Venham a nós as esplanadas!
Sobre esta recente aplicação da lei do fumador apenas tenho a dizer uma ou duas coisas:
– Em primeiro lugar agradecer profusamente a todos os meus conhecidos não-fumadores que, de repente, se têm preocupado imensamente com a minha saúde, inquirindo diariamente se me estou a dar bem, se ando bem, se não tenho tido muitas dificuldades, se ando muito enervada, se agora tenho que fumar na rua, se já reduzi e se já pensei agora em deixar de fumar de uma vez por todas. Têm sido extremamente simpáticos e estou convencida que aquele sorrisinho que põem ao canto da boca, não é mais do que um sorriso de apoio e solidariedade.
– Em segundo lugar quero realmente agradecer a quem inventou os termos desta lei no que concerne aos espaços de restauração. Finalmente este país, que tem sol de Março a Novembro (uns anos mais, outros menos) vai sair para a rua e sentar-se em esplanadas. Prevejo que, o mais tardar, lá para Abril/Maio, não haverá tasca que não tenha meia dúzia de mesas cá fora no passeio (o que, convenhamos, é uma grande melhoria em relação à alternativa dos carros estacionados). E, maravilha das maravilhas, todas essas esplanadas serão de – como é evidente – fumadores. Não é que sejam realmente de fumadores, mas não será difícil para os donos e gerentes de cafés, pastelarias, restaurantes e afins, perceberem que o mais simples é dizer aos clientes: “não fumadores é lá dentro, cá fora estes senhores podem fumar”. E não será difícil também aos clientes que não quiserem levar com o fumo dos outros em cima (era esse o problema, não era? O problema do fumador passivo, certo? É que, com tanta coisa, já nem sei bem…) perceberem que o melhor é não se sentarem na esplanada ou correm o risco de levar comigo (e com os meus cigarros) em cima. É chato, é, mas que se há-de fazer? Hello, é ruaaaaaa! Oh que maçada, o meu post parece pouco isento? Claro que não é isento, eu fumo! E não quero incomodar ninguém, portanto os fumadores com as esplanadas – olé! – e os não fumadores (não me digam que não se lembraram disso nesta semana que passou enquanto dirigiam “sorrisos de apoio e solidariedade” aos vossos conhecidos fumadores) sem elas. Ou com elas e com o ar livre. Um bocado impuro, mas enfim, tal como se preocupam tanto com a minha saúde e o que eu fumo, também eu não quero que fiquem com os pulmões conspurcados: o ar lá fora já era impuro de qualquer forma…a gente fica com ele e agradece. Eu, por mim, acho que fiquei a ganhar com a troca. Nunca mais ter que ouvir, numa esplanada, “olhe, desculpe, importa-se de apagar o cigarro que ainda estou a meio do almoço?” é a melhor coisa que pode acontecer a um fumador.
- O Lidl de Alvaláxia
- Portugal a caminho de se tornar a Suiça do Oeste
deves ter fumado 15 cigarros a escrever isto, ressacadita!
:DDDDDDDD
Nem penses, foi depois do cigarro a seguir ao almoço. :DDD
O cigarro só me incomoda se a conversa for má.
Daniel, se a conversa for má, pode sempre desatar a tossir e dizer “ah desculpa, mas tenho que me ir embora, é o cigarro…”. 😀
Se a companhia fosse feminina, podia sempre simular uma falta de ar repentina. Mas lá vinham com a merda do copo com água e açúcar.
Olé! Nem mais! Também já tinha pensado agora é que vão aparecer esplanadas por todo o lado, que bom!
Há sempre um lado positivo para tudo na vida! LOL!
Eu, sacana de não-fumador, fiquei apreensivo depois de a ler…
(como de costume, a catarina está dois passoa à frente…)
Eu, não fumadora, já tinha pensado nisso. E acho justo. Para mim a questão era que, até agora, todos os espaços eram de fumadores. Não havia locais livres de fumo onde eu pudesse estar. Agora passou-se para um extremo (quase todos os locais fechados são espaços sem fumo) em que ao menos há escolha para toda a gente. Pode não ser perfeito, mas é melhor que não ter escolha nenhuma (a não ser ficar a vida toda em casa).
Always look on the bright side of life!
Bom, como me tiraste as palavras da boca, com este e o outro texto, agora estou assim a modos que já sem saber o que dizer.
Resta-me acrescentar que não tarda estarei com um aspecto saudável(leia-se bronze!) de fazer inveja a muito boa gente que conheço. Olarecas! Ai como eu gosto de uma boa esplanada!
daniel, não há bela sem senão.
Méri, são boas notícias, não é? :DDDD
Pois há, Miguel. 😀
Leão, uma pessoa tem que ir pensando no futuro! Agora apanha-se frio, no verão o solinho!
Snowgaze, eu também prefiro que as coisas sejam bem clarificadas e que uma pessoa possa fumar (ou não fumar) e saber onde isso é ou não possível.
Cool, adoro isso! LOL!
Maria Moura, também eu, adoro esplanadas.
Como resposta a esses sorrisinhos ao canto da boca, o que me saberia lindamente era,num belo dia de sol, chegar a uma esplanada lotada, escolher o melhor sítio e perguntar a quem estivesse sentado:
– Fuma?
– Não! Responderia indignado(a)a personagem.
E eu:
– Então, já lá para dentro que aqui é só para fumadores!
Era bom, não era?
Bora fazer um abaixo-assinado?
June, acho que nem vai ser preciso a menos que, por causa do solzinho de verão, a rapaziada não fumadora já não se importe de levar com o fumo aqui da malta viciada.