* JPC = João Pereira Coutinho, um rapazito ainda novinho que escreve (justiça lhe seja feita: escreve muito bem) a folha cómica do Expresso.
Depois do Luis Rainha, o Tulius Detritus desmonta mais dislates do JPC sobre o uso do cinto de segurança.
* JPC = João Pereira Coutinho, um rapazito ainda novinho que escreve (justiça lhe seja feita: escreve muito bem) a folha cómica do Expresso.
Depois do Luis Rainha, o Tulius Detritus desmonta mais dislates do JPC sobre o uso do cinto de segurança.
No próximo dia 14 de Julho, 5ª feira, é a apresentação do livro de As Ruínas Circulares, com o José Mário Silva , o Luís Rainha, o Paulo Querido e o Luis Ene.
No Bar do Teatro A Barraca, em Santos, às 19:00.
Eu (confesso) já tenho o livro. E (sou suspeita, é daqueles blogs que, pura e simplesmente adoro, venero, sou viciada em e faço vénias às Ruínas) até já o mostrei a uma data de gente que não lê blogs. E um gajo que escreve assim só tem um blog? Não, tem um blog e um livro do blog e antes tinha tido uns prémios e umas publicações que até foram traduzidas e tudo. O que acontece é que o João Pedro é dos tipos mais porreiros que existem e do que gosta é de apreciar jacarandás e coisas assim. E escreve bem, caneco, escreve mesmo bem. Mas eu sou suspeita, claro, eu gosto mesmo muito. E quando gosto, digo. E vou lá estar, como é evidente. (falaram numas moldavas e mais não sei o quê, mas para loira gira na assistência chega muito bem estar lá eu.)
Não se pode falar em BD que aparece logo um entusiasta de Milo Manara. Ainda estou para saber a razão, mas alguma deverá existir. Tirando uma ou duas coisitas com Hugo Pratt, tudo aquilo não passa de gaijas de mamas à mostra, mas prontes.
Ora para gajas nuas giras e boas e com um argumento que arruma todas as gajas giras e boas, mesmo nuas, num chinelo, não há como François Bourgeon na sua magnífica obra ‘Os Passageiros do Vento’ (e ainda hoje estão para me devolver os albuns que emprestei ózanos). Mas quais tipas em pêlo ou (des)cobertas por farrapos (embora essa parte seja também bem explorada, a violência sempre presente, não é BD que se dê a ler a crianças e mesmo mais crescidos, vamos indo), aqueles cinco volumes sobre a escravatura, o carvão no porão, o absoluto horror de toda aquela desumanidade, é uma coisa verdadeiramente impressionante. Não, o Bourgeon atira-se-nos à goela, corta primeiro e pergunta depois. Um gajo transpira sangue a ler aquilo. Não aconselhável a espíritos leves e rosados, mas aqui fica uma imagem (daqui) para os fãs, de qualquer forma:
(hã? Gaija nua? Era uma gaija boa de mamas e rabo ao léu que era pretendido? Ai era? Mas isso ide ao link do primeiro parágrafo, estão dezenas de manarices no google…)
Adenda: quando me interessa o assunto, raramente me esqueço daquilo que leio. Sabia que o Esperando o tal Godot, ou isso tinha escrito sobre os Passageiros do Vento, aqui está o link para o post.
prende-se com o facto (muito gosto eu desta expressão, prende-se com o facto, uma pessoa vê logo o tal alargamento da linha editorial muito lavadinho e torcido, já esticado no estendal com umas molas de factos, não vá o vento levá-lo, como às palavras, mas isso é a minha costela Etelvino-imagética) de ter reparado (não é que seja coisa nova, mas em alturas de crise nota-se mais) que muita blogsfera debita muita opinião, perfeitamente fundamentada em factos (outra vez essas molas que servem para prender aquilo que se quiser) lidos no almanaque da latrina do fundo do quintal (quem diz latrina diz o cesto Habitat ao lado da Philip Starck , vai dar ao mesmo para efeitos de conteúdo e conhecimento, down the drain e essas coisas). Ora eu não sou menos que outros bloggers de referência e sem ser de referência e já que muita gente escreve sobre o que não percebe, eu escrevo sobre a BD que eu conheço.
Tem lógica não tem?
(imagem daqui)
Porque é que eu escolhi Julius Argos em vez de Sectan? Várias razões. Primeiro, porque o Professor Argos é a mola de todo o enredo dos primeiros volumes (todos os que giram à volta de Terrango), o culpado que só aparece a meio mas que faz mexer a história e as personagens. Ao pé dele, Sectan, o absoluto tirano, é um menino de coro que vai fazendo o que ele manda com todos os requintes de malvadez de que só se lembraria um humano. Tem todas as qualidades de um verdadeiro mau: é um génio inconformado e invejoso (tal e qual o Professor Septimus, que transforma o comparativamente cordeirinho Olrik no guinea pig da Marca Amarela, mostrando que os relativamente maus ou maus até aí, podem ficar muito piores com um empurrãozinho), é manipulador e não tem qualquer respeito seja por que raça for, usando todos os meios para atingir os seus fins que podem nem sequer coincidir com os dos aliados da altura.
E de Papee estamos conversados. Já Greg tem muito mais pano para mangas, mas fica para outro post.
(bela seca que estou a dar aos meus leitores, hein?)
Morcheeba é o acompanhamento perfeito para uma noite de calor como a de hoje (sim, sim, já sei, sou uma básica em termos musicais, ó pra mim tão preocupada com isso)
Battle cries
We make the swift retreat
Paradise
It don’t come cheap
Square up to fight
Like dynamite
a voz desta gaja é magnífica.
The flight is young
We’re getting deep without an aqualung
Our will is strong
We got to work at where we’re goin wrong
Que raio será um aqualung? Deve ser coisa de intelectual de esquerda, a esquerdalha caviar, claro, mas a mim lembra-me logo – as coisas que eu vou buscar aos confins das associações de ideias – o Luc Orient agarrado a um terranguiano (como se chama o tipo?) numa máquina, antes de chegar a Terrango, não espera, aquilo corre mal é com a Lora, não é? E depois eles vão, altruisticamente voluntários, tentar reparar a coisa antes de aterrar ou lá o que uma nave espacial faz quando acaba a viagem e chega ao destino. Quando os operam no Dragão de Fogo para lhes alterar o sistema respiratório (aqualung)…momento…
bolas, só encontro um dos volumes (a Etelvina conseguiu desorganizar-me toda). Oh! se eu conseguisse aqui descrever o encanto que é desfolhar as páginas e ir lendo palavras como Ydagh-Sor e Docteur Argus e Sectan, mas a parte mais favorita das favoritas é mais tarde, quando aquela terranguiana (mas e eu que me continuo a esquecer dos nomes, que coisa) é apanhada por aquela bola que a começa a desfazer, meu Deus, o cabelo dela…o que eu queria ter aquele cabelo quando era miúda. No ‘O Planeta da Angústia’. (sem nome não há imagem do cabelo para ninguém).
Convenhamos, o Luc Orient era um canastrão de primeira. Totó e apatetado q.b., e nunca percebi muito bem aquela coisa de estar encantado com a menina dos cabelos compridos cinzentos e a outra (a Lora Jordan) que supostamente seria a secretária/assistente/namorada assim para dias de ópera e tal, mesmo background e interesses similares, também já de grandes braços dados com o careca branco (branco aqui é mesmo branco, branco de extraterrestre mesmo) mas ok, aquela coisa do exótico, diferente, muita feromona esquisita (mesmo depois do aqualung e tudo), muita hormona aos saltos; aquele branquelo careca, caneco, realmente estou com a Lora, o rapaz – se é que se pode chamar rapaz a um extraterrestre giro e com tudo no sítio – tinha um certo charme, lá isso tinha. Enfim, compare-se…
(imagem daqui)
ou isto esteve ligeiramente avariado nos últimos momentos? (antes não sei que não estava aqui)
Incluindo copiar palavra por palavra um post e assinar como se fosse dele.
Comot tu dizes, Oldman, se o plagiador precisa de visitas, leva também algumas daqui.
adenda: já foi identificada a proveniência do texto.
O primeiro pensamento: não se vê um boi lá fora (nem um pardal tampouco, mas oiço-os pelo meio do nevoeiro).
O segundo pensamento: só tenho um cigarro.
O terceiro pensamento: bolas!
O quarto pensamento: e ainda por cima é segunda feira!
Entre o Público já desfeito em bocados, revista para um lado, suplementos para o outro, pelo meio das almofadas e das minhas pernas esticadas no sofá, enquanto me inclino para a mesa do lado e tento acertar no cinzeiro, escondido pelo copo de água, copo de ice tea e prato com bolachas, pela milésima vez naquele sofá, considero (de longe, vagamente, que já sei como sou) ir buscar uma caneta (preta) e um caderninho de capa (igualmente preta). Desisto logo, claro, enquanto uma parte do meu cérebro continua a debitar textos escritos pensados mais devagar que os outros pensamentos paralelos. Nesta linha de paralelos (enquanto vou escrevendo do outro lado do cérebro uma coisa completamente diferente, que na altura deve ser sobre lama preta ou pesca de lagostins ou uma fila de leitões assados e a flor do cabelo da anfitriã do almoço /jantar /ceia /festa onde estive até há pouco) aparece um novo e atrofio um bocado com a violência e a cagança do mesmo. Aparece assim, do nada ou da análise da escrita mental que estou a fazer, que faço sempre, que vou fazendo sempre: uma pessoa escreve. É a diferença. Escreve sempre, mesmo que não passe isso para lado nenhum. Tão simples como isto.
(e agora acabaram-se-me os cigarros, está na hora, que amanhã – daqui a nada – é segunda feira).