a fazer um filme
Se isto agora fosse um filme e eu uma máquina de filmar (nem se deve chamar assim) havia uma mesa muito comprida cheia de tralha em cima, coisas avulsas, pratos e copos e gaiolas com pássaros verdes e canetas de feltro e máquinas de escrever e frascos de especiarias e talheres, caixas de ferramentas, carregadores de telemóvel e ferros de soldar, garrafas de vinho e candeeiros de vidrinhos às cores, apareciam duas mãos a puxar com muito cuidado as pontas da toalha por baixo de toda a tralha
mas, em vez de, num passe de mágica, a toalha sair e ficar tudo de pé, no mesmo sítio
partia-se tudo e ficava uma mesa absolutamente limpa.
- No semáforo vermelho
- No semáforo vermelho
Parece-me que queres atirar para o lixo qualquer coisa da tua vida. Mas não te preocupes, pois já lá deve estar
Não me preocupo nada.
Então já lá está mesmo!
Primeiro esvazia as garrafas de vinho…
Ninguém disse que estavam cheias…
Isso explica o “partia-se tudo e ficava uma mesa absolutamente limpa”…