De sinapses e anões atrás das orelhas
Imaginas que abres um cérebro a meio e espreitas lá para dentro. Não é o cérebro de massa e sangue e coisas um bocado nojentas, é o outro. O que está por dentro desse, a passar por esses pedaços de ossos e tecidos. O outro, o que tem fios e ligações e milhões de caixinhas, umas fechadas, outras abertas, um emaranhado aparentemente sem lógica. Percebes uma parte, vagamente talvez, sem realmente entender o sentido de toda aquela confusão desgraçada, reconheces algumas partes, são iguais em toda a gente, outras – se calhar – sabes que são iguais às tuas. Mas o todo, o ainda outro cérebro que fica por baixo desse, onde só existem impulsos electricos, esse, falta-te um fio condutor, uma ponta que pode ser “densa em demasia” (olha, que giro, saltou agora um anão do meu ombro, a acenar esta bandeirinha!), desatas a rir e percebes.
Percebes?
- Século quê?
- Mais uma Gotinha