Para domesticar alguém, basta partilhar um sofá e um jornal de fim de semana.
Fast Foward
Tratada que está a efeméride (sim, aqui neste tasco não há respeito por nada; havendo, dura pouco, que é preciso é andar para a frente e siga. Embora o fast forward não seja aconselhável, com a caloraça que está. Na verdade, todo este parênteses serve para dizer, alto e bom som, para todo o público leitor – os sete ou oito gatos pingados que não foram de férias – que estou com uma ronha que faxavor. Não está sequer com ar de mudar nas próximas horas. E também serve – refiro-me ao parênteses onde se encontra a quase totalidade do post – para reler no próximo inverno, quando estiver um frio do caneco, e relembrar-me que existiu este calor todo.) mete-se um parênteses e tá a coisa feita.
O dia que mudou o mundo
“They got the word on Sunday morning, August 5. Conditions were go, and the next day would be the day. At the last minute, it was decided to complete the final assembly of the bomb in flight, thus eliminating the risk of it exploding if Enola Gay crashed on take-off. Navy Captain Deak Parsons, who had earlier opposed this idea, now suggested it, and persuaded the team that he could perform the difficult assembly in the cramped bomb bay of the B-29.
They loaded the bomb into the Enola Gay that afternoon. “Little Boy” was 12 feet long and 28 inches in diameter – bigger than any bomb Tibbetts had ever seen. Its explosive power equalled 20,000 tons of TNT; or roughly as much as two thousand Superfortresses could carry – all in a single bomb that weighed about 9,000 pounds. Deak Parsons practiced the delicate arming process. That night the crew was briefed, for the first time, on the nature of their weapon – an atomic bomb. ”
Desanuviando
(que o meu resultado neste teste é fenomenal.)
You are independant and don’t need a guy yet.
What kind of guy are you most attracted to?
brought to you by Quizilla
(quer dizer, hum…não, querido, estou só a brincar, claro!)
Adenda: que porra é aquela? Uma cauda???
Fumo
Tudo cheio de fumo. Pica nos olhos (acho que é do fumo).
As árvores do meu Pai
Cada vez que vejo arder uma árvore, penso no meu Pai. O meu Pai planta árvores nas horas vagas. Durante anos pensava nas árvores que iria plantar, enquanto ia plantando outras que também queria plantar (desconfio que tem uma parte do cérebro sempre ocupada – e preocupada – com as suas árvores). Algumas são objecto de grande reflexão na escolha e no sítio; vai estudando composição de solos, quantidades de água e vai plantando árvores, algumas novas, outras desenraizadas de outros locais, como as oliveiras do Alqueva, ‘sabes que aquela ali tem mais de mil anos?’ e é extraordinário pensar nisso, uma árvore que tem mil anos. É também essa quase eternidade de algumas árvores, esse mistério de longevidade, a assistência silenciosa ao passar dos séculos, que encerra um encanto muito especial, que fica para lá da beleza do verde, da imponência e sobriedade de uma árvore.
Quando vejo uma árvore a arder, penso no meu Pai. Penso que poderiam ser as árvores dele. Penso que são as árvores de alguém que as pode amar dessa forma, com o amor e a alegria que o meu Pai, toda a vida, passou às filhas e passa agora aos netos.
E todos os anos, todos os anos, todos os anos, ardem mais. Arde tudo. E toda a gente se está nas tintas até as chamas baterem à porta. Há uma eternidade atrás, vinte e muitos anos, andei no Liceu de S. João do Estoril. Lembro-me de ter havido uma acção de sensibilização para pedir voluntários para ajudar os bombeiros. Eu, cheia de vergonha, fui oferecer-me. A Presidente do Conselho Directivo ou o que passava por isso, chamou-me e eu fiquei em pânico, que tinha eu feito de mal? Afinal nada. Era só para me conhecer – num liceu com milhares de alunos, só tinha havido uma miúda (que nem força para agarrar numa mangueira teria e que não servia para ajudar coisa nenhuma) que se tinha dado como voluntária. Isto não faz de mim melhor ou pior, creio eu. Faz só de mim filha do meu Pai.
Está tudo a arder
e parece que ninguém liga nenhuma, realmente.
A A1 está mais ou menos como JPP descreve; embora não esteja cortada, acabei de falar ao telefone com alguém que está no meio do fumo, quase parado entre Condeixa e Leiria: diz-me ‘é um inferno, as árvores estão a arder dos dois lados, tudo preto, é noite aqui. A cara a ferver com as janelas do carro fechadas, brasas pela estrada, as chamas mais altas que os postes. É absolutamente pavoroso’.
Ninguém me fecha essa porcaria??? Fechem-me a A1! Já!
Já sei! (Bolas! : terceira tentativa)
Tá um calor filho da puta
que é uma forma simples e directa de escrever
Saí lá para fora para despejar os cinzeiros de ontem (guardo-os sempre fora de portas, ao fim da noite) e levei um estalo de calor estagnado e parado, quase se sentiam as rãs voadoras em hora de ponta
(hora de ponta, tão a ver a coisa, tem duplo sentido, não sei se ficou esta parte clarificada)
hora de ponta, aterrando
(refiro-me às rãs)
em pedaços de calor mais solidificado
(até podia ser nos cinzeiros, mas os cigarros estavam apagados, não serve, é mesmo só faz-de-conta-que-há-bocados-de-calor-mais-concentrados-que-outros…faz de conta? Faz de conta, não! É mesmo assim, não há é rãs!)
isto tudo para explicar que se se pode dizer qualquer coisa numa data de parágrafos, para quê usar a versão condensada, não é?
(pedaços de calor condensados, também ficava bem, assim uma ideia de concentração mas também condensação, a pingar de calor e tudo)
Anda mazé com o post prá frente, melher (Bolas! : segunda tentativa)
Tá um calor filho da puta
(agora esqueci-me como era para ser o post inicial, porra!)
Bolas!
Tá um calor filho da puta
(oops)
(duplo oops)
(nota: primeiro oops foi sobre o facto de o post ser básico, simples e qualquer um poder escrever merdas iguais. Segundo oops está à vista; ou troquei as prioridades?)