A ser verdade
aquilo que acabo de ler na Sábado (eu leio tudo atrasado), que o filho do casal Carrilho vai passar a ter boneco no Contra-Informação, há qualquer coisa que me dá uma volta ao estômago. Não é que não seja possível arranjar milhares de situações cómicas com bebés, mas a ideia da imagem de uma criança específica ser usada para fazer rir adultos num programa com aquelas características não gosto mesmo nada.
(já agora, no mesmo artigo, somos informados que o pai babado ‘apenas pediu à produtora que o boneco fosse tão bonito como o filho’ – eu nem digo nada sobre pais-bananas, que este realmente excede tudo!)
uma pequena dúvida: mas será que serei eu anormal em pensar assim? que, por muito que os pais mereçam ter o filho ridicularizado, a criança não tem culpa nenhuma e não deveria ser usada desta forma?
- Chegando de fininho
- Post politicamente incorrecto sobre o Ballet Gulbenkian
Pais-Banana. Exacto. Imagem exactissima. Na mouche!
A crinacinha, educada(?) que vai ser por aqueles pais, vai achar graça.
Vai uma aposta?
SCita: eu a escrever o post e na parte (que não escrevi) do ‘e depois quando for mais crescido, irá gostar de se ver retratado como o filho dos palermas?’ e depois pensei: vai. E apaguei essa parte do post.
Pois vai achar vai. Não tenho qualquer dúvida e sinto-me perfeitamente desfazada com este mundo.
Concordo contigo. E até me enoja vindo de quem vem pois eram tão preocupados com a preservação da imagem do filho e afinal…..
Uma vez alguém escreveu nos meus comentários que há pessoas que não deviam ter filhos…Num contexto completamente diferente: miudos desmazelados e que passam fome. No entanto, quando chegarem a adultos, devem ter o mesmo “amor” pelos pais que assim os expôem (à fome ou à fama). É por isso que quando ouço falar em velhinhos abandonados, penso sempre “o que terão eles feito para o merecerem?”. No caso do bebé Carrilho, a ser verdade, é para lá de lamentável e quando o puto for adulto fazia bem em largar os pais debaixo duma ponte…
Eu até revirei aquela página da Sábado toda, não fosse ser um daqueles bocados com notícias a gozar, tipo Inimigo Público, mas não me pareceu que fosse.
Não há limites, aparentemente…
eu até pensava que ele era já um boneco…
Uma pessoa pensa que sim, mas há sempre alguma coisa que nos consegue espantar, M. .
Mana, pelos vistos não passa disso.
Eu pensava que as crianças tinham certos direitos… Santa Engrácia, essa não lembra ao demo.
Tens toda a razão Catarina. Toda!
Não és nada anormal, Cat, arre, que tanta parvoeira é demais! Mas afinal quem usa o filho em filmes de propaganda eleitoral bem pode babar-se com o filho feito boneco no Contra-Informação, não é?
Acho que isto diz tudo sobre quem são os seus papás. E sobre o mundo dos pseudo-famosos, que até filhos e pais vendem para serem falados.
Acho inqualificável. É juntar à palermice paterna (de envolver um pequenote ainda sem poder de decisão numa campanha de rua da qual devia estar protegido), uma utilização idiota da imagem de uma criança quie não teve hipótese de escolher não ter uma vida pública, nem tão pouco de se defender da mesma.
-Manecas, a menina foi às comprinhas!
-Sim, Bá. E o que comprou a menina.
-Olha. Este álbum. Tãããão giro! E este arquivador de cassetes video. Não é tão quido?
-E são para?
-Olha, p’a pôr as recordações do Dinis. As suas fotografias, os seus momento do Contra Informação, as suas aparições na campanha. O que acha o Manecas?
-Óptimo. Fantástico! A minha Bá tem sempreee boas ideias!
(correm a cortina. ou talvez não!)
Que M***a de ideia a deles, F***-**!
COM CRIANÇAS, MAS ISSO É POSSÍVEL?
Bebé, o que será que lhe vão colocar na boca para ela dizer? Que mau gosto! Já nem as crianças são respeitadas neste país. É o vale-tudo!
Mana: «eu até pensava que ele era já um boneco…» – LOLOLOLOLOLOLOLOLOL