“Este blog não foi visado pela Censura.”
xerxes, nos comentários abaixo
Não sabia o que escrever e não queria mais uma fotografia, mais um cravo. Mas é isto, só isto, esta palavra ali tão bem ilustrada na frase do meu amigo Xerxes: liberdade.
“Este blog não foi visado pela Censura.”
xerxes, nos comentários abaixo
Não sabia o que escrever e não queria mais uma fotografia, mais um cravo. Mas é isto, só isto, esta palavra ali tão bem ilustrada na frase do meu amigo Xerxes: liberdade.
e não me ocorre nada assim mais coiso para escrever…que coisa…
Lua cheia, silêncio brutal,
eu a pendurar roupa no estendal.
É o lobisomem de avental.
(é um coiso, um coiso japonês, hai…harai…huiki…harakiri literário, isso…)
os links dos posts abaixo, meti-os todos à unha, se me tiver enganado, avisem-me. (sim, sim, tenho uma memória enorme para url’s, antes me lembrasse de entregar o IRS a tempo, fazia-me mais jeito…)
Blogs de Beja:
1. O não-blog: no fim do jantar, o Dr. Figueira Mestre, que é realmente uma pessoa formidável, tem uma Biblioteca extraordinária de bonita e bem organizada e a quem eu agradeço aqui a enorme amabilidade que teve em nos convidar e a forma impecável como nos recebeu (e alargo o agradecimento a toda a equipa da Biblioteca e à simpatia das pessoas), prometeu divulgar o nome do seu blog (a mim não se me pode contar nada, aviso já!): nada. Ficámos na mesma, tá mal.
2. A Mar. Minha querida amiga, um enorme obrigada onde cabe tudo nestes últimos dias, mas agora só me lembro mesmo dos abraços.
3. O meu amigo Carlos Alves que tive o prazer de rever, desta vez na sua terra, que tanto tem defendido, transformando aquele sua em itálico num sua a bold.
4. O Pedra, a simpatia e simplicidade em pessoa. Todas as coisas boas que tinha ouvido sobre ele a confirmarem-se ao vivo.
5. Os blogs tímidos. Eu seja ceguinha se não havia ali mais blogs de Beja! De certeza! Fiquei muito desconfiada de uma rapariga com um ar bastante simpático que tinha uma camisola às riscas…mas não tive oportunidade de confirmar. Foi pena.
Mais pics de BlogBeja, estas em jeito de polaroid.
Panachés (é assim que essa porcaria se escreve?). O microfone. A simpatia do Predatado em cuidados com a minha Etelvina. O microfone. Os sapatos da Mar. O microfone. Migas com pijaminhas de porco preto. O microfone. A indicação da Biblioteca: é já ali (e um gajo a dar voltas ao quarteirão a dizer, claro que não é já ali, já se sabe que é sempre já ali e nunca é: era mesmo.) o microfone. A menina da fila da frente a dizer ‘mas pode-se sempre tirar os comentários’ e eu a pensar, eu seja ceguinha se não és blogger. O microfone. A explicação do Zé Mário sobre blogar (não é só escrever, é o resto tudo e depois, às vezes não sobra tempo para escrever e eu a pensar, ainda me cai a cabeça de tanto acenar que sim, que sim). O microfone.
(acho que estou com uma crise de self-centerismo agudo…)
Acabada de chegar. Vou aqui escrever umas notas, prometendo um longo post que já sei que depois não vou ter tempo de escrever.
Sem qualquer ordem, uma data de fotografias.
Jantar no meio das estantes da Biblioteca de Beja. Atrás de nós, poderia ser a parte da literatura portuguesa e ficava mesmo bem; mas não era. Manuais de programas de computador, eis o que nós, bloggers, somos: html.
Migas de espargos verdes (penso que estas migas deveriam ter direito a um post só para elas). Uma grande vénia à cozinheira; depreendo que fosse a mesma muito simpática senhora que, às quatro da manhã, nos deu a provar (e alarvar) uma açorda fabulosa: fiquei a saber que coentros e alhos numa quantidade realmente séria não impedem que se durma depois.
O som da minha voz. Essa vai ter direito a post. Se alguém me fizer o favor de me informar, nem que seja vagamente, sobre o conteúdo da minha intervenção, agradeço imenso: eu não me lembro de nada e juro que não foi da prova do Barca Velha; pela primeira vez na vida ouvi a minha voz devolvida pelos speakers da sala. Ou era o moço do som que era muito eficiente nos filtros, ou então, caneco, pá, aquela voz insuportável que eu oiço sempre quando a gravo, transformou-se numa voz faxavor. É a minha? Fiquei tão encantada com aquela surpresa que fui por ali fora, iada-iada-iada-iada só para confirmar que aquilo era eu (afinal parece que falhei uma carreira de sucesso a dizer ‘voo TAP número cento e vinte sete com destino a Londres, embarque imediato porta oito’) e não faço a mais pálida ideia do que disse. Enfim, coisas. (foi o que disse, isso mesmo, coisas, é o termo certo).
A Gotinha ajoelhada à entrada da Biblioteca aos pés da Mar.
O RAP leu o meu post sobre não ter ainda conseguido ver o dvd do Gato Fedorento (ai que vergonha!).
A primeira gargalhada repentina do derFred, na primeira frase da piada do RAP. O ataque de riso absurdo que eu e a Mi tivemos a seguir.
A segunda gargalhada repentina do derFred (link no post acima, mas nem sei para que me dei ao trabalho se ele não escreve lá nada) na primeira frase de outra piada do RAP (link no post acima). É lixado quando um gajo se ri adiante dos outros, ficamos todos a pensar, epá somos mesmo broncos, nós, ele já percebeu e nós ainda estamos aqui presos no delay…
Quartos enormes com quatro camas enormes, lareira enorme, espelho enorme (gostámos dessa parte, certo amigas?) e uma casa de banho tirada do Portugal dos Pequeninos.
Eu já me lembro de mais fotografias.
(à suivre)
que me distraia daquilo, depressa!
Hum…
Uma coisa que me chateie ainda mais.
Já sei.
(e tira-se aqui, tira-se ali, tira-se nestes todos, pronto, já está, não me chateiem a molécula agora – nem podem – que eu estou mesmo sem paciência. O nem podem é a única coisa que me anima, nada como chatear os outros quando um gajo não está com paciência. Amanhã arrependo-me amargamente, mas agora acho esta ideia linda. O blog é meu…e assim até escuso de atrofiar por não conseguir responder)
É quase irresistível, um botão destes nas minhas mãos:
Are you sure you want to delete the 1 weblog? When you delete a weblog, all of the entries, comments, templates, notifications, and author permissions are deleted along with the weblog itself. Make sure that this is what you want, because this action is permanent.
Uff! Só de saber que ali está, até me dá uma alma nova!
Vou carregar a ver se funciona…
(post em construção)
Funciona (apaguei outro que estava inactivo e sem posts, nada de grave) mas ainda está online…esquisito…devia desaparecer quando se clicava no url, se calhar demora tempo.
Enfim, curiosidades.
(mas o conteudo ardeu, lá isso é limpinho)
Os turbanões chegaram sem aviso, como sempre acontece. Aparecem sempre pelos fichas de electricidade, pela tomada do telefone, pelo fio da net, pelas frinchas das janelas, por baixo das portas, por ralos e aberturas e rachas que nem se vêem nas paredes, os turbanões cabem em todo o lado. São uma espécie de bichos misturados com coisa-gente: anões com turbos microscópicos ligados por tubos a uns cintos que trazem atravessados nas costas e uns capacetes com antenas através dos quais comunicam uns com os outros, sabem sempre onde estão todos, os das tomadas a chamarem os que se estão a espremer debaixo das portas, a indicarem que há ali uns espaços debaixo das estantes e vamos agora que ela está distraída e avançam todos de repente, quando eu bato o cigarro no cinzeiro; um exército em duas frentes, uns ainda a ajeitarem os tubos dos turbos das costas que ficaram fora de sítio com a porta, os outros a tirarem teias de aranhas eléctricas dos capacetes, todos a atravessarem o chão em passo acelerado, uns a cairem pelas juntas das tábuas e a gritarem, esperem por nós, enquanto tentam trepar pela madeira, os outros a sacarem de umas armas laser e a dispararem contra os companheiros, desculpem lá mas não deixamos rasto, não deixamos sobras, não deixamos evidências, tudo isto é uma operação secreta de ataque e lamentamos mas são azares destas guerras e PUM, quer dizer, ZZZZSSST (que as armas são laser) e caem os outros para dentro das juntas das tábuas, tenho as tábuas todas coladas com pedaços de turbanões cortados (e mortos, claro) mas como estão escondidos não os vejo, não me incomodam. E já os outros debaixo da estante, escondidos também, os da frente a espreitarem, os de trás a tentarem ver, não empurrem, queres levar um balázio, um lasersásio digo, não me empurres cabrão (o vernáculo é muito usado belicamente, aqui apenas para efeito de maior veracidade ao texto) e a chegarem os do fio do telefone, sem conseguirem entrar, o telefone fora do descanso por acaso (uma trolitada com a garrafa do vodka, a equilibrar o gelo e a água tónica) e o sinal sempre intermitente e os turbanões sem conseguirem atravessar senão os sons contínuos, a enviarem mensagens de urgência aos do fio da net, emergência-beco-recuar-maydaymaymayday e o sinal intermitente a cortá-los às postas, cada vez que soa.
(tudo mentira que eu nem bebo vodka)