100nada

Spam, qual spam?

Eu cá (pimba, tiro num comentário de casinos) não tenho o mais pequeno (toma lá disto, ó video cabrão!) vislumbre de ataque de (pera aí que já te atendo ó viagrinha merdoso) coment(ai é? Levas com o delete e é já!)ários de (bardamerda para vós também, lesbicoisas reunidas) spammers.

Tudo limpo.

Recomeçar.


Eu sei que tá chato, eu sei, eu sei…

As minhas queridas leitoras queixam-se que o meu tasco anda chato…pois é, uma grande maçada. Também me parece que sim, mas infelizmente falta-me a vontade de postar sobre coisas que interessam verdadeiramente às nossas vidas, as realmente importantes, até porque não vi nada em loja nenhuma que me agradasse e este frio continua a obrigar-me a usar as mesmas pacheminas, dobradas ao meio, a ponta enfiada no lado formado pela dobra.

(enquanto escrevo este post, converso sobre o funcionamento do cérebro e a deterioração da memória, mas isso são outros quinhentos, voltando às écharpes)

Há alturas na vida (talvez por se sentir com o cérebro cheio de algodão) em que um gajo se sente com o cérebro cheio de algodão.

Podia ser algodão doce, cor de rosa dourado nas pontas, muito leve e a desfazer-se na boca, feito numa bacia de metal um bocado suja e enfiado num pauzinho de madeira com farpas e microscópicas partículas de notas de cinco euros e moedas de dois. Podia ser mas não é. É algodão mesmo daquele que nem se desfaz, que não se parte com as mãos, algodão cor de cimento armado. Com aqueles ferros ainda a sairem na ponta, mas já um bocado ferrugentos (da humidade…mas qual? A falta de chuva até me arruína as imagens dos posts…).

É assim que está o meu cérebro. Cimentado, com antenas ferrugentas, que apenas captam alguma actividade em AM.
E uma data de estática.


A responsabilidade para cima dos eleitores

É um pouco aquilo que leio em toda a parte, do lado dos que apelam ao voto, seja de que lado for.
É certo que sim, é o povo quem mais ordena, neste caso em particular. São as pessoas, nós todos; e não aqueles ‘eles’ que nos habituamos a culpar quando tudo corre mal. Esses eles somos nós agora. E isso, às pessoas que sacodem a poeira do capote, aos que ainda vivem bebaixo de um complexo de estado papá ou aos que pensam que estão acima do estado das coisas e se estão a borrifar, custa. E aos outros, aos que se sentem responsabilizados pela escolha, ainda custa mais.

A mim custa-me imenso. Enerva-me este peso colocado totalmente em cima dos eleitores. Votem que é o vosso direito e a vossa obrigação. É. Mas

aos políticos cabe uma grande parte da responsabilidade. Cabe a parte de se apresentarem como opções, como alguma coisa que mereça crédito, aquele de quatro anos que lhes vai ser oferecido no domingo. E isso não está a acontecer.

Portanto, pela parte que me toca: amanhem-se. Organizem-se para a próxima vez. Está na altura de os partidos que podem formar governos se responsabilizarem também pelo que fazem e apresentam. Isto não é uma brincadeira. Os partidos formam-se para se dedicarem à política, à arte da governação. Não é para benefício próprio. Tanto me chateia que existam políticos como PSL ou Sócrates, manifestamente insuficientes para aquilo que lhes é pedido / oferecido, como me chateia ainda mais que, dentro dos respectivos partidos, existam pessoas muitíssimo capazes que se desmarcaram porque não lhes convinha agora. Aliás, isso é que verdadeiramente me repugna. Estes dois rapazes são o melhorzito que apareceu: os outros, por razões várias, resolveram não dar a cara, preferem ir tratando da vidinha nos bastidores, nas guerrinhas do costume, nos jogos de interesse que têm por finalidade queimar o próximo e não o bem de todos. Eu devo ser uma lírica, realmente, continuando a pensar que a política deveria ser uma coisa de gente de bem e uma arte nobre: ou então é mesmo aquilo que temos e merecemos. E assim sendo, eles também merecem as consequências daquilo em que se tornaram.


Voto em branco

Não sou capaz. Sou vinteecincodeabrílica suficiente para sentir isso como contra-natura. Não sou capaz de ir não ir votar, não sou capaz de votar em branco, não sou capaz de fazer um desenho no boletim de voto.
E continuo sem saber o que fazer. A minha decisão vai-se transferindo de votar em quem nos governe para votar em quem faça melhor oposição.

Também é verdade que, depois de excluídas todas as hipóteses, resta sempre esse cromo da retórica brilhante, que tanta falta faz no Parlamento e que eu gosto imenso de ouvir: o Garcia Pereira…