Becos com saídas também becos
Há merdas que me deixam doente. É isto. Merdas que me tiram do sério. Eu respiro, eu digo ahommms interiores, eu cravo as unhas nas mãos, eu desvalorizo, eu penso a minha vida não é isto, eu conto até sete mil quatrocentos e noventa e seis, eu peso se é mais uma merdicaca e valerá a pena e o meu tempo, eu faço o esforço todo e mais algum e depois rosno, ainda tento rosnar baixo mas não ouvem. Rosno alto, claro e se também não ouvem, a seguir é ladeira abaixo, a loiça toda a voar e na minha imaginação, já estava era a furar cérebros com tubos que eu agora vejo muito walking dead.
Admiro muito sinceramente pessoas que aguentam estoicamente toda a merda que lhes cai em cima. Provavelmente a grande parte nem nota, portanto não será estoicamente, mas vá, algumas sim. Sorrir e acenar está tudo muito bem, mas não serve. Uma pessoa sorri e acena e parece que está a enviar um convite para mais um camião cisterna que acabou de limpar umas dezenas de fossas e se desviou directo a nós. É certo que desatar ao pontapé ao camião também não adianta grande coisa, mas qual é a solução? Há, há sempre solução para quase tudo, mas temo que seja mais do mesmo. Manter o equilíbrio entre sorrir, acenar e rosnar. Talvez.
- Dêem-me com uma marreta nos cornos (*)
- A capa do Expresso em 2009
conheço quem tenha a capacidade de se abstrair por completo da merda que lhe cai em cima, como se tivesse um escudo deflector no qual ela cai e vai escorregando para o chão sem nunca tocar na pessoa que lá vai dentro.
tenho *muita* inveja dessas pessoas.
Também tenho, Sandra. Eu não sou capaz.
nem eu…. vou remoendo durante os dia e depois durante a noite durmo mal a sonhar com as tretas que me chateiam durante o dia… rinse and repeat. -.-
Não te iludas! Tu és forte, o desânimo não te pertence.
A pessoa simples, enquanto vive, vai aprendendo – A dúvida existe!
Aquele que se exibe na praça pública, o arrogante, enquanto vive, vai pregando a verdade cujos alicerces assentam na ignorância – A certeza existe!
A Arrogância é apenas fachada que se encontra em constante exibição.
Não te iludas, a merda, vindo de quem vem, é merda de lagosta, é um elogio. Não fales com a importância da fachada, por dentro há apenas ar e vento. O arrogante é cego e surdo ao que lhe mostram e dizem.
Ignora-o! O desprezo e o ridicularizar persistente da sua Verdade, da Palavra feita de demagogia, desmorona a beleza exterior, esfuma-se simplesmente.
Não sintas mágoa ou dor pelo que a arrogância te lança – Ela só ataca quem julga que é superior a ela.
Aceita o que recebes como um elogio e sorri!