100nada

As nossas "amiguinhas" do peito

Ninguém tem obrigação de gostar de nós. Tá bem que somos extraordinárias e maravilhosas e fora de série e tudo o mais que agora não me está a ocorrer ou está mas a modéstia não me permite mais do que tantos auto-elogios (por linha), mas ninguém tem obrigação de gostar de nós. Mais, nós gajas lindas, simpáticas, giras, elegantes, inteligentes, charmosas, nem sequer nos importamos por aí além que nem toda a gente goste de nós, estamo-nos absolutamente cagando, nem damos por essa gente que não nos grama e fica lá no sítio. Mas o problema é que não ficam. Essas tipas que não têm outro nome (embora eu já lhes dê mais alguns) não se ficam por não gostarem de nós, lá no canto delas, sem chatear; não. Têm que se armar em nossas “amiguinhas” do peito. E isso é que me tira do sério. Essas tipas são umas ranhosas que não são como nós. Falta-lhes qualquer coisa, talvez, por exemplo, ser mais como nós. São umas estúpidas de merda que gostavam de ser como nós. Umas galinhas acéfalas que gostavam de ter os nossos sapatos. Umas criaturas de buço farto que queriam ter as nossas bimbys ou batedeiras de claras. Umas parolas das berças que ambicionavam ter as nossas unhas aguçadas e sem falhas. Umas saloias de treta que adoravam rir-se com os nossos risos. Umas assanhadas carentes que não queriam outra coisa senão comer os nossos homens. Umas vacas de pasto que amariam ter as nossas cinturas. Umas bardamerdas que queriam era ter os nossos blogs. E essas amebas coliformes não nos largam um minuto, a roçarem-se por nós, a chegarem-se por tudo quanto é lado, a encostarem braços suados, a passarem as mãozinhas pelos nossos lombos, enfim, a sacudirem-nos os pós de perlimpimpim a ver se sobra algum para elas. É vê-las a quererem “combinar coisas”, a convidarem para almocinhos, a mandarem sms, a telefonarem, a enviarem emails, a comentarem nos nossos blogs, a chagarem-nos o juízo até à molécula, como se não tivéssemos mais nada para fazer e como se não estivéssemos carecas de perceber que não nos gramam nem com molho de bifes com cogumelos e só estão ali porque

sinceramente não percebo porquê, mas deve ser de mim que, quando não gosto de alguém, até lhe digo bom dia se for caso disso, que não há necessidade de não se ser educado, mas de resto, siga, andando, bazem, real caralhinho, conhecem?

É que não se aguenta!

0 thoughts on “As nossas "amiguinhas" do peito

  1. @na

    achas que encaixava??? D-u-v-i-d-o!!!
    (esqueceste-te desse detalhe tão importante, também não têm o nosso poder de encaixe, mas queriam, se soubessem o que isso é)

  2. isabel r.

    buço farto é giro
    ate me serve a carapuca e tudo (nessa parte do buço farto), mas como eu faco parte das inteligentes e giras e tal, e ate tenho poder de encaixe, continuo a achar piada 😀
    tambem gosto do real caralhinho, a expressao, a expressao

  3. Cool Mum

    a cintura até não me importava, qu’isto nem com muito abdominal :(
    quanto ao resto, ‘tamos juntas’

  4. Crezia

    Ah e do peito é que elas gostavam de ser. Olham-mo com um ressabianço… “eu estou muito bem assim, ele gosta” pensam elas duplamente despeitadas. E eu quero-o lá para alguma coisa, já pensaste, coisinha?! Não pensaram, não pensam. Não sabem como.
    A frase onde está tudo é precisamente “gostavam de ser como nós”. Confirmo-o diariamente neste mar de sopeirame onde me movo. Mantêm-se à distância, olham com desdém, acham que não percebemos e depois quando se aproximam, muito desadequadas, escacaram o complexo mas acham que não, e fazem-se amigas. Pfff… que falta de saco.
    Há uma diferença, estas nem percebem o que digo. E isso, às vezes diverte-me. Mas é porque são tão poucohinhas, tão floricoisinhas, tão “quem merece é só as pessoas que é humildes” e então, há vezes em que só me apetece bater com a porta “adeus até nunca”. Um dia destes bazo.

  5. aNa

    ahahahahahah!
    catarina, querida, admiro-te tanto, gostava tanto de ser como tu, achas que podemos ir almoçar um dia destes? 😉
    (só tu mesmo… fiquei logo com vontade de te mandar uma sms! 😛 )

  6. catarina

    Madalena, sabe mesmo bem escrever destes 😀 E a hora a mim ajuda 😀

    Miguel, também se arranja no masculino, não seja por isso! 😀

    Ah, Isabel r, eu também adoro o real caralhinho, a expressão 😀

    Tou à espera Méri! 😉

    Cool, se não é a cintura é outra coisa qualquer!

    Crezia, tal e qual lol e não, não percebem, é a miséria…

    pal, olá! de volta à net? Espero que sim! (sou nada tramada, só digo o que toda a gente pensa :))

    aNa, vamos almoçar, siga! (pois! até me admira nenhum me ter enviado um :DDDD)

  7. Sofia Vieira

    Minha linda! Voltaste a escrever comócaraças, que bestial! Não sabia, pensava que isto continuaria mais ou menos às moscas como o meu, e nós as duas nas hortas e nas couves, mas afinal estás com a pica toda! Neste teu post, acertadíssimo como sempre, dá lindamente para perceber a quem te referes: é só comparar quem te comenta incessantemente nos posts anteriores e que aqui nem aparece, pois tá claro (se calhar vão aparecer agora, para disfarçar…hehe). E agora vou ler os teus posts sobre economia que estou aqui derramadinha, a ver se fico a perceber o que se está a passar no mundo. Grande beijo!!!

  8. catarina

    Sofia, AHAHAHAHAHAHAHAHAH! Sobre isso depois falamos 😉
    Pois, as couves e as hortas, já eram, agora é mais as alfaces dos exemplos 😉 Mas olha que o teu não tá nada às moscas, hoje o meu sitemeter está a explodir com visitas dele. 😀 Obrigada, querida. Um grande beijo.

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