100nada


É o desespero esta porra

Eu já só me rio. A tentar instalar um novo sistema de comentários (limpai as mãos à parede, weblog!) e isto sempre a dizer que tem too many connections.
Hipatia, obrigada!
Miguel, tens razão, isto não tá com nada, nem tento responder ali mais abaixo, é o inferno.
Emiéle, eu bem tento escrever no teu Pópulo, mas qual quê…



Sou tão anhuca, bolas!

Escrevi um postezinho todo catita mas para fazer efeito precisava de espetar aqui no blog com uma música. Um daqueles coisos que se carrega e ouve-se o ficheiro, ficheiro esse que se tira da net e isso tudo. Nada. Não encontro nada de nada. Sei que há essa coisa do you tube, toda a gente mete videos, mas eu não quero video. Quero um wav ou um mp3, ou melhor, quero um link para a música que eu quero…

Ora. Esqueçam. Bah que se lixe, estou tão irritada! Perdi imenso tempo à procura que paciência! Vou mas é ver o resto da série e os postecos que se danem! Já apaguei aquela porcaria, para que é que escrevo ranhosices pindéricas que precisam de banda sonora!

Over e out e mais não sei o quê! Foda-se, pronto já disse: foda-se pra esta merda toda!


Adenda ao post anterior e mais coisas

Olha, afinal tá óptimo! Podia ter ficado mais um bocado…bem, mas serve.

Eu ainda não contei que tenho as mãos a escamar de ter lavado quatro carros no fim de semana com uns produtos especiais de corrida, detergente com cera e mais um spray para as jantes, pois não?

Pois é. A minha vida anda a correr mal em questões de pele.


Então é assim (não tentem fazer isto em casa):

Primeiro: ninguém conta isto à minha Mãe! Bem! (as manas de férias sem net, menos mal, menos mal…)

Estou de toalha na cabeça. Daqui de onde vos escrevo, de toalha na cabeça. Nada de especial, pensar-se-ia, foi lavar o cabelo, enrolou uma toalha, foi fumar um cigarro, escrever um post.
Pois.
Vamos lá começar do princípio.

Eu, no pós quarentas, loiríssima como qualquer barbie que se preze, de cabelo a condizer até – ou já passando – o meio das costas, tralálá, contente da vida, adoro cabelo comprido, adoro cores, agora deu-me para esta. A cabeleireira desespera que lhe estraguei uns anos de nuances que lhe deram uma trabalheira e eu, quero lá saber, pinte mas é isso e abote-lhe lá umas tirinhas mais claras, já que é isso que quer, siga para bingo, sendo que bingo demora sempre quatro ou cinco horas que o cabelo é imenso, não abre, devia cobrar-me o dobro e mais não sei que mais. Eu abominando aquelas horas, uma tortura, odeio cabeleireiro, odeio tudo aquilo. Mas resigno-me em nome dos quarentas, das brancas e mais de uma data de loirice, que, no fundo, no fundo, o que eu quero é que o cabelo esteja a condizer com a patetice.
Tudo isto, claro, em troca de uma pequena fortuna.

Ora eu estou farta de pintar o cabelo em casa. Anos de experiências, algumas epá tá roxo e agora? olha! a caixa dizia castanho claro, fiquei ruiva, já expliquei, gosto de cores, nem sempre a coisa corre bem. Daí que a idade e a falta de tempo para química colórica me tenham levado àquele martírio do salão não sei quantos. Mas, bolas, desta vez era só um retoque nas raízes, antes de apanhar com três semanas de sol, sal (em vez de cloro) herbicida e spray das vespas, não me estava nada a apetecer as cinco horas e a pequena fortuna. E vai disto, no recato do lar, xacáver até uma corzinha menos loiríssima e tal, também ninguém me vai ver se não ficar totalmente nos conformes.

Aquela porra mistura-se e eu até tenho um shaker e tudo, trincha, luvas, a tralha toda. Incluindo um frasco de coiso, sabe-se lá o nome, que se mistura com a tinta propriamente dita. Mistela feita, luvas postas, trincha mergulhada no shaker e pente e tudo, risca após risca (no fundo, no fundo, também tenho este meu lado de cabeleireira, é assim, calha). Tudo a correr bem e, de repente, a cabeça, o couro cabeludo mais precisamente, começa a pegar fogo. Não literalmente, mas a sensação igual. E eu, olá, não costuma acontecer…mas prossigo. A coisa agrava-se cada vez mais, eu de olho no relógio, mas ainda nem 15 minutos passaram e aquela porcaria a arder a sério.
E eu começo a pensar, olha agora vou desmaiar com isto! Que coisa! Isto está verdadeiramente tóxico, não me parece boa ideia…entro em pânico, tudo o que pode ir para o lixo, lixo, o resto, água água água, champoo duzentas vezes, depressa antes que caia para o lado e acorde careca.

Lá sai aquela porra toda. E eu, depois daquele susto, espeto-lhe uma toalha por cima e, mais calma, vou cuscar as instruções a ver o que é que correu mal:
– o tal coiso para misturar tinha prazo de validade; acabou há três meses…

Agora estou com medo de tirar a toalha. Não sei o que me espera.
Bolas…


Miss Pearls – aniversário (um dia destes)

Não tenho qualquer dúvida. Que alguma vez, um dia, a Isabel Goulão era assim, uma menina de chapéu de palha e flores na mão, a olhar para o horizonte. Tenho a certeza absoluta. Quando leio o que escreve, é assim que a sinto, que me sinto. A Isabel espalha felicidade quando escreve, mesmo quando nos deixa com o coração apertado e as lágrimas a saltarem dos olhos. É um blog doce, o dela.
Muitos parabéns, minha querida.

(imagem daqui)


(maio – agosto)

(continuação de outra história noutro lado)

E depois acabou mal. Nada adiantou. Saberei mais tarde aquilo que já sei, que já sabia: que não vale a pena o esforço. Não valeu a pena o esforço: esgotou-se na tal amizade, no tal respeito; do lado de lá recebeu o mesmo desprezo, o mesmo desamor. É por isso que me desdigo agora: não vale a pena o esforço, não teria valido a pena o esforço que tanto invejei na altura por não conseguir eu ser assim: toda aquela pureza de sentimentos, toda aquela entrega desmedida, todo aquele esquecimento de si mesmo, todo aquele altruísmo. Destruidor no fim, do lado de lá nunca reconhecido. Roubou-lhe as forças, até para se levantar, mas que se levantou, é certo e que, não ficando nada satisfeita por me ver reconhecida a certeza do meu cepticismo (que não me alegro com o sofrimento de quem gosto), me orgulho de saber que há gente assim, que resiste – mesmo em vão – até ao fim.
(embora seja um esforço estúpido, convenhamos: que amar só como se sabe e pode, com todos os senões que nos limitam; esforços para lá de nós, vácuo futuro garantido – mas isso sou eu, uma criatura pragmática).


De tantas coisas

(em tão poucas horas, menos de dois dias) que vou guardando, por serem tão as mesmas, entretanto alteradas (de uma semana para a outra o tomate verde que se transforma em vermelho e resulta num frasco de doce), registo aqui duas certezas: a de que as andorinhas perderam o medo das pessoas, se alguma vez o tiveram e picam sobre a água a horas certas, em bando, esteja o espaço em silêncio ou pejado de gritos chapinhados; e que nunca serei viajante por parte alguma, pois todos os meus dias livres (e os outros se pudesse) os quero passar ali e em mais lado nenhum.