100nada

Noite sem net, madrugada a alucinar

Alguém me explique qual é a lógica da mensagem do atendedor automático do serviço telefónico de apoio técnico da netcabo: “as nossas linhas encontram-se muito ocupadas, se não quiser esperar, por favor envie um email “.

Depois, enquanto esperava que me atendessem, fui olhando para o papel que tinha na mão e que dizia prazo de pagamento 31 de Outubro. Ah.

E entre o “Ah” nocturno, o “epá eras um anjo se me fosses pagar a net ao multibanco que eu tenho o miúdo em pijama (e já ultrapassei o descoberto da conta ó tempo, portanto mesmo que lá pudesse ir, não me adiantava nada…)” e um enorme agradecimento do meu desktop e do meu OE, que nunca tinham levado uma arrumação (e deletagem) tão grandes, lá se passou o ontem e começou o hoje.

Ora eu começo todos os hojes com um belo cafezaço e um cigarro lá fora, seja verão ou inverno. É uma figura triste, confesso: em roupão, óculos e um boné da selecção nacional, porque o sol está de frente e eu mal consigo abrir os olhos.
Hoje não foi diferente, tirando que, para além do sol, estava um nevoeiro dos diabos, daqueles brancos que quase cegam. E ali estou eu a acordar, a pensar na morte da bezerra e a olhar para a paisagem que era mais ou menos toda difusa, tudo isto por baixo da pála do boné e com os olhos abertos só uma nesga.

Pois acreditem ou não, vi uma coisa no meio do Tejo, pensei olha que giro efeito aquele do nevoeiro, tá ali um barco e parece mesmo um barco de guerra e nem disse nada durante a manhã, naquela, dizem-me logo que estou é a alucinar e só quando li o Fumaças é que percebi que era mesmo um porta-aviões…

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