“Pois então foi assim. Ao que parece o JPT (*) cof… cof … terá sido convidado a participar num daqueles concursos que dantes se faziam, (quando ainda esvoaçavam no ar mágico da TV pózinhos de inteligência), como figurante. Criança púbere, caiu facilmente na tentação de aceitar um papel secundário de figurante árabe num sequéteche do F. Assis Pacheco, na tal dita vaca. A bem dizer acredito que naquele tempo ele nem sabia quem era o homem, mas, já com os reconhecíveis tiques de notoriedade (que hoje o levam a editar um blogue onde – calcule-se – se organizam concursos públicos) achou por bem fazer-se público (naqueles tempos em que a caixinha maravilha era tão somítica, qualquer aparecimento fugaz daria origem a cumprimentos e saudações na via pública, quiçá mesmo fotografias encimando um anónimo retrato familiar; claro que no meio disso o único cumprimento que levou foi do homem do café da esquina, educado pois claro, a antecipar o “e o que vai ser”). Aquilo de andar por ali a um domingo fantasiado de dono do petróleo com um spray (gestos já então politicamente correctos, que isso de na televisão aparecerem as armas metálicas ou anatómicas de um homem é de outros tempos) coincidiu com o Grande Prémio de Dijon, o que na escala de interesses da ocupava uma posição cimeira, até mesmo antes das ganzas e das gaijas. E deve ter sido assim que ele coitado, perdeu a oportunidade de visionar o mais épico despique da história automobilística (ou talvez tenha tido a sorte de ver as emocionantes voltas finais e queira apenas fingir-se de outro por causa da associação à tal Cornélia, não sei bem). E é assim, que do Cevert (2º plano de equipa adversária do meu favorito, o tal das patilhas grandes à Elvis Presley), chegámos à discussão das datas, epílogos e protagonistas, e daí até ao tal apoteótico final de corrida do fabuloso Villeneuve (o pai, que isso dos filhos de peixe enfim), repuxando essa coisada toda as circunstâncias onde eu, ou seja ele, viu, ou seja não viu, tão inolvidável acontecimento, que é quando, porém, eis, que surge a referida vaca deste post.
(*) Ou fui eu, sei lá … já foi há tanto tempo!”
Eufigénio, em exlcusivo para o 100nada
(esta coisada ainda vira colectivo, olé! Os meus maiores agradecimentos que não é todos os dias que temos posts assim com esta qualidade dos bloggers favoritos e sem ter trabalho de os escrever!)