E, no entanto
(não que fosse necessário escrevê-lo)
Há algumas coisas que não estão destinadas a acontecer. Oh, tantas, na vida! quem não passou, passa, irá passar, por elas? Lembra-me aquela primeira tira (num balão? não; num quadrado) daquela personagem de BD, piloto, esqueço-me do nome, já aparece, numa das histórias, a da rapariga que era preciso salvar, afinal um fantasma, os encontros que não são para acontecer (e, no entanto, acontecem, nem que seja assim, o piloto e a rapariga morta, porque estão – estariam – destinados, fosse a história outra). E eu, miúda, no tempo em que se escreviam diários, começo os meus livrinhos sempre com aquela frase, podia ser Proust, não era? Mas era Christian Godard (Martin Milan, cá está o nome do piloto, apareceu agora) e o album Une ombre est passée
cá está
“C’est drôle la vie! Combien de harzards faut-it pour que des destins que tout separe finissent quand même par se rejoindre?…C’est drôle…car dans cet etrange ballet hazardeux, il suffit d’un grain de sable, un seule, pour que deux destins fait pour se confondre se croisent sans le savoir. Et pour que jamais, jamais, la rencontre ne se produse. C’est drôle la vie…”
(aposto que o texto tá cheio de erros que eu tou cheia de sono…)
era miúda, mas estava careca de saber. É o que dá ter como complemento educativo literário a revista Tintin.
- Não costumo escrever coisas sobre a família
- Folga
Engraçado não é, acho até triste
strangers in the night la..lalala..lala..
Melancolia no café da manhã (no meu caso, que só agora te li).
Sabes bem que este é um pensamento recorrente em mim: o das coisas estarem ou não destinadas a… A frase é muito bonita. Lembra-me de como os momentos mais breves podem condensar em si o propósito de toda uma vida. Não são sentimentalismos, é assim mesmo: as pessoas (almas gémeas ou lá o que for) cruzam-se, a vida não deixa, a vida rola, e e nesse cruzamento vive-se em segundos, minutos, horas, a vida que não se viveu, que fica para a próxima. Mesmo assim, fica para sempre o sentimento de que se é do outro, um facto incontornável que encaixamos no presente o melhor que podemos.
Beijos, querida.
ai, rapariga, e conseguires escrever uma frase tão grande assim de cor em francês é que me deixa zonza… e já estou acordada há bastante tempo…
essa pequena história do Martin Milan é das melhores pranchas de BD que conheço, ou melhor, de que nunca me esqueci
Jo Ann, é melancólico, como diz a Sofia. Triste? Triste seria se não nos (des)encontrássemos como ninguém.
Cool, isso.
Sofia, é assim ou por vezes, nem fica nada porque foi uma tangente apenas. Beijos
pal eu não sei a frase de cor, está no link! 😀 Conheço muito bem o conteúdo, mas tive que a reescrever. 😉
Zé, pois é mesmo.