Não sei porque é que gosto tanto mas lembro-me dos primeiros quandos. Nós tínhamos uma casa na ilha. Era nossa, de todos, quando somos pequenos as nossas casas são nossas mesmo e (não vou escrever sobre a casa agora, mas hei-de, porque era uma casa e uma rotunda e areia…
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Já é verão oficial, de data marcada no dia mais comprido do ano e que me passa ao lado. Ou talvez não, o verão também é de dias de nadas em roupão, gelados, cafés e preguiça pura, em estágio (usando a nomenclatura da actualidade) de início de época. Lembro-me de…
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Há frases que passam no meio de outras, assim meio distraidamente, absolutamente normais no contexto, nada que seja dito com grande ênfase “Há palavras que nos beijam” é a frase que abre um poema de Alexandre O’Neill, o meu favorito deste meu favorito poeta. Foi a frase que definiu este…
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A olhar para uma árvore, literalmente (de todas as árvores do mundo que gosto, esta é a única que quero ferozmente ver morta e de todas as doenças e bicharocos nojentos que levam pinheiros e palmeiras, não há um que sirva nesta, mas isso é outro tema que me deixa…
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Há qualquer coisa de terrivelmente atractivo no nevoeiro. É por ser inquietante, talvez. Temos a mania que só a clareza e a transparência são “boas”, que o branco e a luz é que são “certos”, e provavelmente até serão, mas o lado escuro, obscuro, perdido em nevoeiros, também tem uma…
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Há sempre merdas que nos fodem a vida. Sempre. É um facto. Podem ser uma merdas de nada, quase sempre são, podemos achar graves (mas essas não são as merdas que nos fodem a vida, essas são mesmo coisas graves e é todo um outro patamar que não é o…
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Entre a hora de perfeito silêncio e a hora que precede o sol, esse tempo vagamente azul, de sono acordado, é esse momento a que se regressa. Como se fosse uma imagem (mas não é uma polaroid) feita de pedaços de memórias que só se partilham assim, em letras invisíveis.
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Cai a noite devagar e não encontro o caminho para casa. Pode ser da neblina de verão, misturada com o pó que se levanta e fica da cor do sol de fim da tarde. Pode ser de estar de olhos fechados, a sentir o vento na cara, à procura com…
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Tenho as paredes em silêncio. Parece pouco, mas é imenso. (e este post parece um sms, mas é uma carta)
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(este é daqueles que se escreve sozinho) Já não me lembro se se diz tangencial, mas pouco importa, porque desde que eu saiba, tangencial fica, mas em modo com um corte profundo entre, como se cortasse uma qualquer coisa ao meio e cada bocado caísse para um lado, mais ou…
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