Me, myself e a chaga da alterega
– olha lá!
– diz.
– se eu fosse leitor do teu blog, sabes o que é que eu dizia?
– sim?
– que já não se aguenta com a puta da escrita hermética!
– mas nem é. Eu até sou muito transparente e
– cala-te. A sério. Cala-te. Não há paciência!
– mas eu
– diz lá a verdade: quando depois relês, sabes sobre o que é que estavas a escrever?
– às vezes, sim, quer dizer, tenho uma ideia…
– e depois vens com a conversa dos pedaços confusos do mapa!
– não era isso!
– pá. Vai por mim. Escreve um post sobre sapatos. Unhas. Qualquer merda.
– não me apetece.
– isso! Agora amua!
– eu nunca amuo! não me apetece!
– então faz o que quiseres, mas depois não te ponhas ah e o código e o caralho
– …
– sabes o que te digo? se não tivesses uma alterega a puxar-te as orelhas de vez em quando, a esta hora o teu blog era tudo em hieróglifos…
- O meu QR code
- No semáforo quero lá saber de que cor é!