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Adriano Cerqueira (1938-2005)
Parece-me sempre que se vai embora um pedaço das nossas memórias…
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Adriano Cerqueira (1938-2005)
Parece-me sempre que se vai embora um pedaço das nossas memórias…
“O mais destacado destes é, sem dúvida, José Pacheco Pereira. Colunista num diário e num semanário, colaborador num programa da SIC-Notícias, e autor do segundo blogue político mais lido em Portugal, ”
(in Barnabé, o sublinhado é meu)
Desculpem, mas eu não consigo parar de rir. Estava eu a ler o post e desatei às gargalhadas a sério. Mas estes Barnabés têm realmente uma lata, é demais! É como se eu, pelas estatísticas do weblog, afirmasse que o meu (que ainda por cima não tem um exército de gente a escrever) era dos blogs com autoria feminina, dos mais lidos em Portugal, ignorando totalmente todos os blogs que estão no blogger.
Repondo a veracidade dos factos (é a segunda vez que cito o Abrupto hoje, qualquer dia até voto em branco!): Os meninos do Barnabé (são mesmo uns meninos…) não têm a menor noção do que se passa fora do seu mundinho: toda a gente que não lê blogs sabe o que é o Abrupto. E vão de propósito lê-lo. Barnabé nem por isso…
(instalem um sitemeter, como diz o Monty e tenham um bocadinho de vergonha na cara…ou acham que eu, pelas estatística do weblog não estou lá no pelo menos meio milhão de visitas?)
Adenda: afinal não instalam um sitemeter porque uns contadores estão em cima e outros em baixo e demoram tempo a carregar e por isso é que o sitemeter do xupacabras (mais visitado que o Barnabé no weblog mas menos visitado que o Abrupto pelo sitemeter) tem menos visitas que o Abrupto e o cabeçalho do Barnabé ficava feio se tivessem um contador em cima para concorrer em termos de igualdade com o Abrupto e etc. etc. – bom, pode não ser o mais lido, que não é mesmo nem com estas desculpas esfarrapadas todas, mas lá que uma pessoa se ri com eles, isso não há dúvidas…:D
PS: esqueci-me de abrir o contraditório, já está)
Ah e já agora. Que raio é isso de blog político, hein? É um blog que é escrito por políticos e que fala de estrelas, quadros e o que é que o poeta não-sei-quantos estava a fazer há cem anos atrás ou é um blog que é escrito por políticos e que fala de cinema, dos vizinhos em Paris e mal dos americanos?
mas durante o dia de ontem, o sitemeter deste blog (a funcionar desde Outubro de 2003) atingiu as 100.000 visitas, com cerca de 187.000 page views. A todos o meu enorme OBRIGADA.
Inédita?
Estamos cá para ver.
Hoje entrei na Bertrand, olhei para a frente e o Código da Vinci olhou para mim. Tudo bem, também li. Tinha ao lado já não me lembro o quê, que acho que não li, nem me deve apetecer ler. Também tudo bem. Mas quando virei a esquina do escaparate, fui assaltada por um tipo nu, coberto de tatuagens e que trazia os seguintes dizeres: não sei o quê Frota.
Uma coisa é saber. Outra é ver.
Ia-me dando uma solipanta ali naquele momento. Creio que foi o auge do bater no fundo editorial. Questões comerciais, pois claro. E até admito, para serem publicados bons livros que não se vendem, é preciso que existam estes (recuso-me a chamar-lhes livros, desculpem, é que tenho muito respeito por eles, livros) estes…estas publicações, que se vendem e geram proveitos e eu sei que é assim.
Mas custa. E ver custa mesmo muito.
E não encontrei o livro que ia à procura. Um livro bestial. Um livro genial. Um livro escrito numa prosa irrepreensível, lindíssima. Um livro que nasceu de um blog sobre os dias de um homem banal.
…hum…e também não ponho post…
Como andei a pesquisar para saber quanto e ranking mundial e o que é o quê exactamente, vou começar a colocar aqui a informação que for angariando. Considerem a coisa como post-its para mim mesma, que o sítio mais simples de ir guardando é mesmo no meu blog.
”
Miguel Cadilhe propôs a venda do ouro do Banco de Portugal (BP) cono forma de financiar um fundo extraordinário de investimento (ver texto na página anterior). Vítor Cosntâncio, o governador do banco central, já fez saber que não concorda com a solução do ex-ministro. Mas, afinal ,quanto ouro tem o BP guardado? E por que razão o vende?
As reservas de ouro do BP atingem, neste momento, as 462,3 toneladas, contra 606,7 toneladas em 2001. Esta diminuição de 140 toneladas verificou-se devido às operações de venda que o BP tem efectuado nos últimos anos, ao abrigo do “Acordo dos Bancos Centrais sobre o Ouro”. As vendas não têm qualquer ligação à conjuntura financeira do País, antes visam alterar a composição das reservas externas da autoridade monetária.
Tendo em conta que “há muito tempo que o ouro já não desempenha uma função monetária como em épocas passadas” e que Portugal é um dos países em que as reservas de ouro atingem uma elevada percentagem das reservas externas totais (representavam cerca de 47% do total em 2001) decidiu-se avançar com várias operações de venda – 15 toneladas em 2002; 75 em 2003; e 55 em 2004. O Acordo estabeleceu que as vendas anuais não podem exceder as 400 toneladas.
Em substituição do ouro, passam a figurar no balanço da autoridade monetária activos financeiros que rendem juros e denominados em diferentes moedas.”
(fonte Jornal Notícias, 12.01.2005)
de um fim de dia em que andei a
trabalhar como uma moura em casa e fora de casa, a correr entre casa infantário trabalho saldos de roupa de criança sanduiche e bica nas tias da esquina com passagem rápida por livrarias Barata e Bertrand trabalho infantário casa banho gravar digimons convencer filho que o fato de carnaval vai ser trocado porque afinal temos outro melhor que nem sabíamos porque a Etelvina o tinha guardado sem saber o que era quando veio cá parar a casa pela mão da avó loja de fatos de carnaval esperar meia hora que rapaz da loja dê um toque à chefe para a chefe telefonar e ensinar a fazer a troca no computador jantar ao lado uma fatia de pizza beber a bica a correr porque filho está com sono chegar a casa e filho já não tem sono e quer ver digimons comer gomas beber água tem fome não quer aquele pijama e quer a história do Elmer e conta lá outra vez mãe que não ouvi nada e arrumar roupa e fato de carnaval para amanhã e brinquedos na sala
NÃO É PASSAR MEIA HORA A LIMPAR TODOS OS QUADRADINHOS DAS SOLAS DOS SAPATOS DO MEU FILHO COM UMA FACA E UMA CAIXA DE TOALHITAS AJAX.
Não adianta. Todos os dias saio de casa para uma rua coberta de porcaria. Ao lado da garagem tenho um relvado inundado de cócós de cão. Ando aos saltinhos na rua. O meu filho sabe dizer muito bem ‘os donos é que são uns gandes pócos’ que me ouve todos os dias. Os cães, donos nem vê-los. Os da manhã passeiam-se por ali sem trela. Os da noite ninguém os vê. Não sei o que faça. Já me passou tudo pela cabeça. Meter papéis colados, escrever cartas, não adianta nada. Confrontar um dono de um cão e vem logo a indignação EU? O meu cão? O meu cão NÃO! (Ninguém os faz, ninguém os faz, mas a verdade é que aparecem feitos). Escrever para a Câmara, queixar-me à polícia? Não adianta, nada adianta. As pessoas são selvagens, mal educadas, não têm respeito nenhum pelos espaços públicos, estão-se nas tintas, civismo é palavra que desconhecem. Os bichos são elas e nós é que temos que levar com isto em cima, ou melhor, em baixo, na sola dos sapatos.
A minha última ideia peregrina acho que vou experimentar nos próximos dias. Cada dono de cão que apanhar vou avisar
– Olhe que andam aqui a fazer uma desinfestação! Veja lá o seu cão, não sei se os homens já meteram o produto!
É mentira? Pois claro que é. Mas faço o quê? Não vou fazer mal aos bichos que não têm culpa de ter uns donos, esses sim, realmente merdosos.
(caixinha de sugestões aberta)
– Olha ali a bófia!
– Quem é que tem o carro estacionado em cima do passeio?
– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI!!!
(às vezes a palavra corredor aplica-se com imensa propriedade…)
Para além da falta de tempo (cada vez está pior, gerir o cada vez mais curto pedaço de tempo livre que me resta), ando chateada. Falta pouco para as eleições e esta campanha do desgoverno todos os dias me mói mais, mais uma cusquice, mais um cartaz infeliz, mais um livrinho de desmentidos, mais uma ideia peregrina (esta de vender as reservas de ouro para financiar a organização da Administração Pública é do caneco)…um gajo ri-se, que há-de fazer e afasta-se da cidadania, encolhe os ombros e pensa: voto no pim-pam-pum?
Há dias em que não me sobra humor nenhum.