100nada

Às vezes apetece-me ser eu

mas, claro, não pode ser.

Só coisas de que eu sou (ou não sou) feita. Um gajo ter um blog completamente honesto é a perfeita estupidez. Nunca se é completamente honesto, por mais que se diga que sim. Mesmo que mais ninguém leia, a imagem que fica para quem lê (e pelo menos uma pessoa lê) é sempre a imagem que se quer deixar. Mesmo que seja (como é tantas vezes no meu caso) uma imagem má (e nessas alturas, dá-me um gozo doido, para ser…hum…honesta). A verdade (ou pelo menos esta que aqui deixo de mim) é que eu gosto, enfim gosto, que hei-de fazer? de ser má – e tenho pena que o blog e a (enfim, possível) honestidade que lhe imprimi, me tenha também dado alguma humanidade, alguma paciência para o ser humano desprezível (carradas deles) ou não se diga paciência, diga-se encolher de ombros, a verdade (a verdadeira mesmo) é que me estou nas tintas. Essa é que é essa. Não me estou nas tintas para o meu rico tasco, claro. Ora o meu bloguinho lindo, ai filha, o teu ego não se atura, agora vou ali falar com o espelho
– existe algum blog melhor que o meu?
Não. Acho que não.
E o resto, caríssimos, é tudo conversa.
(provavelmente é isso que me permite escrever, senão a verdade, pelo menos uma parte)

0 thoughts on “Às vezes apetece-me ser eu

  1. Vitor (Pre para @s amig@s)

    Quando eu escrever a minha versão da Branca de Neve já sei onde vou buscar a bruxa. Ai ai ai, mulher mais má ainda não encontrei por aqui. Além disso ela até já tem um espelho. Pouparei nos adereços.

  2. Isabela

    O que é melhor para nós e para os outros: ser honesto ou desonesto? Dizer a verdade ou mentir? Não faço a menor ideia, mas sei que às vezes é melhor mentir, às vezes não se pode ser honesto… Eu vou sendo conforme os dias e, dentro dos dias, conforme as horas. Mas somos todos assim!
    (Claro que o teu blog é o melhor!!!)

  3. catarina

    Claro, Robina, assim é que tem de ser. :)

    Vitor, mil vezes a bruxa, que as princesas são sempre umas enjoadas.

    Isabela, eu acho que se pode sempre ser honesto: há é um preço a pagar por isso e pode ser alto demais. Quanto ao meu blog, claro que é o melhor, mas (para ti) o teu é que é o melhor, ou deveria ser. :)

  4. vague

    Eu às vezes apetece-me ser como sou.

    A honestidade é relativa até ao ponto de se atingir um determinado patamar de envolvimento com o outro(s), pelo teor do q se escreve.

    Mesmo q inconscientemente, acredito q tentamos projectar a melhor imagem de nós próprios e, claro, não sabemos q imagem o receptor vai receber (a escrita é sempre um meio indefinido; entre o ‘eu’ e o ‘tu’ intermedeia-se a escrita sem voz e sem olhar. ‘Olhos nos olhos’ faz toda a diferença. Ou não faz nenhuma.

    Entre anjos e demónios cá nos entendemos com o nosso ego e, como o provérbio diz, ‘de sábio e de louco todos temos um pouco’

    :)

  5. catarina

    Vague, eu muitas vezes tento é projectar a pior imagem de mim mesma, que me dá um gozo dos diabos. :))))

  6. catarina

    Vague, eu muitas vezes tento é projectar a pior imagem de mim mesma, que me dá um gozo dos diabos. :))))

  7. vague

    Acredito q sim, às vezes apetece mesmo. Mae West dizia uma frase q nunca esqueci
    ‘quando sou boa sou muito boa, quando sou má sou melhor ainda’
    e eu sou como sou, e é neste equilíbrio q giros os meus desequilíbrios :)
    ..q de ‘boazinha’ tenho pouco.

    até mais ver e eu já devia era estar a correr
    :)
    tb sou uma grandecíssima poeta, q pensas tu? :))

    beijo