Cem metros de estrada
e a garrafa parece cada vez mais pesada. Não sei o que tenho, pensa ela, olha para a garrafa, mas está normal, uma garrafa de água quase vazia, à espera da gasolina salvadora…mas o olhar é atraído mais para baixo, para os sapatos. São uns sapatos normais, eram há uns segundos atrás, mas estão a crescer. Os sapatos estão a aumentar, cada vez mais bicudos, o bico enrola para cima e ela pára. Continua a olhar. Os sapatos são azuis, não, espera…brancos, de penas, penas? Carrego penas nos pés, pensa ela, e nessa altura o bico retorcido diz tunc. Ou quac, ou qualquer coisa que não se entende, e uns olhos muito escuros fitam os dela, com um pedido mudo. É sede, pensa ela, os meus pés carregam penas e têm sede. E então rega os sapatos e os pés, as penas e o bico abre-se e engole a água e depois retorce-se outra vez e enterra-se à beira da estrada, naquela margem de terra ao lado do alcatrão e depois depois ela tira os pés com muito cuidado e fica descalça. Quando olha vê uma árvore branca plantada à beira da estrada. Recomeça a andar e ali fica uma árvore de penas, deixadas para trás.
- A minha vida de sofá, diário de uma dondoca (2)
- Navego às cegas na blogsfera
Tu és a pessoa que mais me vende sorrisos na blogosfera. Eles são dedutíveis?
(Acompanhei os teus posts nos últimos dias e peço desculpa por lá não ter escrito nada, mas que mais haveria a acrescentar depois das belíssimas mensagens que te deixaram? Talvez isto: é bom ter-te de volta.)
Vendo? Essa é boa! Não me digas que tá uma portagem quando se clica no link aqui do tasco! olha se me vão à conta, com as vezes que cá venho, cruzes! (que um gajo não é de ferro e passa pela própria casinha de quando em quando, não é? pois…)
Eu também gosto de estar de volta, gostava era de estar direita, mas a esta hora já acho que me coseram a barriga às pernas…
Beijo.
Não me posso mesmo ausentar. .)))))) E isso lá é história que se faça com as minhas botas de pelica lindíssima e que até têm franjinhas e tudo? Até fui ali ver se estavam intactas tal foi o susto!
Soubera eu das franjinhas e tinha-se arranjado qualquer coisa a condizer. :)))
LOL Catarina!
Descalça é coisa que duvi-d-ó-dó. 😀 😀
Das franjinhas faziam-se umas trancinhas e não tarda tinhamos àrvore de Natal. Eheheheheh
Ela não é de se descalçar, Maré?
Só ficavam a faltar as bolas e os sinhinhos! :DDD
Os sininhos, digo…tou cá com uma soneira…
Soneira tenho eu, que não dormi nada de jeito durante todo o fim de semana…
😉
Fins de semana sossegados para descanso dão sempre nisso, Oldman…deixa lá, amanhã é segunda, tiras umas sestas no trabalho…;)