Greve Geral
A razão? Muito simples. Eu, que até nem sou a favor de greves, não por discordar do princípio mas por achar que adianta pouco, faço greve. Faço para mostrar a quem governa que nós, que até vamos cumprir a nossa parte de contribuir para o aumento da receita, com os aumentos dos impostos e reduções salariais, queremos que cumpram a parte deles: que reduzam a despesa. Mas que reduzam mesmo. Seriamente. Que atinem de uma vez.
Eu sei, sou uma lírica, mas pago do meu bolso (que uma greve nos sai do bolso a todos individualmente e e a todos como país), para ser lírica um dia. Um dia que seja. E que é hoje. Porque pior, até é muito possível, mas ao menos que seja também com esta escolha, a de parar um país durante um dia, E que seja, por um dia, a nossa escolha.
[imagem do 31 da Sarrafada]
- Anjinhos de Natal
- Chuva em Novembro…
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Ai minha boa amiga, pois fico tão sem palavras que só me resta parafrasear um antigo Presidente (que tinha em comum com o actual o Dom da Palavra, e o Brilho do Discurso…) “Depois de tudo o que li, só tenho um adjectivo: Gostei!”
(Agora a sério, torna-se quase-arrepiante ver pessoas que habitualmente têm as suas (da Cat) razões para não fazerem greve sentirem agora a vontade-necessidade de fazer greve pelas razões que evoca – mais que não fosse, isto devia servir para acordar os paspalhões que fingem que andam a governar-nos.)
E disse.
É tempo de mostrar a esta canalha de que pau se faz o Homem e a Mulher lusitanos! Hoje estou em greve geral! Não vou beber vinho pois é tempo de abstinência e solidariedade para com os desempregados e os pobres. Vou beber apenas branco e rosé, que de vinho têm pouco. Vamos alinhar por um Madrigal de 2007 para lavar a boca, alinha-se de seguida a “Vindima de 7 de Outubro de 2003” do cagão do Bento, quase vizinho aqui do Ribatejo, está no Freixial (perto da Merceana terra desinteressante). Segue-se um Perdigão reserva de 2009, umas cinco garrafas que aquilo é de beber umas atrás das outras e o arquitecto Perdigão merece: pegou mais de cem touros na cara nos forcados de Vila Franca, bem haja! Além disso é o vinho mais premiado do Dão em concursos internacionais e isso deve valer algo. Isto ao almoço. O jantar terá de ser corrido a Eiswein austríaco, que hoje até estou sentimental e a Áustria recorda-me sempre a bela Christine (ah que belas mamas… por onde descaem hoje?!). Mas nada de devaneios, nada de exercícios vergais! É tempo de crise e de luta. Há manifestação querida Cat? Se houver vou tentar passar por lá para exercitar os gorjeios guturais! Entretanto o pessoal trata da vacada e da eguada que greve é greve. E o Jacinto tem de limpar o jardim que há folhas por todo o lado. Coitado, com oitenta anos recusa-se a greves que no tempo do Salazar não havia nada disso! Nem o patrão em greve o convence… E como viste, Cat, até estou em greve de procacidades, ao que o mundo chegou.
Obrigada, amiga Vi.
Ai Perestrello, arranja um blog, home!
O que é isso de blogue?
Por acaso até era uma ideia. Conheço um palerma efeminado com a mania que é culto e uma moça que usa uns sapatos estranhos que até estiveram nisso de princípio… 2002 ou 2003. Enfim já nem me alembra. Mas sempre achei abichanado isso de blogues.
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good girl
Pois que com greve ou sem ela o problema é mesmo a formação moral de quem nos governa. A alternância partidária entre as 2 facções do costume não nos trouxe nada de bom. Não nos trouxe porque não há qualquer vontade de transformar este sítio num País.
Por isso com greve ou sem ela…