100nada

Dias diferidos

Mudei de portatil. Este é bastante mais recente, embora continue a ser azerty; no disco encontrei rolos e rolos de fotografias digitais que pensava ter perdido. Mas a hora estava a aborrecer-me. Neste momento, de acordo com esta maquina, sao quinze horas e dois minutos. Fui mudar. E descobri que, neste pc, ainda estou em Maio de 2003. Nao faço a mais pequena ideia qual a razao de o ter ligado nessa altura: as fotografias sao muito anteriores. No entanto sei quando o usei pela ultima vez. Tinha alguns favoritos na lista do IE; e o hotmail abriu com um endereço de email que deixei de usar ha muito tempo.

Vou agora mudar a data e a hora para a presente. Nao ha nada que pare o tempo, mesmo que seja virtual.

0 thoughts on “Dias diferidos

  1. predatado

    Catarina ao ler o seu post “sobre” o tempo, veio-me à memória este lindo poema de Luiza Neto Jorge, intitulado A BOCA. Como estou aqui no seu blog, vou partilhá-lo consigo, com a sua licença:

    A BOCA

    em espessura do tempo feito infindo
    em amor me feria dilatava

    a boca era um leito um orgão de lava

  2. carlos a.a.

    Por mais voltas que dê não me ocorre poema algum! Feitas as contas dá 2 de Abril – a única evidência! Mas também não sou lá muito bom em poesia! No diz 2, ou seja no diz o deste contagem decrescente, cá estarei a ver e a dizer o que mais apropriado me parecer!
    Malandreca!!!!!!

  3. catarina

    Olha, pois é, Carlos, e ainda nem preparei o discurso!!! Vai ter de ser uma coisa séria, é uma data séria, vou ser obrigada a transformar-me numa mulher composta e sóbria e essas coisas todas da meia idade e da pré menopausa, ai que ganda chatice!!! :-)))

  4. Júlio

    Continuo seduzido pelo portátil. Será pela ideia “romântica” de liberdade que a mobilidade do dito cujo me sugere?
    Deve ser mais uma daquelas “partidas” da natureza humana: cobiçar aquilo que não se têm…