100nada

A corrente do "eu já"

Anda por aí uma corrente do eu já fiz isto e aquilo e até já vi posts em blogs que leio e pior! em bloggers que me visitam, mas a ver se me convidam, népias, tristeza, ninguém se lembra aqui da surda provisória (agora em estado febril, deve ser efeito do antibiótico, estava-se mesmo a ver que ia dar merda).

Mas não quero cá saber e portanto aqui vão alguns dos meus eu-também-fiz-coisas, que não sou uma apardalada a ver a passarada.

eu já fui a correr (e berrar palavrões) atrás dos ladrões que me roubaram a mochila na praia de Ipanema (e eles devolveram-ma sem facadas e ainda pediram desculpa)

eu já chamei a protecção civil, os bombeiros e a PSP para me tirarem um bicho de dentro de casa e a PSP veio mesmo.

– eu já fui blogger anónima em troll cor de rosa, em troll ordinário, em troll gaja boa, em troll trolha-de-leste e agora não me estou a lembrar de mais nada, assim de repente, mas acho que foram mais.

– eu já fui e continuo a ser uma criatura com um ego do tamanho do mundo, que acha que as três coisas acima arrumam com todas as outras que toda a gente já foi e já fez e isso de já ter sido, de qualquer forma, não interessa porra nenhuma, que o que conta é o que se vai ser depois. E o que eu vou ser agora é uma antipática que também não passa esta corrente a ninguém, ide buscá-la como eu fiz!

0 thoughts on “A corrente do "eu já"

  1. Clara

    Ui…

    Era uma corrente espontânea, daquelas que ninguém passa a ninguém (inventada por um amigo nosso – raparigas podres de boas – eu não escrevo “gajas” acho quase tão ordinário como “queca” e muitíssimo mais do que “cona”).

  2. Karla

    Catarina, eu não sei se já te disse isto, mas a tua história do bicho leva-me às lágrimas de cada vez que a leio. Aliás, da primeira vez que a li até a imprimi, não fosse o diabo tecê-las e eu nunca mais a encontrar. É do melhor, palavra de honra!!!!

  3. gaija

    Eia, eu ainda não tinha lido essas histórias, ainda bem que aderiste à corrente do “eu já” (eu pensava que era só para o pessoal do blogue das cabras…), são geniais, já me ri aqui que nem uma doida.

  4. Summer Wardhani

    Mmm… eu não gosto de correntes (de espécie alguma, lol). Mas eu já tive boleia da PJ entre a avenida da liberdade e a praia da costa – só porque foram uns queridos e távam a acabar o turno, hehehe – e depois para lhes agradecer convenientemente, vomitei-lhes o carro todo. Será que conta?

  5. catarina

    Essas portas velhas já não vão lá com nada, é o síndrome da pantufa, Burning Man (não se sente um tudo nada ridículo a assinar assim?!).

    Clara, nem sabia, vê lá! Gajas podres de boas? (tirando a “queca” que acho parolinho, mais do que ordinário, eu ordinário acho é os contextos e não as palavras em si) Ó diabo, então falhei redondamente a coisa, que nada daquilo é de gaja podre de boa. Caneco. 😀

    Karla, obrigada lol. Eu acho que é o melhor post do blog, sinceramente e eu mesma ainda me rio a pensar como chegámos àquele patamar de pânico. :DDD

    gaija, obrigada. :)

    Summer, isso é que foi um agradecimento ahahahahah. Aposto que nunca mais deram boleia a ninguém. 😀

    Mamie2, obrigada, já lá fui e fiquei a conhecer o blog, muito giro! :)

  6. Clara

    E os meus? São de podre-de-boa? Coitadinha…Alguns da(s) Fox ou da Arlinda, talvez.

    Eu gosto da palavra “queca”. Acho bem menos ordinário do que “cona”, por exemplo e até do que “gaja” (mas sim, a ordinarice está é na nossa cabeça, tens razão).

  7. Catarina C.

    Tu és podre-de-boa sempre, filha, não tens hipótese, mesmo quando te armas em magriça mal humorada da silva. 😀

    Isso das palavras e mais com essas três, dava post, estou aqui a pensar. Mas é mesmo na cabeça e consoante a situação. Por exemplo, eu uso “gaja” aqui, sob a forma escrita, para me dirigir a mim e outras amigas de barba rija e tomates no sítio, mas quando falo talvez use mais no sentido da gajareca-tipa-ranhosa. E “cona” só se usa em certas situações, não vou ao ginecologista dizer-lhe “vim aqui pra me ver se a cona tá nos conformes”.

    O que me tira do sério são as variantes ranhosas, as ratas e pirilaus, as piças e as cricas, como diria ali o nosso amigo Cavaleiro Ardente.

  8. Leilah Nishi

    Eu já ouvi na rua uma mulher a dizer «Ai agora não se pode foder que o grelo est a 75 cêntimos.» Palavra, foi agorinha mesmo à porta do supermercado, com todo o esplendor do vernáculo luso. Até se me iam caindo as cebolas do saco…

  9. Crezia

    Clap clap clap!
    Não sei se é à pro-actividade, se ao arrojo dos teus jás.
    Fico in aw, é isso.
    Standing ovation para a Catarina, por favor.
    Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!Clap clap clap!

  10. Burning man

    E já não o estás, Cat, surda que nem uma porta? Oxalá que não.

    Quanto à pinderiquice do meu “alias”, concordo. Que tal pedir a alguma alma caridosa aqui da blogosfera que me crie uma corrente, ou selo de blogue, ou uma merda parecida capaz de organizar um concurso de ideias para encontrar um pseudónimo mais gongórico e condigno? :)

  11. catarina

    Leilah, por esse preço, realmente, não dá :DDDDDDDDDD Lindo! :DDDD

    Pré, obrigada. :)

    Sem-se-ver, é só seguir o link do “eu já chamei a bófia pra me tirar um bicho da sala”. 😀

    Crezia, deve ser de estar prolixa, lol, obrigada querida.

    Burning (até me dá comichão dirigir-me a alguém assim, parece que estou a falar com alguém que quita o carro com neons e faz corridas na Ponte Vasco da Gama – e usa boné com a pála virada para trás): continuo surda, mas pelo menos o antibiótico ainda não embirrou com a ausência da vesicula (ah poizé, eu falo com conhecimento de causa) e nem tou de pantufas hoje, nem assim…

    Pois, é como disse antes, realmente poderia ser melhor. Burned Man para já parece-me mais concomitante (acho que nunca tinha escrito esta palavra no blog, mas fica vai bem com gongórico, acho) com o estado de guerreiro reformado.

    Eu já arranjei um mas é mais BD, de Chevalier Ardent. Esse também se fartou de correr mundo à espadeirada e a loira sempre no castelo à espera. Agora a parte da corrente, vão ter que ser as assanhadas (esteve aqui uma, bem simpática, já a catrapisquei aqui para a clientela do tasco) a organizar, que a mim ninguém me liga nenhuma.

  12. Burning man

    è muito verdade, cat, ouvi até dizer, não sei a quem, que nem sequer já te convidavam para as nóveis correntes que por aí andam, encadeadas – bem que dizia a outra, à velhice na blogosfera, já ninguém a respeita.

    “burned man”, parece-me bem – essa, do cavaleiro ardente é um pouco a armar ao velho gaiteiro (e a fazer recordar outro termo perfeitamente abominável: esquentamento)

  13. catarina

    Nada, aqui a antiguidade não é um post, é uma injustiça, é sim senhor.

    Ah, esquentamentos, esse tema tão ignorado pelos bloggers: ainda existem?

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