No trânsito
Uma das boas opções que fiz nos últimos tempos, para melhorar a qualidade da minha vida, foi deixar de ouvir rádio e notícias no carro. Custou-me horrores, quem me tira a TSF de manhã arranca-me uma parte do dia que gosto muito. Não só entretém e distrai do trânsito, como se fica a saber o que se passa de notícias. Continuo a achar que a TSF é a melhor rádio que temos e o período da manhãzinha é muitíssimo bom; nada contra a TSF, portanto.
Mas a minha saúde mental já não aguenta mais notícias sobre as mesmas merdas. Atingi o meu limite de notícias nacionais. As notícias nacionais (e agora indo para além da TSF, obviamente) são invariavelmente políticas ou politicamente usadas / cor de rosa que não me interessam minimamente / ou Google translated copy e pastes de coisas que já saíram há uns dias noutros lados. Cada vez que ligo o rádio, cada vez que abro um jornal (notícias na televisão já deixei há muito) parece-me que estou sempre a ouvir a mesma peça ou a ler a mesma notícia. Não sei se é mal dos media, se é mal dos acontecimentos ou se, pura e simplesmente, o mal é meu. Como nos casamentos e afins falhados, deve ser todas as coisas ao mesmo tempo, eu e notícias não nos estamos a entender por absoluta falta de interesse. Meu, claro, o mal é meu.
Já que que não aturo mais notícias, o melhor é cortar o mal pela raiz e desligar o radio. Se calhar perco outras coisas giras, anúncios temas de converseta ou aqueles mini programas sobre empresas e parcerias e novidades e bolsa, mas tem que haver uma continuidade: ou se liga o radio ou não se liga o rádio. E ouve-se música, muita, muito alto e, ali naqueles momentos, um gajo abstrai(*).
(*) abstrai tanto que nem posts, só postalinhos destes
- No semáforo vermelho
- O mesmo verão
não conheço essas rádios nem essas notícias Mas laico do postal(inho)