Nove dias

Confesso. O nove lixou-me. Estão a começar a ficar esgotados os temas para posts numéricos. Desenhei uma data de noves numa folha, 9 9 9 9 9 9 9, a ver se conseguia discernir algum significado oculto, ou até um que estivesse à vista. Nada. g g g g g g. Parecido com o guê aquele nove. Também não é por aqui, não me lembro de nada começado por g. Deve haver montes e montes de coisas guês noves mas, neste momento, nem um barco de um cano. Batalha naval, solitário, jogo do galo. Aqui está um guê! X 0 X 0 X 0 nunca se ganha, nunca se perde, jogo estúpido. Se fosse armar ao pingarelho agora, até podia espairar-me (espalhar-me) para lavoisierices, mas não me apetece. Este nove não tem ponta por onde se lhe pegue, a não ser o pau. Bom…já é um começo… Um pauzinho com um balão, não pensem lá coisas. Um balão com um nove desenhado, um balão…hum…deixa cá pintar o meu balão hoje, um balão cinzento com letras brancas, não, não é letras (um café depressa!) é números, um balão cinzento com um nove desenhado a sangue, perdão, baton vermelho. O sangue é uma chatisse, escorre em molhado e em seco fica castanho. Baton vermelho, daquele que não sai nem com beijos mas fica sempre colado nas golas clandestinas em filmes de segunda. Não escrevi nada do que queria, mas como não sei o que queria escrever, não faz mal. E as letras, números, digo, não eram brancas? Mudei-as para vermelho…deve ter sigo algum lapso coiso. A coisa tá preta. O balão voou.

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