Esta’ agora ali nos zero graus, com um tudo nada de vento, para ser cortante. Um frio destes sem uma aragem nao e’ frio que se preze, fica a pairar e uma pessoa, fechada num casaco quente, consegue aguentar a coisa mais ou menos. Nada disso. Frio que e’ frio tem que entrar por qualquer lado, com uma ameac,a de congelar pestanas, se la se ficar tempo suficiente. O caminho do Norte tem estas coisas giras a pedir “dentro de casa” durante a noite. Ao sol, durante a parte da tarde em que o sol se comporta como sol (em vez de fazer o seu melhor papel de neon la’no alto), uma calorac,a tremenda.
E’ este o estado do tempo aqui na provincia, onde os fac,anhudos de inverno conseguem ser ainda mais trogloditas (excelentes pessoas, com toda a certeza, mas com aspecto facinora, dentro dos casacos, gorros e cachecois). O frio a subir a caminho do gelo nos vidros do carro no fim do ano. Estamos quase. Ainda estou a pensar nisso, que nao me lembro. Se calhar vou antes passar o ano la’ para Fevereiro ou Marc,o, e’ capaz de dar tempo: este que passou foi tao rapido que me parece que ainda faltam uns meses para acabar. E’ isso: passo o ano depois, um dia que de mais jeito. Agora passo so’ o tempo (parecer-me-a’ ter sido a correr depois, neste momento escorre devagar, mas isso e’ a relatividade, essa mac,ada). Mas sempre sabendo que, quer queira quer nao (e no fundo nem sabia que nao queria e nem sequer e’ o caso,calhou o texto ir para esse lado, nada mais) o tempo passa ‘a mesma exacta velocidade e o fim do ano e’ na terc,a feira que vem. Na segunda, digo. Bom, algures na proxima semana.
(xatar filha, quando voltares ao trabalho e quiseres fumar, da’s logo conta que esta’s em 2008…)