I'm here, now what?
e então uma pessoa começa a andar. Anda, anda, anda, anda. Tropeça, anda, anda, anda, dorme um bocado, anda mais, cai e esfola um joelho, continua a andar. Um gajo não pára, não interessa muito essa treta toda dos caminhos, quando eu era mai novinha, achava que sim, que havia caminhos e veredas e estradas largas e azinhagas escuras e realmente há, mas eu achava que tudo isso tinha algum significado. Que um gajo se calhar devia ir pelo caminho mais estreito e mais difícil e mais complicado, de preferência sem sequer tirar as pedras dos sapatos. Aquela onda um bocado sofrimento obrigatório/eu vítima das feridas, quando às vezes é uma porra de um calhau entre a sola e o pé e que convém mais é sacudir. É como os caminhos. Não há que os caminhos fáceis são maus e os difíceis é que são bons. Quer dizer, claro que há, com destino à sabedoria e a mais umas quantas coisas que agora não me lembro (e que me remetem logo para conversas sobre “espaço e energia” e “os três tipos de pessoas” que são afinal quatro, que adoro desmontar mas fica sempre lá qualquer coisa: concordemos então, para a sabedoria há que calçar botas de montanha, meias grossas de algodão e penar, ok! agora continuo o meu post, pode ser?) e outras que até me lembro mas não me apetece agora ir por esse caminho; mas esses caminhos difíceis não são pera doce, não é pra todos! Ah pois não! Mas achavam o quê? Um gajo escolhia um caminho árduo e depois era como se andasse em cima de um sobre-colchão de latex? Não, pois não? Pois então, regressando aos caminhos, quando não se sabe bem se se aguenta, pois o fácil também está muito bem. E porque não? Não se vai ter à sabedoria e depois? E o outro vai? Como é que sabemos? Por causa da pedra a furar a meia? Ora, tende juízo. Um pé a coxear não significa coisa nenhuma. Todos vão dar a qualquer lado e um gajo só sabe quando lá chega. O que é verdadeiramente importante é, pois, andar. Só andar às vezes não é nada fácil, mas um gajo vai andando e, um dia, chega e pensa que se calhar ainda vai ter que andar muito mais.
- Hey world, i'm here!
- só
Definitivamente estou cada vez menos nessa onda dos caminhos dificeis. Eu cá é mais é auto-estradas, e que se não for a andar que vá a conduzir, e já agora um bom carro, uma boa música, e com boa companhia. Se é preciso andar? Nãaa. O importante é um gajo ser feliz.
Carla | 09.12.07 – 8:09 am | #
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Pois eu cá acho que parada é quee não !!! Os caminhos, fáceis ou difíceis, importa é que sejam prá frente. E podes até ir a nadar, ou de bicla, ou a voar se estiveres prái virada. Andar mais e mais sempre… é o oposto de ficar lá a ver a vida passar. E isso sim, é o pior que pode acontecer.
Summer | 09.12.07 – 10:20 am | #
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e quando antigamente (há 20 anos) compravamos umas botas para ir andar, só, assim!
Hoje, ele há botas para o trekking, para a alta montanha e para a não tão alta, para o Verão ou o Inverno, com mais furos ou menos, de Goretex ou apenas num sintético qualquer, etc, etc, etc
mas acho que sim, que interessa é ir andando e não ficar a vê-los passar, aos outros e à vida, entenda-se
Alexandra | Homepage | 09.12.07 – 12:36 pm | #
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Mas diz lá, gostas mais da viagem em si ou do destino?
Rita Q. | Homepage | 09.12.07 – 1:23 pm | #
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Faxavor, importa-se de repetir?
Vítor I. | Homepage | 09.12.07 – 2:13 pm | #
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E chega-se? De certeza?
Eu cá gosto é de parar para olhar a paisagem e fumar um cigarrito… qu’isto nem com mapas eu consigo chegar aos sítios.
Ou talvez um GPS cósmico.
Cool Mum | Homepage | 09.12.07 – 2:31 pm | #
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Ora nem mais! Sempre achei que dizias coisas que eu um dia iria dizer quando crescesse! 😛 Eu também achava que os caminhos que escolhiamos eram importantes e os difíceis eram os bons e tal e tal… mas agora olha… ando a deslizar sobre nuvens e nunca nada me pareceu tão fácil!
(Só tenho ainda uma pedrititazita no sapato que tem a ver com uma saudadezita que me bate de vez em quando lá do nosso cantito… e saudades tuas, e da mana, e do resto das meninas, tenho pois tenho que a gente não é de ferro…)
Arlinda | Homepage | 09.12.07 – 2:32 pm | #
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pois eu cá que sempre gostei dos mais fáceis vejo-me obrigada aos menos fáceis (e continuo a gostar mais dos outros).
clara | Homepage | 09.12.07 – 8:28 pm | #
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o caminho faz-se caminhando, já dizia o outro. caminha-se, não se segue um trilho como se os caminhos já lá estivessem. fazemos caminhos de pé pisado.
mana | 09.12.07 – 9:15 pm | #
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arlinda, estavas aí! tás boazinha?, gostei de te ver! 😀
mana | 09.12.07 – 9:16 pm | #
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Eu respondia mas tou com sono…:D Obrigada! beijos!
catarina | Homepage | 09.13.07 – 12:53 am | #
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A moral da história que não se sabe qual é, é muito simples: o importante não é chegar, é o que fazemos pelo caminho para lá ‘não’ chegar. Mas claro que alguém já deve ter dito isto sem qualquer resultado à vista portanto faz de conta que nem estive aqui.
duende | 09.13.07 – 2:55 am | #
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Bom é um gajo ir pelos caminhos bons e que, ainda por cima, vão dar a sítios bonitos. E, cereja no topo, é um gajo pegar no megafone e dizer “pessoal, esse caminho que escolhesteís é uma merda. Vinde por aqui, este é mais a direito”. E os gajos, em ouvindo, está claro, dão uma espreitadela e percebem, na boa, que o caminho por ali é melhor. E acompanham um gajo, e acabam por fazer com que o nosso caminho seja ainda melhor. Isso sim, é do camandro…
(isto agora aqui com claras e manas e arlindas e zés deu-me cá umas saudades…)
Leão da Lezíria | Homepage | 09.13.07 – 8:07 am | #
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(isto agora aqui com claras e manas e arlindas e zés e leões deu-me cá umas saudades…)
sem-se-ver | Homepage | 09.13.07 – 11:04 am | #
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Eu, dos caminhos dos outros percebo pouco (nem dos meus, quanto mais). Basicamente, é isto: o texto está muito giro, dá gozo ler, tu tens um jeitaço para isto e prontos. Beijos, linda, mereces tudo de BOM!
vieiradomar | Homepage | 09.13.07 – 2:14 pm | #
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Tem uma moral, tem, Cat, e muito relevante! O que abordas aqui, a chegada e o caminho, tem correspondência exacta entre o querer saber o querer aprender! Saber alguma coisa é importante, mas o querer aprender, sempre, é o caminho, é a vida!
Certos de saber só aqueles que não ousam aprender e hoje, com este texto, já aprendi; aprendi que se pode escrever sobre isto da forma como o fizeste.
Bem hajas.
Beijinho
Carlos a.a. | Homepage | 09.13.07 – 4:41 pm | #
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e os atalhos??
pp | 09.13.07 – 6:46 pm | #
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“Zés”? mas eu nem sequer cá tinha metido o bedelho?!! Vcs não podem ver um punhado de pessoas numa esquina de um post que querem logo criar uma sociedade
mas enfim, já que cá estou: Cat pá, eu nem ia dizer nada, que nós gajos não temos de andar aí a comover-nos em público não é? mas … fod*** neste momento falar de caminhos, para mim, partiste-me todo pá!
Zé | Homepage | 09.13.07 – 7:23 pm | #
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i’m here. (now what?)
beijos e abraços para todos. e bem hajam por me terem feito companhia neste (post) pedaço de caminho.
catarina | Homepage | 09.14.07 – 12:39 am | #
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pá, eu nunca fui de caminhos dificeis, nem em pequena, a primeira coisa que penso é como chegar onde quero pelo caminho mais facil
beijocas
cristina | Homepage | 09.14.07 – 10:17 pm | #
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beijinhos, cris!
catarina | Homepage | 09.17.07 – 12:20 am | #
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eu é mais bolos
Animal | Homepage | 09.17.07 – 4:51 pm | #
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Gostei, ri-me e com tantos caminhos quase me perdi, mas… há muita coisa aí.
PiresF | Homepage | 09.17.07 – 8:36 pm | #
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Animal, eu também, a bem dizer, é mais bolos, mas de vez em quando saem-me destes. Só cá faltavas tu para alegrar este bocadinho de Soca que se compôs aqui nos comentos.
PiresF, beijinhos!
catarina | Homepage | 09.17.07 – 11:25 pm | #
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e então uma pessoa começa a andar. anda, anda, anda, anda. tropeça, anda, anda, anda… e o caminho parece difícil. repetitivo. incerto. é mais simples (por muito difícil que seja) uma pessoa aceitar cada passo como um começo. em cada passo uma semente germina ) a sabedoria não é a meta. é a caminhada
ana | Homepage | 09.20.07 – 9:38 pm | #
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Ladies and Gentlemen, welcome aboard. Enjoy your trip. (Serve? lol)
Miguel | 09.22.07 – 8:57 pm | #
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(serve, serve :D)
catarina | Homepage | 09.25.07 – 2:01 am | #