100nada

Agora que não tenho sítio

senão este meu tasco (onde tudo se dilui na enxurrada de posts)

– …e fiz mousse de terra com terra e água!
– Foi?
– …meti na boca…
– Não sabes que não se pode meter a terra na boca?
– Não foi a terra! Foi a água!
– Hã?
– Sim! enchemos a boca de água na casa de banho e levámos para o recreio e depois cuspimos em cima da terra para fazer mousse!





Que caneco

Estou farta de apagar merdas. Não vou responder aos comentários ali mais abaixo, não me apetece! Considerem-se devidamente respondidos com o que quiserem, beijos abraços, getalife’s, ando com uma falta de paciência que até ferve!

(nota a self: pá. gaja. atina tazaber? ou melhor, desatina. ou qualquer coisa.)



Constatação

Amansei no que escrevo. O blog domesticou-me. (suspiro)

E essa dor de calar de não falar para controlar a dor desaparece? Ou é só esquecida posta de lado ignorada…para ficar a germinar a crescer no lado escuro do não querer lembrar e mesmo sufocada sem ar vai crescendo crescendo até se tornar um dia uma dor muito maior que é impossível calar e que rebenta e que sai mesmo que esse futuro agora seja um agora errado, um agora onde já não se devia falar? Ou a alma cala mesmo para sempre? Não sei…são só considerações feitas aos pulos à solta na noite.

Queres falar de amor? Fala escreve grita berra chora ri! Mas não fales de amor como se fosse uma batata frita a nadar num molho de cogumelos de lata! O amor é um bife do lombo de uma vaca que morreu a espumar da boca um bife cru a escorrer sangue…esse sim é o amor pelo qual vale a pena gastar palavras. O amor não são dois tabuleiros a ver a guerra dos talibans isto tá mau por acaso tá faz lá um zapping não é ir ao supermercado com uma lista a meias não é gostar dos mesmos iogurtes…isso é amor politicamente correcto amor-soja cheio de vitaminas e minerais amor sem medo sem risco sem dor sem desejo sem sonho sem paixão amor-hábito amor-rotina amor-substituto por ser mais pratico por ser menos arriscado por ser olha se há-de ir para os porcos, amor tava ali pronto foi o que se arranjou.
Amor pelo qual vale a pena gastar palavras é tudo menos paz.
É uma Vertigem.

(links para o pt.conversa, 2001)

Escrito em 2001 e, no entanto, faz-me agora todo o sentido.


pt.desconversa

Hoje estive a conversar sobre os nius, explicar um bocadinho como aquilo era (e nem assisti a metade, mas li muito arquivo nos anos em que participei activamente) e, cada vez que penso no assunto, chego sempre à mesma conclusão: amansei, o meu tasco domesticou-me. Não foi só a mim, há mais blogs nascidos sob o signo da hierarquia pt da usenet e desconfio que alguns dos meus leitores lurkam aqui com lurkavam lá (big smile), alguns bastante conhecidos (não vou referir aqui nem a Gotinha nem o Oldman porque podiam não querer)


Que dia lindo!

E eu até vou laurear a pevide…larailarai…:)
Bom dia!

(espero que não tenha acontecido nada de mal, que ainda nem li notíciais, ficava-me estúpido uma data de desgraças e eu aqui no larailarai…nádesernada…)


Já me estou a irritar com esta coisa

Não é hora de posts, mas eu estou irritada. E quando estou irritada, perco o apetite e tenho ali o jantar à espera. De forma que vai já disto, seco e direito ao assunto.

Anda por aí um sururu de blogs mamãs que isto e aquilo e ai as polémicas e ai que coisa e que grande desgraça e um grande apontar de dedos, mas sempre muito vagamente, sempre muito eu não quero falar nisto mas, sempre muito escondido nas caixas de comentários, sempre muito em meias palavras que não quero que sobre para o meu lado e tal. Olhem, desculpem lá, mas estou farta disso.

Minhas senhoras: as senhoras, independentemente de serem mães, tias, avós, irmãs ou o que quer que seja de quem quer que seja, porque toda a gente é qualquer coisa assim e não há aqui estatutos especiais, vamos lá a ver se ligam os (aparentemente parcos) neurónios e se dão o benefício da dúvida às pessoas que fecharam ou apagaram babyblogs: essas pessoas têm cabecinhas onde existem neurónios e sinapses, pensamentos e reflexões e, a dada altura, todos esses processos resultam numa coisa que se chama decisão. E uma decisão é uma coisa à qual um adulto tem direito. Não precisa que decidam por ele.

Cada vez que alguém disser que este ou aquele blog fechou por causa de uma polémica ou de outro factor externo qualquer, retira o discernimento e a capacidade de decisão ao seu autor. Evidentemente há coisas que nos podem deixar a pensar, a reflectir, é bom, é saudável, crescemos. Mas no fim, quem decide somos nós.

E antes que apareça por aí alguém na surra a apontar o dedinho para mim e a dizer que estou de consciência pesada pelo meu post sobre as pics nos blogs e coisas afins, informo que me estou totalmente borrifando, absolutamente nas tintas. Tive feedback suficiente de gente que conhece a net e os seus perigos muito melhor do que eu ou do que avestruzes que comparam os perigos que aqui existem com a probabilidade de sairmos à rua e nos cair em cima um vaso de flores que vacilava numa varanda. Quem prefere não saber como é o mundo e fazer de conta que é tudo lindo e côr-de-rosa, paciência, azar, problema nem é meu!

Agora que leia coisas por aqui e por ali e fique com a sensação que, por muito boa intenção que se tenha, aquilo que está por trás de alguns comentários é a ideia de que as pessoas que fecham blogs são umas tontarecas marias vão com as outras, sem qualquer discernimento e capacidade de pensarem por si mesmas, isso é que não. É que tenho muito respeito por elas e pelas respectivas inteligências.

Vou jantar.