100nada

Às vezes apetece-me ser eu

mas, claro, não pode ser.

Só coisas de que eu sou (ou não sou) feita. Um gajo ter um blog completamente honesto é a perfeita estupidez. Nunca se é completamente honesto, por mais que se diga que sim. Mesmo que mais ninguém leia, a imagem que fica para quem lê (e pelo menos uma pessoa lê) é sempre a imagem que se quer deixar. Mesmo que seja (como é tantas vezes no meu caso) uma imagem má (e nessas alturas, dá-me um gozo doido, para ser…hum…honesta). A verdade (ou pelo menos esta que aqui deixo de mim) é que eu gosto, enfim gosto, que hei-de fazer? de ser má – e tenho pena que o blog e a (enfim, possível) honestidade que lhe imprimi, me tenha também dado alguma humanidade, alguma paciência para o ser humano desprezível (carradas deles) ou não se diga paciência, diga-se encolher de ombros, a verdade (a verdadeira mesmo) é que me estou nas tintas. Essa é que é essa. Não me estou nas tintas para o meu rico tasco, claro. Ora o meu bloguinho lindo, ai filha, o teu ego não se atura, agora vou ali falar com o espelho
– existe algum blog melhor que o meu?
Não. Acho que não.
E o resto, caríssimos, é tudo conversa.
(provavelmente é isso que me permite escrever, senão a verdade, pelo menos uma parte)


alfa beta gama delta

Desarrumadamente agora, alfabeticamente organizados, a confusão total: separam-se amigos e amantes, temas e sintonias, tudo ao molho e fé em Deus, os que leio sempre, os que leio menos regularmente. Um a um, à unha, a rir e a pensar, ai! estes vão dar-se tão mal, tão perto, espero que não comecem ao estalo; outros até se podem vir a entender, tanto que parecem ter em comum. Alguns novos e mantendo saudades dos descontinuados. O risco traçado na linha que separa mães e filhos, ficam juntos.
Leio outros, mas por agora fica assim.

E ficaria assim este post tão bonito e simpático, mas alguma honestidade também se impõe: há blogs que não leio de autores que lêem este blog (o oposto, claro, também se aplica). E, por vezes, muitas vezes, custa-me. São de pessoas amáveis, simpáticas, provavelmente excelentes pessoas, com imenso interesse. Mas a verdade é que não tenho interesse naquilo que escrevem. Ou tempo para ler tudo. Calha, acontece, lamento e desculpo-me publicamente, mas não vou ler o que escrevem só porque gostam do meu tasco: ficava bem, nem que fosse fazer de conta, mas eu não sou assim.


O msn do post abaixo

– Mas tu tens msn?
– Mas e alguém não tem msn?
– E qual é o contacto?
– Tá no blog.
(esta parte parece um diálogo de engate e atirem lá a primeira pedrinha, vá vá…)

– Ah é? Posso adicionar?
– Poder podes. Mas eu nunca o ligo…:p




Gastar o euromilhões (4)

Quando um gajo ganha um ou meia dúzia de milhões de euros no euromilhões (ou no totoloto, ou na lotaria ou seja o que fôr, caído do céu ou de um rolar de dados) tem direito a gastá-lo todo naquilo que entender, em carros e casas e viagens e putas.

Mas quando um gajo ganha cento e tal milhões de euros no euromilhões, podendo à mesma gastar a meia dúzia da forma acima indicada, o resto pode muito bem usá-lo para qualquer coisa mais:



Dois tempos

do amor. Duas autoras, duas mulheres (já devidamente abraçadas). Um fim doloroso e recente, uma promessa de princípio. Tudo é para sempre até ao dia em que acaba, todos sabemos. Mas o caminho tem de ser feito da busca da eternidade até chegar à (eventual) volatilidade: de outra forma nunca valeria a pena.


Diálogos interiores

Monólogo entre 100nada e 100nada:

– Já comprei uma briga…
– Pois foi filha, tinhas alguma necessidade disso?
– Não, realmente não.
– Então?
– Apeteceu-me, tinha ficado irritada…
– E isso é razão?
– É. Não. Talvez.
– E as pessoas não achas que ficam aborrecidas depois?
– É, se calhar ficam.
– E?
– E é a net.
– Mas são pessoas.
– Pois são, mas é net.
– Segunda feira, hein?
– Pozé.


O que é chato na blogsfera (post para o Jorge Morais do Afixe)

O que é chato na blogsfera (para os outros) é que alguém (neste caso o Jorge Morais) escreve um post sem comentários mas pode sempre haver outro alguém que escreve outro post sobre esse post, com comentários.

Não o teria feito senão tivesse acontecido uma pequena (que para mim foi grande) coisa antes. E estou-me nas tintas para o conteúdo do post, que entendo seja meio choradeira/meio ajuste de contas por qualquer coisa que se passou algures e que me passou (ou então não) ao lado.

E essa coisa foi o aviso prévio que o Jorge Morais colocou há uns dias sobre o post que ia aparecer hoje. Estes pedidos de desculpa/ajustes de contas/justificações/esclarecimentos/choradeiras-eu-cá-não-tive-culpa (seja o que for) funcionam se uma pessoa os sentir sentidos, genuínos. Agora, avisar que se vai colocar uma coisa assim e colocá-la na hora de maior movimento em vez de a escrever e siga, não sei, cheira a coisa fabricada.

Lamento, não gostei. E se lá estivessem os comentários, teria escrito este post lá e era menos público; paciência.