Timelines paralelas
O facto de me parecer que só uma realidade é pouco, não faz de mim doida varrida, só um bocado estranha, já que quase toda a gente sabe que só há uma realidade e planos superiores de alma, com santinhos a entoar hinos e o caneco. Adiante, sobre isso estamos conversados, é como os dragões que não existem e os anjos que só são invisíveis, cada um com as suas convicções e as minhas metem outros planetas habitados, universos paralelos, realidades sobrepostas, elefantes voadores deixados para trás em ilhas perdidas, ratos oportunistas em eternas jangadas e anões que vivem dentro dos cabos eléctricos. (Sim, a invasão intergalactica também, a ver se nos lembramos do nosso pequeno planeta nos últimos microsegundos do ano do universo.)
Há umas realidades paralelas (estas minhas agora, podem ser outras noutro post, o bom desta religião é que não há regras senão as de alguma coerência dentro da teoria) que são faixas de auto-estrada a diversas velocidades temporais. Nesta faixa onde estou a escrever é assim, noutra faixa não é assim, nada de novo aqui, nem no resto, aliás. Eu (para efeitos descritivos, não é eu-eu, é qualquer eu, o gajo que lê, o que já clicou no X, não interessa) eu estou nesta realidade temporal a esta velocidade, mas não estou. Noutra-eu não estou a esta velocidade. É isso que interessa. Não exactamente relevante para este eu, mas conta para o todo que eu não vejo. (Na medida do grão de areia no deserto, mas conta.)
E como é que conta se não vejo? Muito simples: não estou à mesma velocidade em cada faixa temporal, mas a paisagem é a mesma.
- 50 anos
- Esteganografia (olha, googlai…)