No semáforo vermelho – verde – amarelo – vermelho – verde …
Estão uns palhaços, com coletes fluorescentes e umas letras atrás que eu nem vejo de fúria e outros tantos fardados, tudo ali pelo meio do cruzamento que não é pequeno. À hora de ponta, a pintar quadrados amarelos no chão, ao som das buzinas. Mais de meia hora uma avenida que se faz em dois minutos. Esta cidade é uma anedota. Andamos pelas redes sociais a apelar a votos para a melhor cidade do planeta, o melhor país da galáxia, vinde turistas, isto é tudo bestial, tão bonito, o rio e a luz e o caneco, os restaurantes, o vinho, as pessoas tão simpáticas para quem vem de fora, andamos a exportar o país e o seu maravilhoso sol e pintam riscos amarelos no chão dos cruzamentos à hora de quem tem que ali passar para ir trabalhar.
É, isto é mesmo fixe para quem vem de férias e anda fora das horas onde andam as pessoas que cá vivem. E andam uns atrasados mentais a planear estas merdas, pintar riscos a horas mal escolhidas, organizar novas formas para o trânsito que até andava bem passar a ser um caos, enfim, as famosas ideias para o país. Só faltam mesmo mais rotundas.
- No semáforo vermelho
- Objectos ou outras grandezas incorpóreas