100nada

Cera acrílica

É com o que me estou a entreter, neste sábado de almoços em espaços verdes com árvores, sol e sombras, vento lento e sons de quase verão. Entram pela janela, por isso sei, enquanto puxo o lustro aos móveis e removo pó milenar de todos os sítios que a Etelvina, talvez por lapso, nunca alcançou. Não digo saudosa, porque realmente nada como a falta para ver que afinal não fazia muita.

Num intervalo para um cigarro ou dois e endireitar as costas, numa voltinha por blogs e outros sites, dou com esta imagem:

top25.JPG

e como sou humana, fico toda satisfeita.

Mas com o que fico mesmo contente é por ter conseguido meter a imagem aqui. É o primeiro print screen da minha vida, mais tratamento com cera acrílica: word, paint e photo editor. Nada de photoshops nem ceras verdadeiras, daquelas que depois se tem de passar a enceradeira por cima. Não. Um pano húmido, o líquido pelo chão (este blog em quinto lugar, vá-se lá saber porque carga de água – e por água, ainda me falta lavar o chão da cozinha). Um intervalo para (agora três ou quatro) cigarros e de regresso à esfregona.

(ficava aqui bem um ganda foda-se, mas prefiro guardar a energia para quando chegar ao cimo dos armários)


"Mais uma corrente chata"

(título roubado da Duende, que se vingou a enviar-me isto: na realidade eu pelo-me por estas coisas, mas não lhe digam nada para ela continuar a pensar que me fez uma grande maldade…)

1. Qual o último filme que viste no cinema?

Os Incríveis. Foi…incrível. Expliquei para o lado que não era para dormir na parte chata nem para andar aos pulos na cadeira quando o Zézé vira um monstro, nem berrar EU SOU O ZÉZÉ, ÓIA O MONSTO, TAMBÉM QUÉIO SÊI UM MONSTO!

E comi eu as pipocas.

2. Qual a tua sessão preferida?

A minha sessão preferida seria ir ao cinema a horas de filmes mais para adultos.
Em tempos (há vinte anos ou assim) gostava das sessões do Quarteto aos dias de semana. Via o filme das nove e tal, bebia um café, via o filme da meia noite e depois ia para o Trump’s. (Há vinte anos o Trump’s era bestial: tinha os homens mais bonitos e a música mais fantástica de Lisboa, mas isto é mais filmes, portanto, adiante…)

3. Qual o primeiro filme que te fascinou?

Faço lá ideia.
(esta foi assim ao despacha, mas se me lembrar entretanto, volto aqui)

4. Para que filme gostarias de te ver transportado(a)?

Blade Runner. Quero ser a boneca bailarina. Posso?
(olha! Faz lembrar o Zézé lá de cima!)

5. E já agora, qual a personagem de filme que gostarias de conhecer um dia?

hum…

6. E que actor(actriz)/realizador(a)/argumentista/produtor(a) gostarias de convidar para jantar?

Já morreu.

7. A quem vou passar isto?

eu já penso no caso, agora vou ver como ficou o post, mas antes de mais, prometi em tempos nunca mais deixar de passar estas tretas ao Jorge Paulinos.

Adenda: siga para
João Pedro da Costa, que suspeito que vá ao cinema de meia em meia hora;
Gotinha, que gosta de testes e questionários;
Oldman, porque gosto sempre de ler as coisas que ele escreve para mandar estes testezinhos à fava.


Uma pessoa tem de tentar ser isenta

(digo eu) e é isso que eu tento sempre. Não é coisa que a maior parte das pessoas me agradeça. A maior parte das pessoas gosta de ter o apoio incondicional dos mais chegados – é normal, eu também sou assim, somos todos. Mas não é correcto. Ou pelo menos eu não acho correcto. Penso que se deve tentar ser isento, olhar para as coisas independentemente das pessoas, do quanto gostamos ou desgostamos delas. Tenho tentado toda a vida e creio que, ao fim de uns tempos (largos), começa a ser mais fácil, embora custe sempre defender alguma coisa contra as pessoas que gostamos.

Já o contrário é bem mais simples (para mim). Se alguém me chateia, não o considero uma criatura horrenda, não considero que tudo o que faça seja péssimo, não misturo a pessoa com algumas coisas que faz. Não actos, mas processos criativos.

Serve a presente (muito gosto eu destas expressões bacocas) de prólogo para o seguinte: há por aí um blog que começou por me atazanar o juízo de várias formas. Grande parte dos textos tinham (também) o intuito de me picar. Não me tirou o sono, mas também não posso dizer que fico indiferente a alguém que não faço a mais pequena ideia quem seja, que escreva para me aborrecer.

No entanto, apesar de ter um autor que é uma melga, o blog é BOM. Os textos são excelentes, muito bem escritos. Alguns são lindíssimos. É um prazer ler aquilo. Reconheço sem qualquer problema: é um dos melhores blogs que andam por aí. E tal é a qualidade que já nem me irrita nada que me ande a melgar de vez em quando.

Ide ler que vale mesmo a pena: Conta-me tudo.

Nota: a quem pensou que aquilo era meu, digo: tomara eu escrever assim. :)



(nome de novela)

Gosto de morangos. Gosto mesmo de morangos. São bonitos, cor de (morango), têm um feitio simpático.

Mas para os comer, dou primeiro cabo deles. Corto-os aos bocados muito pequenos, encho-os de açucar e depois espero meia hora.

Quando estiverem mergulhados em molho, são a melhor coisa do mundo.


Isto assim não vai lá

e eu não consigo escrever há uns dias com esta carrada de espinhas atravessadas na garganta. Bolas. Ando eu com paninhos quentes para não magoar pessoas de quem gosto, ora que coisa, vai mas é tudo em frente e sairem-me dela (da frente) que não estou para continuar aqui engasgada com estas merdas todas que me chateiam e incomodam e me impedem de andar aqui olaré laré hi-hu com as tranças a voar, enquanto desço os montes aos pulinhos atrás das cabras.

Esta porra toda pode olhar-se de duas maneiras (acrescidas de mais umas duzentas mil nuances):

– ou um gajo acha que andamos todos a descer montes atrás das cabras nos olarés e depois as letrinhas apagam-se com um desligar do botão e cada um vai à sua vida e já nem se lembra do que escreveu ou do que leu e é perfeitamente indiferente de qualquer forma porque nem é para levar muito a sério nem é para ligar muito nem sequer é assim muito sério, é um hobizeco e é giro ter um blog e é tudo virtual sem qualquer sentimento;

– ou um gajo acha que andamos todos a descer montes atrás das cabras nos olarés e depois as letrinhas apagam-se com um desligar do botão e cada um vai à sua vida e depois, a descascar as batatas para o jantar ou a fazer um zapping ou a ver umas montras, enquanto vai pensando vagamente que tem de comprar mais arroz ou que este canal Sic Comédia é genial ou que aquelas tarocas ficavam a matar se não fosssem daquela cor, salta-lhe um coelho da cartola dos neurónios (secção das coisas-chatas-que-um-gajo-nem-quer-saber) e diz o dito coelho: Não sei se reparaste mas aquilo não era para rir. Ou era, mas não era para te rires. Era para toda a gente se rir menos tu. É que é para rir mas é para rir de ti. Qual aquilo, pensa um gajo, ainda a pensar em cogumelos salteados com as batatas, mas o coelho já está a morder outra vez, estás a fazer um figurinha mesmo bacoca, não sei se reparaste. É que é bem provável que se estejam a rir de ti. E um gajo a cortar-se na lata dos cogumelos, irrita-se e diz, epá, coelho, não me maces, não vês que estou aqui com coisas entre mãos, entre as quais agora sangue meu e por tua culpa que me distraíste, deixa-me em paz ou vais fazer companhia às batatas que agora os cogumelos estão em cabidela, não vês que é tudo letrinhas e eu tenho mais que fazer?

E o coelho, muita chato, é letrinhas, ó cretino, mas alguém as escreve. Já pensaste nisso?

É esta porra toda. Mais as duzentas mil nuances e reacções: pequenos crimes entre amigos. Montes de letrinhas que se transformam em coelhos que chateiam. Claro que um gajo tem sempre a opção de escolher cogumelos frescos em vez de enlatados. E tem sempre a opção de pensar que são só cogumelos (algumas vezes, um bocado alucinogéneos) e não é para dar muita importância. São opções.

O engraçado é que, à medida que vou escrevendo mais tudo se transforma em letrinhas. Há uma justa medida que não sei qual é porque varia. Umas vezes é indignação total. Outras, como tenho em mim um pedaço de sacana-filho-da-mãe-tamanho-XXL, estou-me bem nas tintas. No fundo, um gajo quer ser decente. Mas aqui na blogsfera é muito fácil largar o sacana-filho-da-mãe que há em nós e ir morder uma perna, um braço, a cabeça de alguém. O mordido só tem de ter as vacinas em dia e nunca descurar a da raiva. E toda a gente sabe que as vacinas são as doenças lá para dentro, em estado mais suave, para que seja possível criar anti-corpos.
Dessa maneira, quando for mordido, não apanha a doença.

Mas enfim, eu gostaria mais que se mordessem apenas os bichos do nosso tamanho. É uma questão de equilíbrio. Não me parece que tenha piada morder criaturas inofensivas. Quando se morde uma criatura inofensiva, dá um certo ar de não se ser capaz de morder um bicho mais duro de roer.

Mas cada um sabe o que morde. (Ou morde o que sabe.)
E eu também. Sei muito bem.



Coisas que me chateiam

Uma data delas.
O em vários lados discutido “anonimato”, os insultos que são ou não são insultos, a desonestidade intelectual, algumas desilusões. Já há muito tempo defendo que discussões dessas por escrito demoram tempo demais e nunca se chega a grande lado. Não me apetece muito perder o meu (pouco) tempo disponível dessa forma. Mas a verdade é que, como tenho essas coisas atravessadas, também não me apetece escrever sobre outras.
Segue assim a banda: sem escrever grande coisa.


Teimosia

Não desliguei o modem.
Hoje de manhã tinha o ip desbloqueado. Não sei se foi a netcabo que acabou por fazer alguma coisa, se o email que enviei ao SpamCop. Seja como for, está tudo resolvido e não foi preciso ser à martelada.


Só à chapada!

O raio que parta a netcabo mais o SpamCop. Agora não posso enviar emails. (solidária com o PQ)

Inacreditável. Estes trastes dizem-me que a responsabilidade é MINHA e que não têm nada a ver com isso. Eu que desligue o modem durante uma hora para mudar de ip. Berrei com um desgraçado durante vinte minutos e expliquei-lhe que o endereço é deles (netcabo), o ip é deles (netcabo) e a responsabilidade é deles (netcabo) e têm mais é que prestar assistência ao cliente (eu) que pago pelos serviços deles e lhes alugo o endereço, o espaço e o ip. E que eu desligar o modem para mudar de ip é a coisa mais estúpida deste mundo: depois fica outro cliente com esse ip bloqueado, a telefonar-lhes…
Aposto que não vão fazer nada.

Vou ver como é que se preenche aquela coisa toda no SpamCop.