100nada

Tangentes e riscos no céu

(este é daqueles que se escreve sozinho)
Já não me lembro se se diz tangencial, mas pouco importa, porque desde que eu saiba, tangencial fica, mas em modo com um corte profundo entre, como se cortasse uma qualquer coisa ao meio e cada bocado caísse para um lado, mais ou menos isso. Estou a escrever uma metade, a outra é igual, tanto faz, só que a outra metade é real e este pedaço é uma ideia, muito difuso, só se entende o que é porque tem um letreiro em cima “metade de uma qualquer coisa”.
Adiante.
Há um céu azul aqui que vai escurecendo e aviões quase a aterrar. Vejo do lado de dentro, sempre, como se estivesse à espera que um deles explodisse, espero também que a NSA não me venha em cima porque imagino aviões a rebentar, os gajos são tolos para isso, mas que se foda. Uma pessoa está sempre a ver o que acontece depois, nunca é o estático, é o que se mexe à volta. Ou o que voa para o lado oposto, isso sim, é o inesperado e não sei porque é que ver um avião a levantar, quando aqui só passam dali para ali e não para lá, não sei porque é que este que passou e quebrou a sequência, me deixou feliz, mas a verdade é que há quem olhe para as folhas de chá e eu olho para o céu e não vejo sinais, porque não acredito nessas porras, mas gosto de coisas que saem dos conformes.

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