Coisas novas
À excepção das figuras públicas, o mortal comum que abre um blog vale pelo que escreve: pela consistência, coerência, graça, inteligência, humor, o que se quiser: seja qual fôr a assinatura que use.
Com o tempo, aquilo que se escreve começa a corresponder àquilo que é esperado que se escreva: o autor amarrado à pessoa que demonstrou ser. A leveza perde-se, o encanto esvai-se, blogar torna-se apenas um hábito, um vício, o blog um bicho que precisa de ser alimentado.
Foi o que aconteceu aqui e já não foi a primeira vez. O cansaço, o encolher de ombros, a falta de vontade, a pressão de escrever qualquer coisa, seja ela qual fôr, para corresponder ao vício do leitor que está pendurado à espera de mais. É tarefa dura, esta de manter um blog e chega a uma certa altura, custa e farta.
Há que partir para coisas novas.
O desafio: juntar um grupo de amigas em amena conversa sobre tudo e nada. Valem pelo que escrevem, seja qual fôr o nome com que assinem. De uma ideia que foi amadurecendo, nasceu esta experiência: Sociedade Anónima. Que me devolveu o gosto pela escrita e o prazer e o encanto dos dias do princípio.
Espero que gostem.
Por aqui ficamos assim, em férias. Um abraço e o meu enorme obrigada, mais uma vez.
Férias aqui, actividade acolá. Descansa, rapariga.
Cá esperamos o regresso!
O descanso é mais que merecido…
Saudações
É mais que justo =)
Boas blogo-100nada-férias.
[*]
A Sociedade Anónima já está nos favoritos 😉
Beijinho grande!
Boas férias. Beijinhos.
Como eu te entendo.
100nada mas não sem nada. Antes isso 😉
Beijinhos grandes.
😉
Até breve, então…
já nos favoritos e vou linkar. Beijos Catarina, gostei de te ver!
Boas blogférias, e vou já ao outro lado ver como é…
Tenho acompanhado este quase desde o princípio assim como o outro.
Beijinhos
A Catarina já tem um blog colectivo 😉
E é como o clube do Bolinha, mas ao contrário!
Que pena…
Felicidades!
:)) bora lá ver então. Beijo rapariga (e olha que eu não sou de beijos a torto e a direito
)
Catarina – Lembras-te de eu reclamar por ter perdido um post?
Escrevia exactamente sobre a pressão de manter um blog quando temos tanto que fazer nas nossas vidas e dissertava, em tom irónico, sobre a falta de tempo que há para ler os blogs alheios, pelo que os sugeria colectivos: tipo, a direita em 3 blogs – a direita execrável, a direita execrável mas menos, e a direita que diz que é do centro e… – para a esquerda, o mesmo; depois os dos gajos, por assuntos, futebol, um blog por clube; gajas boas, um blog para os fãs das louras e outro para as morenas e outro para os que gostam de todas. Depois, chegou a Catarina, e eu dizia, a Catarina e todas as suas amigas, tudo no mesmo blog, o que deve dar para aí umas 30 cabeças… Ora, ontem descobri as minhas qualidades de vidente quando, através do Adufe, fiquei a saber do Sociedade Anónima. E vou ler tudo o que já lá está com atenção, o que ainda não fiz.
Quanto ao 100nada, nunca a tua leveza e o teu encanto se perderam. Nunca percebi porque chamamaste a isto 100 nada, porque tu tens tudo. Eu gosto de ser surpreendida com o que encontro, e tu és mulher capaz de o fazer: uns dias andas a queixar-te de dores nas costas, outros estás constipada, outros o tabaco, o trânsito, o teu filho, a tua família, os palavrões que não te deviam sair aqui, depois andas deprimida, depois já não andas, depois escreves um texto bestialmente lírico sobre amor, depois maldizes o amor, a seguir escreves sobre os taxistas, o bicho colado no vidro que afinal não era um bicho… Escreves bem, mas estás-te rigorosamente nas tintas, porque não tens nada a provar a ninguém (ok, 100 nada!), gostam, gostam, não gostam, blog seguinte… E refilas com o que lês no outros lados, mandas umas indirectas semi-privadas de blogger batida que eu não alcanço lá muito bem. Depois, o estilo tempo-real, cheio de cortes e suspensões, numa de “para que é que me estou a ralar”, o que é engraçado, porque tu podias fazer aquilo tudo muito bonitinho, mas não te apetece, que tens a roupa para meter na máquina e estender no arame…
Ó Catarina, a gente vai sentir a tua falta, a falta dessa mulher, mesmo mulher a sério, que tem tudo, que é tudo, na qual nos revemos na felicidade e na resmunguice. Um abraço muito grande e um beijinho daqueles que fazem um grande chuac. És a minha heroína!
Percebo-te, Catarina. E acho óptima a solução que encontraram. Parabéns
o choro por um blog colectivo funcionou. até lá. boas férias aqui
Obrigada a todos.
Isabela, tiras-me do sério, melher! Um gajo não sabe se há-de ir buscar a toalha para a baba ou o lenço de papel para os olhos…beijinhos!
jpt, qual choro? eu quis um e fiz, mai nada. :p
vai vai de férias e fica em férias muito tempo… à… já voltaste… bem… bom regresso… mas e as férias?