Hoje e’ um tema original, o do post de fim do ano. Ja’ e’ dia 31, portanto siga tambem este, para despachar a coisa, que temos todos mais que fazer, papelinhos e serpentinas, champanhe e passas (odeio passas!) e badaladas (acho que por estes lados tambem ha morteirada da valente, a que rebenta com o ano que passou ‘a meia noite e a que rebenta com a ressaca, quando estoira ‘as sete da manha; felizmente agora e’ muito ao longe e com sorte e vento de feic,ao, nem isso).
2007 acaba aqui tal como acabou o ano anterior: sem acentos. Este blog deveria mudar o nome cada vez que venho para a provincia, onde os teclados sao estrangeiros mas a net e’ cada vez melhor. Nada mau, portanto. Quanto ao ano em si, esse passou-se, muito depressa ‘as vezes, muito devagar noutras, como todos os anos de toda a gente. Eu sou uma criatura perfeitamente normal e os meus anos nao sao diferentes dos dos outros. No entanto, tenho uma sorte do carac,as e, cada ano que passa, parece-me que foi muito melhor que o anterior. Este foi um ano bestial. E acho que o proximo ainda vai ser melhor. E e’ isso que desejo a todos quantos passarem por aqui: que entrem no ano que vem a saberem que vai ser melhor. So’ pode ser melhor, porque – cof cof aqui vem a parte do supermegahiperego – os nossos anos serem melhores esta’, numa grande parte, nas nossas maos. Eu sempre disse que aqui se seria feliz nem que fosse ao estalo. E e’ realmente ao estalo, a nos mesmos, para nos mexermos, para acordarmos, para enfiarmos umas biqueiradas naquelas merdices todas que nos chateiam mas nao sao nada importantes. Para relativizar, separar o que nao interessa do que vale a pena, para
sermos elefantes com asas, presos em ilhas sem pistas de descolagem e mesmo assim, mesmo assim, conseguirmos transformar uma jangada de ratos num trampolim para as alturas. Ou qualquer coisa assim, ja nao sei como acabava a historia. Tambem nao interessa agora. O que interessa e’ que um gajo tem esta vida e tem que fazer dela qualquer coisa. Nao e’ facil, e’ muito mais facil uma pessoa entregar-se ao destino, choramingar que tem uma vida de merda e ter medo de tudo porque pode perder alguma coisa. Isso e’ exactamente o caminho para a vida de merda. A alternativa e’ um gajo arriscar. Dar uns estalos em si mesmo. E depois, logo se vera’. A verdade e’ que me tenho dado bem com esse sistema.
Portanto eu nem ia fazer balanc,os e eis-me aqui armada em Paulo Coelho versao livro de bolso. Para o que me havia de dar, e’ mais forte que eu. Sou uma criatura insuportavel sempre a querer que a rapaziada siga os meus conselhos e fac,a qualquer coisa. Nem que seja amanha comprar um saco de papelinhos e umas serpentinas e sopra-las por cima da pessoa que estiver mais perto ‘a meia noite. Se la’ nao estiver ninguem, despejar os papelinhos por cima da propria cabec,a. Uma data de bolinhas de papel ‘as cores que se colam ao cabelo. E cada papelinho e’ qualquer coisa que pode acontecer em 2008. Uma data de cores. Uma data de escolhas. Uma data de possiveis caminhos para um ano mesmo bom. E se se sentirem elefantes com asas a crescer, nao faz mal. Somos todos assim, mas as asas e’ a parte importante. E, ‘as vezes (como agora eu), uma pessoa faz um bocadinho figura ridicula, um bocadinho figura tonta, um bocadinho figura pateta, mas vale a pena.
Um ano que dependa de cada um para ser um ano feliz. Mais nao me parece que seja possivel desejar. O destino e’ so’ uma coisa vaga que pertence ‘a seccao de astrologia. A vida, essa, e’ todinha nossa.
(agora vou comer um chocolate)