100nada

Uma questão de ética bloguística

Estou aqui com uma dúvida. Ou melhor, eu sei como é que sinto isto, é evidente que cada um pensará o que achar e o que eu penso não será, provavelmente, politicamente correcto em termos de blogs mas…mas.

Imagine-se que um autor escreve uma data de posts e as pessoas gostam, fazem referência, com link, que é não só de boa educação, mas ainda responde à licença Creative Commons, direitos de autor, etc etc. Referem, a rapaziada vai lá ler, é tudo simpático, o esforço do autor, o ou esmero, ou a capacidade de escrever, seja lá o que for, vê-se assim recompensado, o autor fica todo contente e tem mais visitas e sobe no page rank e nada disto é vergonha nenhuma: por mim, quanto mais visitas que gostem do que eu leio, melhor, ainda bem, ficamos todos felizes.

Agora imagine-se que, em vez de o leitor que gostou dos posts fazer o link e a referência no seu blog, faz isso, tudo bem, refere e diz que gosta e linka e tudo o mais e depois copia os posts todos integralmente, seguidos, inteirinhos, etc. Aí aqueles leitores que lá vão ler, já não precisam de vir ao meu blog ler. Mais: pesquisando a net, vão encontrar os meus posts que eu escrevi, aqui no meu blog e no outro blog também. Ou seja: apesar de haver a referência e o link e tudo o mais e estarem salvaguardados os direitos de autor, na verdade, aquilo que eu escrevi está a dar leitores a outra pessoa que se limitou a copiar tudo na íntegra. Levado ao extremo, até podia haver um blog igual ao meu, ou só com as melhores coisas, ou um blog dos melhores textos de toda a blogsfera: desde que se fizesse link tudo fino. É um bocado como aquelas crónicas nos jornais: aquele cronista é pago para escrever e escreve na sua crónica semanal:

“gosto muito do escritor tal: ainda ontem li um texto dele que era assim:”
(e pimba, o resto da crónica é o texto do tal escritor)

Não sei, mas há aqui um certo canibalismo canibalização que não me deixa confortável. Eu raríssimas vezes coloquei textos de outros inteiros (e antes de os meter, pergunto e explico as razões, mas normalmente quando quero guardar para mim inteiro, guardo no disco); tento sempre ter o cuidado de referir, metendo um teaser se achar que é de meter, um bocadinho do post e tal e mandar ler para o outro blog. Só assim é que me parece lógico e decente para aquele autor e só assim é que vamos conhecendo outros blogs, para além do mais.

Enfim, estou errada nisto?

0 thoughts on “Uma questão de ética bloguística

  1. Alfredo

    Viva.

    A única questão que se me põe é se é bloguística ou apenas questão de ética.

    Conceito esquisito esse o da canibalização politicamente correcta.

  2. Catarina C.

    Tens razão, é de ética apenas. Mas como é sobre blogs e isto – dos blogs – tem essa parte de, fazendo tudo como se deve, mesmo assim não ser, quanto a mim, decente.

  3. Sofia Vieira

    Eu não gosto quando me copiam o texto integral, mesmo fazendo o link e as referências todas (já o disse no post sobre o atrevido e os plágios). Mas “permito-o”, digamos assim, porque não é plágio. Mas é sem dúvida uma forma de alguèm “enriquecer” o seu espaço à custa do outro (ou de achar que enriquece, que isto é sempre subjectivo), o que não me parece muito ético. Quando esse espaço tem fins comerciais, então (tem sponsors, publiciadade, etc.), acho péssima, a ideia de alguém não ter pruridos em fazer dinheiro à nossa conta (ou pensar que pode fazer, o que vai dar ao mesmo). Para tanto, só com autorização de quem escreveu o texto. O mais engraçado é que quem, nesses termos, reproduz os textos pensa sempre assim: “devias mas é sentires-te honrada por nós te citarmos, é em benefício do teu texto”, mas nunca têm a humildade de pensar “o teu texto vem em benefício do meu blogue ou site, por isso terei de ter o cuidado de saber se o poderei fazer, perguntando-to”. No fundo, honestidade e bom-senso, apenas. Isto para dizer que concordo contigo, claro. 😉

    Beijos, bom FDS!

  4. catarina

    Pois é, eu lembro-me muito bem desse teu texto sobre isso mesmo. Vou à procura dele e copio-o para aqui…;)

    Não, não é plágio, claro, mas é canibalização à mesma. E ainda por cima era quase “não se preocupem, leitores, quando ela escrever mais alguma coisa, eu meto aqui!”. Enfim, honestidade e bom-senso, como dizes, que até parecem coisas normais, não é? 😀
    Beijos, querida. :)

  5. @na

    tens razão cat, sinceramente ainda não tinha olhado tão a fundo por esse prisma, já copiei um ou dois (com link) e já linkei apenas, como tu sabes. Mas ao ver por esse lado confesso que acho mais ético apenas o link, ou na pior das hipóteses copiar apenas uma pequena parte com o devido link, para aguçar a curiosidade das pessoas o seguirem.
    Concordo inteiramente, mas volto a dizê-lo, já o fiz.

  6. Vítor I.

    Agora falemos de coisas sérias; já há algum tempo que ando para postar sobre coisas que me irritam por essa blogosfera fora.
    Uma delas é o uso da licença “Creative Commons”, se alguém usa tal licença não pode escarrapachar “proibida a reprodução total ou parcial” ou coisa parecida: o uso da licença CC implica que alguns direitos são reservados. Pode-se determinar que a obra produzida não pode ser usada para fins comerciais, que se não podem criar obras derivadas e muitas outras condições.
    Se se quer proibir a reprodução dos textos e imagens não é necessário colocar nenhum aviso, qualquer obra intelectual está automaticamente protegida por lei no momento da sua publicação.

    Claro que nada disto detém quem quer roubar a obra alheia.

  7. Mlee

    Nops, num estás errada num Senhora, estás certíssima!
    Tenho descoberto blogs interessantíssimos à conta de links de outros blogs, não é só o correcto, é também a melhor forma de encontrar outros que gostamos de ler.

    Beijukas

  8. pp

    muito bem, cat! de outros e tb a partir daqui tenho encontrado blogs fantasticos, perdi todos, quando o vaio ligou o turbo, agora vou tentando recupera-los.
    quanto ‘a canibalizacao, lembro-me de um post teu colocado num blog de um jeitoso qq como se fosse dele e ainda se armou em espertalhao ate’ que levou com o tempo limitado para retirar o post, ainda me ri pq foi tiro e queda, ele ate’ deve ter tremido 😉

  9. Madalena

    Para mim é completo roubo e tentativa de apropriação.
    Sou implacável nestas coisas Cat. A falta de ética está aliada à falta de respeito e há princípios básicos que já não é possível dizer-se que se desconhece.
    O link é como que obrigatório, e proibido deveria ser o texto integral.

  10. catarina

    @na, também por isso é que coloquei o post, admito que quem faça isso não veja todos os lados e não faz com qualquer má intenção. Às vezes encontramos uns textos que são exactamente aquilo que pensamos e que gostaríamos de ter escrito e queremos postar na íntegra. Eu também já fiz isso, mas pedi ao autor primeiro, por exemplo, à Sofia Vieira, que escreveu algumas coisas que eu queria aqui registar no blog; e, já agora, não sendo sobre este tema, mas é complementar: se posto um texto que, no original, não tem comentários, também os fecho no meu blog. E depois, há copiar e copiar. Uma coisa é UM post, ainda mais se o autor autoriza, outra é a série completa que está a dar mais leitores novos àquele blog…

    Vítor, claro que não é preciso meter aquela conversa toda, porque está na lei, mas a malta não sabe ou não quer saber e sempre é mais um aviso (pelos menos àqueles plagiadores que alegam que nem sabiam, etc e tal). Portanto talvez detenha um bocadinho essa gente. Mas quem quer roubar, rouba sempre, como é evidente.

    Mlee, é isso mesmo . É como se vão descobrindo blogs, ainda por cima. beijinhos.

    pp, um dia destes coloco os meus links, há anos que estou para fazer isso, mas como os tenho no bloglines, dá-me seca meter aqui a lista.
    Sim, também não me esqueço disso…mas aqui neste caso não é plágio, tem referência, mas é apropriação, de qualquer forma.

    Madalena, estou completamente de acordo contigo. Sinceramente a desculpa da ignorância já não cola. Mas os princípios básicos, como digo ali mais acima à Sofia, infelizmente, parecem normais, mas são coisa rara.

  11. Cool Mum

    Nunca tinha pensado que tal se poderia fazer ’em proveito próprio’.
    Já o fiz várias vezes, com o sentimento de estar a dar a conhecer algo que me agradou ao meu punhad(it)o de leitores. Alguns foram da Sofia.
    Enfio a carapuça até ao rabo.
    Never again.

  12. Sofia Vieira

    Cool Mum, eu admito que muitas vezes a intenção consciente não seja a de apropriação nem de uso em “proveito próprio”, mas apenas partilhar algo de que se gostou, o que me parece bem e enriquecedor para ambas as partes. Mas, na minha opinião (que não pretendo impor a ninguém, note-se!) para isso existem os links em excertos de posts. A maior homenagem que nos podem fazer quando gostaram de um texto nosso é enviarem-nos visitas, ou não é? Este é para mim o verdadeiro sentido de partilha na blogoesfera: remeter para, dar a conhecer um blogue, um texto, aos outros, mandar para lá gente, e manter cada um a sua identidade no seu blogue. Ora, com a reprodução integral de posts noutros blogues acho que isto se perde um bocadinho… Mas também não é grave (a não ser que a intenção seja, como diz a Cat, obviamente vampírica… aí irrita-me). 😉

  13. Luís V.

    É pela razão que descreves neste post que eu tenho no meu blog um código html que protege contra qualquer copy/paste. Infelizmente nem uma única frasezinha, nem uma palavrinha sequer dá para copiar…

  14. emiele

    Existiu em tempos um blog (creio que se chamava «Plagiadíssimo») que era todo ele feito de posts alheios. E dava a entender que era uma honra ter-nos escolhido para isso. Da primeira vez achei graça, mas depois fiquei a pensar…
    Tal como tu, copiar integralmente, só o fiz uma vez ou duas, e com bastante explicação antes e depois, e sempre o aviso «vão lá ler que é melhor».
    Nunca dei que me copiassem – se. Se calhar não sou interessante para copiar 😀
    Vocês aqui avançam vários argumentos que fazem pensar. Também imagino que se encontrasse alguma coisa que escrevi, integralmente copiada sem referência ao meu nome, devia ficar de olhos arregalados!
    O que faço muito (mas isso não considero errado) é linkar notícias de jornais que depois comento. Como o link fica de outra cor e muitas vezes até ponho aspas, é evidente quye não estou ali a plagiar a jornalista em causa.
    Mas fiquei a pensar.

  15. Paulo Querido

    Caro luis V, não se iluda. Isto é seu, copiado do seu blogue:

    Quinta-feira, 2 de Outubro de 2008
    Casamento Civil: 1.ª Flash Mob, quinta-feira, 2 de Out, às 19h30.

    Recebi o seguinte e-mail de amigos meus que pretencem à rede ex aequo:

    «Como sabem no dia 10 de Outubro foi agendada a discussão parlamentar de dois projectos que contemplam o acesso ao casamento civil a pessoas do mesmo sexo. Em Espanha, Zapatero, disse, “não estamos a legislar para gentes remotas e estranhas. Estamos a ampliar as oportunidades de felicidade dos nossos vizinhos, dos nossos colegas de trabalho, dos nossos amigos e das nossas famílias e, ao mesmo tempo, estamos a construir um país mais decente. Porque uma sociedade decente é aquela que não humilha os seus membros”. Mais, falamos de uma alteração mínima na lei, com custo zero.

    »Sócrates, contrário ao seu congénere, recusou a liberdade de voto no dia 10 de Outubro. Dizendo que “o casamento de homossexuais não está na agenda política nem do Governo nem do PS. Não está no programa do Governo do PS e o PS não anda a reboque de nenhum outro partido”. Como se fosse uma questão partidária!

    »Dizem que tem de haver debate na sociedade, não reconhecendo que a única questão fracturante nesta matéria é a homofobia em si.

    »Porque não podemos ficar indiferentes, porque queremos essa ateração na lei e porque Direitos não podem nunca andar a reboque, queremos convocar-te para duas flash mob pelo Acesso ao Casamento Civil entre Pessoas do Mesmo Sexo.

    »1ª Flash Mob, quinta-feira , 2 de Out, às 19h30, junto à saída do Metro Baixa/Chiado em frente à pastelaria A Brasileira.

    »2ª Flash Mob, quarta-feira, 8 de Out, às 19h30, na Praça do Rossio, junto à estátua, onde foram muitos homossexuais castigados publicamente.

    »O que é uma flash mob? São multidões de pessoas, num sítio público, que realizam uma acção previamente combinada e que devem dispersar por completo após a realização do proposto.

    »Que devo fazer? Deves levar uma folha em branco e uma caneta. Às 19h30, deves escrever na folha em branco “Acesso ao Casamento Civil”, e de seguida erguer a folha para que todas e todos a possam ler. Ao fim de um minuto, deves dispersar, como se nada tivesse acontecido.

    »E procura ser pontual. Está lá um pouco antes para que a flash mob tenha o impacto pretendido.

    »Poderás também divulgar via sms.

    »1ª Flash Mob pelo acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, quinta, dia 2, em frente à Brasileira, às 19h30. Leva folha branca e caneta para escreveres “Acesso ao Casamento Civil”. Deves dispersar no minuto seguinte!

    »e…

    »2ª Flash Mob pelo acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, quarta, dia 8, na praça do Rossio, às 19h30. Leva folha branca e caneta para escreveres “Acesso ao Casamento Civil”. Deves dispersar no minuto seguinte!

    »Divulga!»

    Eu vou! E vocês?

    Não existindo uma licença de algum tipo, a reprodução integral (ou até mesmo parcial, em certas circunst|ancias) é ilegal. Os direitos de autor estão automaticamente protegidos, como referiu Vitor L.

    Existindo uma licença, pois se o autor optou pela distribuição livre, desde que mencionada a fonte, então pode apenas contar com a ética. Afinal, admitiu que lhe distribuissem os conteúdos. Não precisa de o fazer.

    No teu caso, Catarina, se alguém alterar uma vírgula, vai contra as condições de reprodução. Da mesma forma, se o DN ou o JN te copiarem um post, estão a fazê-lo contra a tua licença. Já se eu copiar no meu blogue, a coisa fia mais fino. Na verdade, eu tenho intenções comerciais. Posso é mentir e dizer que não tenho. Ou dizer que as receitas não são de molde a justificar o título de “comercial” — o que é controverso. Formalmente é mentira, na prática é verdade. E depois?

    Claro — isto está tudo por fazer. O pior é a ética. Há quem insista em não estabelecer alguns códigos de ética recíprocos entre autores na web, com o perigosamente estúpidos argumentos da “censura” e da “liberdade de expressão ameaçada”.

  16. Paulo Querido

    “Caro luis V, não se iluda. Isto é seu, copiado do seu blogue:”

    Não me exprimi bem. Ainda pode pensar que me dei ao trabalho de digitar, numa cópia manual. Não. Fiz copy past mesmo. Não há texto ou imagem na net que não sejam facilmente copiáveis. Não no formato HTML ou txt. Se encavar os conteúdos em Flash, por exemplo, aí sim, está a dificultar a tarefa. Agora, código de protecção — esqueça.

  17. Paulo Querido

    “O que faço muito (mas isso não considero errado) é linkar notícias de jornais que depois comento. Como o link fica de outra cor e muitas vezes até ponho aspas, é evidente que não estou ali a plagiar a jornalista em causa.”

    A isso chama-se citar. Está consagrado na regulamentação dos direitos de autor.

    Não se pode falar em plágio de um exceeto.

    Na net, então, isso é o que toda a gente quer. Olhe, eu não me importo NADA, pelo contrário, agradeço, que copie um parágrafo ou até mesmo dois de cada um dos meus textos e os hiperligue, citando a autoria! Nada mesmo! E se os comentar, então, fico ainda mais satisfeito!

  18. emiele

    Paulo, obrigada! (deve estar cansado de ouvir a piadinha fácil de que o apelido foi bem escolhido…) Eu também pensava isso, que o que fazia era uma ‘citação’, chamava a atenção para algo que era dito como notícia, mostrando claramente qual a minha fonte e depois dizia de minha justiça. mas confesso que já estava um nadinha baralhada.
    A minha ‘nabice’ nestas coisas faz com que fosse incapaz de copiar um texto como o do Luis V.,por inaptidão contudo devo acrescentar que se tentasse fazer um copy qualquer e visse que não podia, entendia logo ‘a mensagem’ de que o autor não queria que dali saísse nada e nunca iria contra a sua vontade. Mas nunca por nunca.
    Ficava envergonhada, a sério. :(

  19. Uma Senhora de Idade que Passou por Aqui

    Pois amiguinha, uma coisa é citar/comentar/linkar – actividades muito respeitáveis e dignas – e outra é copiar sistematicamente o trabalho de outrem. Sim, porque um texto num blog “é só” um texto num blog, mas não deixa de ser o produto intelectual do cérebro de alguém…
    Imagine-se o que seria se fosse possível “fotocopiar” uma cadeira, uma mesa… lá iam as fábricas todas de Paços de Ferreira à falência…

    A verdade é que – pelo menos neste país – a fotocópia integral de livros é “socialmente aceite” com toda a naturalidade. Há alguns anos, no Dia Internacional do Livro, a ministra – que era aquela senhora loira com nome de livro da 4ª classe – não encontrou melhor maneira de marcar o dia (Dia Internacional do Livro E do Direito de Autor) do que visitar um estabelecimento prisional feminino levando às reclusas… fotocópias de livros.
    Depois vá-se uma pessoa espantar por ver toda a gente a “piratear” alegremente tudo o que lhe parece jeitoso: «Isto é tudo nosso!».
    A blogosfera é só o retrato do mundo real, e uma pessoa fica com vontade de partir as fuças ao gajo, mas tirando isso não há mais a fazer… a não ser insultá-lo.

    A mim já me aconteceu várias vezes – desde copiarem-me material sem qualquer espécie de referência até copiarem-nol e por baixo indicarem a “SUA” autoria. Pode crer que lhes fui verbalmente às fuças com toda a minha energia e vocabulário (que é coisa que não me falta, graças a Deus e às muitas leituras).
    É claro que na prática eu não podia fazer nada, mas em ambos os casos os tipos retiraram o material. Por acaso os meus protestos resultaram, mas se não resultassem não podia fazer mais nada senão mandar-lhes mails semanais a chamar-lhes ladrões e mentirosos…
    Fique bem, beijinhos, e vá-se a eles com força! (que eu também já percebi que às vezes a malta fica-se pelo desabafo no blog e/ou com os amigos, mas eu cá, quando sei que tenho razão, protesto e esperneio até que o teclado me doa)

  20. catarina

    Luis V. , infelizmente afinal dá para copiar…como bem demonstra o Paulo Querido, provavelmente para seu choque. Admito que esse tal código sirva como uma espécie de “aviso” para os mais ignorantes, como servem ali os avisos de proíbido copiar na coluna do lado. Mas quem quer mesmo copia, não há dúvidas.

    Paulo, foi uma lição e peras, muito obrigada. Essa de copiar o texto, realmente, deixou-me abananada…e quanto aos direitos de autor, é muito curioso isso, de havendo a licença CC, tirar força à lei geral, mas claro, faz todo o sentido. E depois todas essas nuances dos sites comerciais (por essa ordem de ideias, toda a gente que mete adsense é comercial? provavelmente…). Realmente só a ética é que dá resposta a isto, e algum bom senso, mas são valores raros.

    Quanto à dúvida da Emiéle, está respondida, obrigada.

    Minha querida amiga (recuso-me sistematicamente a chamar-lhe Uma Senhora de Idade, tenha lá paciência ;)) essa história da Ministra levar fotocópias é realmente do outro mundo! Pois, não há mesmo hipótese quando os exemplos de cima são assim.

    De resto, estou com o Paulo e consigo, referências? Claro que as agradeço e fico contentíssima. Estas já fico menos contente, cópias integrais, mesmo com link…
    Agora quando é plágio? Ui! É tremendo. Já me aconteceu e da última vez, um azar dos diabos para o plagiador: copiou um texto aqui do 100nada, para ilustrar uma polémica COMIGO num blog do SL. Assinado por ele, claro, como se fosse o autor. Teve mesmo pontaria! Mas, lá está, o Paulo Querido (nem sei como agradecer) saiu em minha defesa e foi-lhe às trombas a sério até ele se desculpar todo que não sabia “que era meu”. Enfim, long story e com contornos ainda mais obscuros que nem interessa aqui referir agora. O plágio desse post resolveu-se, fiquei a saber que, muito provavelmente, textos meus podem ter circulado num jornal regional, assinados por outrém. Vamos supor que não.
    Com a lentidão da justiça nesta terra, por agora é complicado resolver estas coisas, mas pode ser que um dia seja mais célere (duvido, mas enfim). Melhor mesmo berrar aos sete ventos em todo o lado onde se possa e apontar o dedo, como diz.

  21. Crezia

    Nope, nada. Eu se fiz alguma vez na integra (e acho que não fiz) foi ali do Atrevido da Sofia (caramba, Sofia, um gajo não resiste: é quase biográfico às vezes) e sempre com referência e link. De resto, linko tudo, ou refiro e encaminho acompanho toda a gente pela mão onde vou. A mim não copiam, lol, por isso não sei ver o outro lado.

  22. catarina

    O “outro lado” é mau, querida. Muito mau mesmo. Aquilo que nos copiam deixa de ser aquilo que se escreveu, fica “sujo”. Estou a pensar em coisas que escrevi do lado de lá, nem quero pensar que pudesse ler isso assinado por outra pessoa…(mas também me lembrei agora de uma coisa que até achei comovente: um dos posts que lá tá – de parabéns à minha Mãe – recebi imensos pedidos, principalmente de brasileiras, quando ainda tinha o blog aberto, para usarem e oferecerem às mães; e isso, não me importei, a intenção era bonita [qualquer dia ainda o leio em ppt com uns santinhos e tal, lol])

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