Cada vez tenho menos. Tempo sem nada. Não é que não tenha tempos mortos, inactivos, tenho. Às vezes prolongam-se tanto que conto minutos, passou um, passou outro, só passaram cinco? Esses são longos, cansam-me. Não é tempo sem nada, esse é tempo cheio de vazio, cheio de alternativas melhores que…
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Em 1999 o mundo ia acabar. Estava a chegar o ano 2000 e o vírus y2k, um bug que ia explodir em todos os sistemas porque lhes faltava um contador a virar um número e voltaria ao zero. Ou coisa parecida. A histeria foi geral, íamos todos regredir à idade…
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É mesmo verdade que, como se nota nas fotos, eu guardei o Expresso. Há 9 anos, apareci na capa do Expresso. Um quadradinho a remeter para o artigo da revista, uma amabilidade do Henrique Monteiro com quem eu ia conversando no Twitter e que me autorizou a usar a foto…
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Há merdas que me deixam doente. É isto. Merdas que me tiram do sério. Eu respiro, eu digo ahommms interiores, eu cravo as unhas nas mãos, eu desvalorizo, eu penso a minha vida não é isto, eu conto até sete mil quatrocentos e noventa e seis, eu peso se é…
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A qualidade de um verniz das unhas mede-se pela quantidade que fica nos dedos quando se tem as mãos a tremer enquanto as pintamos. Não é nenhuma metáfora, estou incapaz disso, cansaço extremo. É um facto, pintei as unhas ontem e temi (e tremi) o pior o tempo inteiro, mas…
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Um dia, a organizar uma caça ao tesouro (organizava todos os anos) e a esconder envelopes, decidi enfiá-los todos numa parede de rede, completamente à vista. É giro, há fotografias das pessoas à procura por todo o lado e os envelopes ali, vêem-se perfeitamente. Só resulta uma vez, mas calhou…
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Vivo em fios, pendurada, às vezes pelos cabelos, na corda bamba, no fio de uma lâmina, às vezes tão enrolada, quase sufocada. Vivo em fios e alguns só me ligam e outros amarro-os eu, aos pés, com uma pedra grande na ponta que depois arrasto atrás. Vivo em fios e…
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