Não é um post de carnaval
Por um dia, mascarávamo-nos de desconhecidos. Nunca nos tínhamos visto e colocávamos máscaras de outras pessoas quaisquer, daquelas que vemos na rua, já de costas e nunca sabemos quem são. Éramos essas pessoas e ninguém daria por nós. E íamos também por essas ruas onde nunca nos cruzamos com outras pessoas invisíveis, cada um por seu lado, transparentes, mascarados dessa outra gente. Era provável, mais do que provável que, quando nos cruzássemos nunca nos víssemos, mas vamos imaginar que, por qualquer alteração momentânea da luz ou das sombras, de repente, estava ali aquele desconhecido à frente. Um que conseguíamos ver realmente. Seria um facto tão absolutamente inaudito, conseguir vermo-nos um ao outro na rua, que nos passaria pela cabeça, aos dois, já que éramos completamente desconhecidos e até estávamos mascarados, que tudo era permitido. Era possível não existirem impossíveis ou limites ou barreiras ou, muito simplesmente, era possível acontecer tudo aquilo que secretamente desejaríamos. Porque éramos totalmente desconhecidos a cruzarem-se numa improbabilidade estatística.
O problema é a conjugação num futuro condicional. Porque a condição era sermos desconhecidos e a realidade é que não nos conhecemos.
- No semáforo vermelho
- um entretanto post
Como isto era um post de carnaval eu não li isto até ao fim, mas depois apareceu: “coisas de gaja” e pensei bolas devia ter lido
Mas *não* é um post de carnaval
(devias ter lido :D)
bem que tentas disfarçar com o parágrafo final (aposto que não foi escrito no mesmo ímpeto, que foi adicionado ), mas a verdade é que esta posta é de uma absoluta carga erótica pá
o parágrafo final é um recado. queres saber mais alguma coisa, Zé? 😀
E obrigada pá.