100nada

O dia em que apareci na 1ª página do Expresso

Confesso que fiquei completamente à toa quando o @HenriquMonteiro anunciou no twitter que a minha foto ia aparecer na primeira página do Expresso. Sim, eu sabia que iria aparecer numa reportagem sobre redes sociais na revista Única, comigo e com outras pessoas, que tinha tirado fotografias e que era hoje, mas não estava minimamente à espera de aparecer também ali debaixo dos canos de água, a meio da primeira página. (glup).

Isto de aparecer no Expresso – para uma anónima como eu – é uma daquelas pedras no charco parecida com a borboleta a bater as asas no Japão. Sei muito bem como é, que ainda oiço pessoas a referirem a reportagem sobre o SL que saiu há uns anos e onde apareci. Faz-me um bocado de aflição, confesso. Mas é giro, claro. Em última análise – é sempre assim – a família fica toda contente. E o miúdo – que ainda não viu – pergunta todo entusiasmado “vais aparecer no jornal?” (e depois passa o tempo todo da sessão fotográfica a fazer perguntas e a cantar coisas disparatadas e a achar os “guarda chuvas” enormes. )

Enfim, é a fama. 😀

Os meus agradecimentos à Katya Delimbeuf, com quem gostei imenso de conversar e ao Nuno Botelho que tirou umas fotografias excelentes. E ao Henrique Monteiro, com quem vou conversando no twitter, coisa que é, para mim, confesso, de estarrecer. Isto das redes sociais, realmente, é incrível.


Sobre a miúda russa

Só uma coisa ou duas, completamente viscerais, nada racionais e nem quero saber de leis de merda, também tenho o direito de pensar a quente, mesmo que já seja a frio:

isso dos laços de sangue está altamente sobrevalorizado, essa coisa da genética e de se parir uma criança: pode ser lindo e o milagre da vida e isso tudo, mas na realidade é a produção de uma pessoa. Depois, a parte da manutenção toda, desde as febres e os vómitos e as noites mal dormidas e os dias de mãos dadas e meter gelo no galo enquanto se abraça e se diz que já passou e come mais um bocadinho, vá lá, olha a mãe/o pai vai cantar uma música/contar uma história/dar um castigo/olha ali um carro com umas cores tão giras/um coelho/uma árvore/não podes ver mais televisão hoje/vamos para a escola/ao médico/ao hospital/de férias/à praia, enfim, tudo isso, o tempo, o amor, o carinho, a educação, essa coisa toda, a manutenção daquela pessoa, isso é que conta para essa pessoa. Que para começar não se lembra de quem a pariu se nunca mais a vê. E que se está cagando nos laços de sangue se foram cortados. Quem lhe interessa é de quem gosta, são os pais que sempre conheceu.

E essa pessoa, mesmo que só tenha meia dúzia de anos, tem direitos, caralho. Essa pessoa tem direitos. Tem direitos. Não digo mais nada. MUDEM A PUTA DA LEI.


Naufrágios ou a interpretação selvagem de um processo criativo alheio

(assim escrito, explico-me melhor)

Tens uma parte de abertura, de mar. Deduzo que seja mar, já que tem ondas, admitindo perfeitamente que pode não ser nada disso. Mas claro, traduzo para imagens mais corriqueiras, porque a não ser mar, teria que ser mais fora de bordo, galáxias a contorcerem-se ou coisa cerebrais que comunicam em frequências alternativas (muito Fringe, muito Fringe). Fique ondas e faça-se mar, mas a sério. Nada com menos de uma data de centenas de metros de profundidade, muito azul escuro, quase chumbo, é sério, não é dia de sol, mas também não é de chuva ou tempestade. Eu diria branco, céu branco e ondas sérias, um pouco o outro lado do zen mais normal, uma espécie de “nez” vá. Um gajo podia ali ficar uma data de tempo, desde que estivesse em cima de alguma coisa sólida, uma plataforma de petróleo ou parecido, barco? qual barco? Barco não porque

teng

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barcos não se arriscam ali. É o aviso, lá está. Aquilo (o fora do contexto) é um aviso. E um gajo já sabe, ao segundo ou terceiro que está o caldo entornado e está lá mesmo um barco. Agora é vê-lo afundar (eu já sei que afunda, mas da primeira vez não sabia). E sim, é angustiante, essa parte, mas um bocado naquela, inevitável até (o que é fácil de dizer visto aqui de cima da plataforma de petróleo), isto é, não é triste, é só um bocado angustiante, um bocado inevitável e um bocado “tava ali o aviso atrás, agora azar”.

No fim, é só corpos a boiar e o som das almas a emitirem estática (ok, isto parece um bocado sinistro, mas não é; e, se não parecesse ainda mais sinistro eu dizer isto, diria que até tem um lado divertido).


6 anos de 100nada

Nunca me teria passado pela cabeça que ainda aqui se arrastaria o blog ao fim destes anos todos.

Mas é um facto – assustador, de alguma forma – que a coisa começou ali

e já só está ali registada, nessa máquina infernal que é o Wayback Machine, e que nos prova que nada desaparece na net, desde que se procure como deve ser, uma vez que apaguei o blog vezes sem conta e, aqui neste, os registos só estão publicados desde o tempo do weblog (Outubro de 2003).

Começou ali e lá foi andando, umas vezes apagado, umas vezes parado, umas vezes inspirado. De acordo com o registo do João Pedro Graça, sobre Os Blogs mais antigos – 2009, ainda em actividade, este tasco está em 60º lugar.

Um gajo tem que pensar nisto com seriedade. Abri a coisa, empurrada pelo meu Pigmalião da escrita, a pessoa que me deu asas para escrever e com quem aprendi – embora só tenha notado anos mais tarde – a olhar para a escrita (a dos outros, mas principalmente a minha) de forma irónica e exigente, notando e sublinhando todo o ridículo que uma escrita tem, quando se arma ao pingarelho e transformando-me eu mesma naquele que poderia ter sido um escritor extrarodinário (ele, não eu, nessa parte) mas escolhendo outro caminho, por horror à mediania, à quase mediocridade face aos melhores. É um facto que, nesse tempo – 6 anos são anos e anos de letrinhas juntas – eu pensava ainda que havia alguma coisa em mim que faria a diferença. E se calhar havia e há, mas sem esforço e muito trabalho, um gajo nunca vai lá, por mais talento que tenha. E eu, esta porra é por prazer, quando é, e depois percebi que, mesmo que fosse lá, nunca iria mesmo lá lá mesmo. Seria sempre mais aquela coisa do em terra de cego e tal. E para isso, sinceramente, não vale a pena o esforço. Para mim, claro. Não tenho nada contra quem se esforça, mesmo sabendo que não vai mesmo lá. Acho até admirável, assim à laia de D. Quixote ou coisa que o valha, mas não tenho feitio. Eu é mais bolos e escrita selvagem, sem grandes lacinhos e rendas, sem enfeites, crua de mim para comigo, ou para as minhas leitoras nas coisas de gajedo, ou seja para quem for que eventualmente me inspire no que escrevo. Ao fim de 6 anos, de mau feitio, de experiências colectivas, de artigos em revista, de tentativas de primeiros capítulos ou muito má poesia, sobra o mau feitio e uma certeza: eu sou blogger, ferozmente independente, incapaz de cumprir uma linha editorial, um prazo de entrega, qualquer coisa que me corte as asas. Aqui, a única pessoa que corta seja o que for sou eu mesma, que me corto em mim tudo o que me parece que não sou eu, ou tudo o que não me serve dentro das minhas exigências.

Dá que pensar – regressando ali acima, ao sobrevivente nº 60 – que ainda por aqui ande. Tenho a vaga ideia que, quando comecei, havia uns 500 blogs, ou coisa parecida. De acordo com o Blogs em pt do Pedro Fonseca, dois dias antes havia 468 blogs (10 dias mais tarde, 553). Lá está. Uma data de baixas, portanto. E isto ali só nos do começo…ao longo de 6 anos vi acabar dezenas, centenas de blogs que adorava. Vi desaparecer a Maria e a Duende, as duas pessoas mais importantes para mim em todos estes anos de blogsfera, que mais me deram delas mesmas e mais me empurraram para eu ser eu mesma, sem medos. É uma tristeza, mas também uma felicidade, ter conhecido estas pessoas. É uma felicidade ter conhecido outras que chegaram e ficaram e ainda aqui estão comigo, aqui e na minha vida.

Se calhar é por isso que ainda aqui estou. Isso e esta inesgotável vontade de escrever mais e mais dislates. Agora ficava-me mesmo bem dizer que estou aqui por vocês, os meus leitores e essas merdas, mas eu sou uma egoísta honesta: gosto muito dos meus leitores, são bestiais, os melhores leitores e comentadores de toda a blogsfera, sem qualquer dúvida; mas que não estivessem, eu provavelmente estaria aqui ou noutro lado qualquer, na disparataria global e total. Eu gosto disto. Gosto de ser blogger. Dá-me um gozo danado. E acho que é um privilégio poder escrever sobre tudo aquilo que me passa pela cabeça: essa liberdade quase absoluta, é isso que faz os blogs serem sítios bestiais e essenciais.

Há uns dias perguntaram-me se eu era viciada na net. Não, não sou, não saio de casa a meio da noite para comprar net e fumá-la. Mas se ficasse sem este meu tasco e todos os km de palavras que escrevi, era provável que tivesse a maior ressaca da minha vida. E, enquanto for assim, cá estou, um bocado envergonhada de estar há tanto tempo, um bocado feliz de ter aqui esta porra toda, enfim: foram 6 anos riquíssimos. Afinal digo obrigada, ora viram.


E depois chegou Maio e o verão

e fomos de fim de semana grande. Com pouco vento e tentativas de fazer voar papagaios nas vagas rajadas no meio do calor. Com os miúdos a correrem por todo o lado, a nadarem na água gelada sem frio. O tractor a cortar a erva. As Amigas para o lanche, arrufadas e matar saudades, sempre tantas. Dias felizes, incluindo o furo no pneu que nos obrigada a ficar mais uma noite (outra quase de verão) e uma manhã.
Dias felizes.

Hoje fiz um bolo de chocolate que achei que não tinha ficado perfeito. Mas quem o comeu achou que sim. Não se pode querer mais, parece-me.


Onde é que eu estava no 24 e no 25 de Abril?

O Rui Perdigão pergunta onde é que eu estava no dia 24 de Abril de 1974 enquanto muito gentilmente oferece a este tasco o prémio de Blog tão bom que até arrepia, coisa que agradeço imenso. :)

Já a minha querida Cristina Vieira, que não faz a mais pálida ideia onde estaria nesse dia, conta onde estava no dia seguinte e muda a pergunta para esse dia.

Embora eu já tenha descrito, ali mais abaixo, a sensação que me ficou para sempre desse dia, onde eu estava realmente, não contei. Conto agora, um pouco atrasado, que estamos quase em Maio.

No dia 24 de Abril de 1974 vivia numa colónia de Portugal. Em Angola, mais precisamente. Raízes por lá desde o princípio do século, mercê de dois irmãos expulsos do seminário por fazerem de diabo à noite e que foram para lá mandados para aprenderem a serem homens e etc etc. E eu vivia em Luanda, que era uma cidade cheia de avenidas largas, praias, sol, calor e tempestades lindíssimas em cima da Baía e onde se comemorava o Natal em fato de banho. No dia 24 de Abril de 1974 sabia o nome do PR, dos rios, dos caminhos de ferro, de todos os distritos da Metrópole e das províncias das colónias. Sabia que a revista Tintin saía todas as semanas e que em Portugal estava sempre adiantada uns números, muitos dos quais nunca recuperei. Era fã da Enid Blyton e escrevia códigos secretos no lado de baixo das pedras do parque ao pé de casa. Em casa, ouvia-se rádio em AM em estrangeiro e sabia de cor “no céu cinzento sob o astro mudo”. Nunca tinha dado conta, na vida, que não se pudesse falar.

No dia 25 de Abril, a meio do dia, fecharam os meninos todos numa sala do colégio. Ou algumas turmas, pelo menos, dos mais crescidos, pois não me lembro que as minhas irmãs ali estivessem também. A professora fechou as portadas das janelas e espreitava lá para fora por uma fresta. Falava-se numa revolução, mas não se podia dizer alto, eram xius por todo o lado. Depois a coisa deve ter acalmado, porque, quando me disseram que agora já se podia falar, lembro-me que foi ao portão.

E depois, não me lembro de mais nada, só dos telefonemas a perguntar se estávamos todos bem porque a guerra civil que chegou a Luanda, a morteirada, os tiros, o recolher obrigatório, as barreiras nas ruas, a busca por leite racionado e as idas para a cave todas as noites em que os tiros eram mais brutais, levaram as memórias do resto.

Mas éramos miúdos e era uma aventura. Das a sério. Foi, assim visto de longe, bestial. Ok, um horror, sim, mas bestial. Ainda bem que vivi isso tudo, somos uns sortudos e depois deixámos a democracia cos porcos, tornámo-nos uns egoístas de merda e agora dizemos mal de tudo. É assim que se desperdiçam boas oportunidades. Mas dizemos mal de tudo. Podemos. É isso.


A interminável demanda pelo perfeito par de sapatos

Não, não é verdade que
“é que não há um par de sapatos de jeito nesta cidade”
como me queixei hoje, enquanto atirava um par de sapatos confortáveis (ah como odeio esse sentimento de sapatos confortáveis!) para o lado. Não é que seja mau, o conforto de um par de sapatos, é aliás imprescindível, concedo, mas há dias em que tomara eu sofrer horrores em cima de uns saltos agulha de 10 cm, desde que esses horrores não subissem acima do joelho.

O meu problema é outro. O meu problema são muitos anos de sapatos muito altos, muita asneira a tentar equilibrar-me em situações precárias em cima de sapatos muito altos. Ou num só, até: ainda me lembro que o meu melhor número de flamingo ocorreu no final da noite da inauguração do Lux; só nos lembrámos dias depois, já eu estava praticamente de cama com dores que duraram meses, que “acho que caíste para trás, quando embirraste que te ias descalçar em pé e tiraste o primeiro sapato”. Foi o principio do fim do salto muito alto aqui pelos meus lados e, desde aí, vivo amargurada a calçar a tal coisa dos sapatos confortáveis.

Não é que sejam feios. Não, até são giros. Mas não são saltos altos como eu queria. E agora, em período de ahhhhhhh sandálias, chanatas, sapatos abertos, montras, montras! sapatos, sapatos! noto que não há um par de sapatos de jeito nesta cidade.

oh, há centenas, os cabrões. Isso é que ainda enerva mais. Há centenas de pares de sapatos lindos (filhos da puta!). E são todos como? Hein? Pois lá está. Ou são as porras das sabrinas que nunca me apanharão nem morta dentro de umas, ou chanatas tão rasas que passam do asfalto para baixo, ou então nos literais píncaros, himalaias de saltos, lindos de morrer lá no alto dos 10 cm. Ou coisa assim. E eu, esta talega que sou e que me iriam tão bem mais 10 cm, que raiva, que ódio! Nada, que lá nos pirinéus das solas está uma potencial crise de acorda a hérnia discal e mais umas alcavalas o que resulta sempre em mais um mês aos comprimidos e ais. Não dá.

Agora o que se poderiam lembrar é que há mais gajas como eu. Gajas que gostavam de andar lá nas nuvens de saltos, mas não podem. E isso não tem que significar que a escolha seja apenas a sapata de meia idade, com salto médio, sóbria e séria, quase em crochet. Pode ser uma porra de umas sandálias ou mesmo dois ou três pares, daquelas mesmo giras, mas com saltos mais baixos? Pode? Eu agradecia! E se não tiverem tiras atrás, já que estou a pedir, agradecia mais ainda, que a coisa do chinelas toc toc toc, compreendo que seja irritante mas estou-me nas tintas que eu sou mesmo toc toc toc, chinelar saltos.

Já me estou a ver ali para os lados do calor, chinela de enfiar no dedo, cá em baixo, as cabras das outras todas lá no cimo dos saltos delas, só me apetece é passar rasteiras, mas rasteirinha vou andar eu…que coisa mais triste e deprimente, é o que é. Nem apetece que seja verão assim. Uma miséria.

[e aviso já que não me consola nada a solidariedade de quem também usa sapatas confortáveis, não quero saber, quero é saber onde se compram as sandálias que eu preciso!]


Os vagos sons da vida das pessoas

Lá fora, quase nada, a chuva que chega finalmente, leve, silenciosa, discreta, para não aborrecer muito, a rega que dispara mesmo com chuva e se mistura. Os cães ao longe, hoje mais calados, abafados pela água, provavelmente abrigados e chateados. Em casa, o silêncio da televisão desligada, o sopro do fumo dos cigarros, a música em surdina nos auscultadores, teclas a baterem mais lentas, mais rápidas. Quase se ouvem movimentos, uma perna a traçar, uma mão a passar no cabelo, uma espreguiçadela lenta.

Eu na sopa. Isto, parecendo que não, é importante. Não, não é a sopa agora, é a sopa do jantar, é descascar cenouras e temperar bifes e queimar o (primeiro) arroz.

– …a sopa?!
– sim, a sopa.
– mas estás a escrever sobre o quê afinal?
– sobre “os vagos sons da vida das pessoas”
– e a sopa, onde é que entra aí a sopa?
– a sopa, a sopa…a sopa tá ali, é importante!
– ok, ok…

Sei que parece rotina e até pode muito bem ser, sei que parece não fazer sentido, mas para mim faz. Nunca escrevo exactamente o que ali está escrito. São recados para mim mesma. Tenho alguma esperança de ainda um dia conseguir reler esta tralha toda; mas que não leia, mesmo assim, são sempre recados para mim mesma, são coisas minhas. É a sopa, no fundo, o dia-a-dia: os vagos sons da vida das pessoas. É aquilo que eu tive, durante muito tempo, essa “sopa ao lume” que, de alguma forma, era um impedimento a tanta coisa.

E que agora não faz diferença absolutamente nenhuma.



o tempo a voar

De repente estamos em finais de Abril e ainda não fiz nada. Também não sei muito bem o que é que não terei feito, mas alguma coisa terá sido, já que o tempo passou ali ao lado e eu nem dei por nada: alguma coisa deve ter ficado para trás. Há dias em que ainda tento apanhar esse tempo que passou sem se dar conta, mas a maior parte dele, nem sequer penso muito nisso, porque sei que é assim, que passa cada vez mais rápido e fica sempre alguma coisa por fazer e não adianta muito ficar a olhar para trás e pensar que deveria ter feito isto ou aquilo mas não fiz. Não é que não dê para tudo (não dá, de qualquer forma), é aquela questão de escorrer por entre os dedos, o tempo e não se conseguir agarrar. Se olhar para trás – essa inutilidade, mas perco agora um bocadinho dele a fazer esse exercício – vejo que o ocupei muito e da melhor forma que encontrei na altura (não se pode fazer mais que isso) fosse por obrigação ou por escolha, entretanto passou e agora já aqui estou com a sensação que havia coisas que ficaram por fazer. E entretanto gasto mais um pedaço a constatar este facto e isto sim, é verdadeiramente inútil.