorme susto!!!
Ontem e hoje já chorei ao ver as pessoas com um olhar vazio e chorando pelas suas couves, galinhas e bezerros. O que temos pode ser pouco mas é nosso!!
No meu caso (e é caso para dizer foda-se, sim), não acredito que tenha sido fogo posto. Qualquer cigarro mal apagado, qualquer espelho, qualquer fundo de cerveja, basta para atear um fogo daquelas proporções…e isso acho que me ainda enerva mais do que a mão criminosa. Anyway, foi um ganda filme de terror, que acabou por ter um final feliz: ninguém ferido, as nossas coisas praticamente intactas. O resto do país é que…foda-se!! Beijos, Cat, thanks por tudo
Aconteceu-me o mesmo o ano passado em Agosto. Em plena cidade. 15 dias sem ver o sol, cercada pelo fumo e fogos. Até que o maldito entrou pela cidade adentro e me veio bater à porta…e aos depósitos de gás da escola secundária aqui ao pé.
Uma tarde de terror da qual todos os telejornais não conseguiram dar sequer uma pálida imagem.
Nos últimos 15 anos vi incêndios de proporções gigantescas. Nunca esquecerei um que cortou a estrada, algures no Interior, e obrigou a Volta a Portugal em Bicicleta — que eu cobria para o Expresso — a uma paragem e neutralização de uma hora.
Nos dois últimos dias a minha roupa a secar, num quintal do centro da cidade de Faro, ficou coberta de fuligem. No centro da cidade de Faro. Ao fim da tarde as cores do céu eram dantescas. O sol via-se bem, recortado pelo fumo. A lua esta noite era vermelha.
Vim com a minha filha de Faro para Lisboa esta noite. A serra do caldeirão tinha hectares e hectares a arder.
Há duas ou três semanas os pais da minha amiga Janine perderam muitas posses nos terrenos perto de Tavira, num incêndio que chegou a cortar a Via do Infante. Passei lá dias depois. O negro cenário não me arrepiou por uma razão simples: já o vi repetidamente. Por exemplo no Sudoeste algarvio, há uma década ou mais, andei a tirar fotografias no meio de pinheiros e eucaliptos queimados.
Toca-me. É impossível não nos tocar. Excepto, claro está, às elites que deviam estar a governar Portugal – ou o que dele resta.
Catarina: cada vez mais te admiro. A tua capacidade de blogger é notável. E a tua sensibilidade — bem como a revolta e impotência perante o que nos transcende — é rara. Infelizmente vivemos num país dirigido por incompetentes, um mal endógeno com mais de um século. Felizmente esse país é habitado por pessoas como tu.
Podes crer…
Uma pessoa fica completamente abananada. Claro que se sabe que tem sido o pão nosso, mas quando é com amigos…
… que gaita!!!
Que enorme susto!!!
Ontem e hoje já chorei ao ver as pessoas com um olhar vazio e chorando pelas suas couves, galinhas e bezerros. O que temos pode ser pouco mas é nosso!!
É que é melhor nem pensar nisso, Gotinha…
Cat, os comentários de baixo já estão fora de prazo, não é? O teu mail é o vertigens da netcabo, não é? Beijocas
Faço minha a tua palavra.
(com tracinho e tudo)
vertigens at netcabo ponto pt. soinico. Desculpa, mas estou aqui com umas urgências de trabalho.
Estamos lindos…. Nunca os políticos vão resolver isto, a não ser que ardam as suas belas casas de férias………
Estou TAO revoltada com isto…ouvi dizer que a serra da arrabida ardeu toda…e depois nunca ninguem vai apanhar os culpados…Arg que pais este!!!
Em relaçao ao post da luisa…fiquei…chocada.
. . .já tou como o PreDatado. . .faço minha a tua palavra com tracinho e tudo. . .=|
Já presenciei situaçoes dessas na Beira Interior (Serra do Açôr), e posso garantir que é uma das piores sensações que existe.
:s
No meu caso (e é caso para dizer foda-se, sim), não acredito que tenha sido fogo posto. Qualquer cigarro mal apagado, qualquer espelho, qualquer fundo de cerveja, basta para atear um fogo daquelas proporções…e isso acho que me ainda enerva mais do que a mão criminosa. Anyway, foi um ganda filme de terror, que acabou por ter um final feliz: ninguém ferido, as nossas coisas praticamente intactas. O resto do país é que…foda-se!! Beijos, Cat, thanks por tudo
Aconteceu-me o mesmo o ano passado em Agosto. Em plena cidade. 15 dias sem ver o sol, cercada pelo fumo e fogos. Até que o maldito entrou pela cidade adentro e me veio bater à porta…e aos depósitos de gás da escola secundária aqui ao pé.
Uma tarde de terror da qual todos os telejornais não conseguiram dar sequer uma pálida imagem.
Nos últimos 15 anos vi incêndios de proporções gigantescas. Nunca esquecerei um que cortou a estrada, algures no Interior, e obrigou a Volta a Portugal em Bicicleta — que eu cobria para o Expresso — a uma paragem e neutralização de uma hora.
Nos dois últimos dias a minha roupa a secar, num quintal do centro da cidade de Faro, ficou coberta de fuligem. No centro da cidade de Faro. Ao fim da tarde as cores do céu eram dantescas. O sol via-se bem, recortado pelo fumo. A lua esta noite era vermelha.
Vim com a minha filha de Faro para Lisboa esta noite. A serra do caldeirão tinha hectares e hectares a arder.
Há duas ou três semanas os pais da minha amiga Janine perderam muitas posses nos terrenos perto de Tavira, num incêndio que chegou a cortar a Via do Infante. Passei lá dias depois. O negro cenário não me arrepiou por uma razão simples: já o vi repetidamente. Por exemplo no Sudoeste algarvio, há uma década ou mais, andei a tirar fotografias no meio de pinheiros e eucaliptos queimados.
Toca-me. É impossível não nos tocar. Excepto, claro está, às elites que deviam estar a governar Portugal – ou o que dele resta.
Catarina: cada vez mais te admiro. A tua capacidade de blogger é notável. E a tua sensibilidade — bem como a revolta e impotência perante o que nos transcende — é rara. Infelizmente vivemos num país dirigido por incompetentes, um mal endógeno com mais de um século. Felizmente esse país é habitado por pessoas como tu.