100nada

Ora então

vamos lá a isto de empurrar aquele acesso de vaidade (obrigada!) mais para baixo, para que não fique agora aqui a boiar à tona do tasco mais um dia ou assim. Embora, em boa verdade, não se me ocorra grande coisa. Anda tudo pela hora da desinspiração ou da pouca vontade em escrever aquilo que realmente me apetece (esta frase parece taralhoca mas não é). E depois, os semáforos, uma coisa sem interesse nenhum nos últimos dias. Só gente que atravessa a rua, nada de especial. Ainda pensei em transladar duas velhotas. Estavam a conversar animadamente no meio de um átrio e a minha atenção foi para ali desviada pelo chapadão de cores que as duas traziam, quer nas cabeças, cabelos oxigenados e ripados, quer na roupa: uma de azul turquesa, a outra de verde alface, mas em look total, saias, casacos, sapatas e carteiras. Ao todo não deveriam medir três metros de altura mas em peso, para lá dos cento e sessenta no total. Umas escrivaninhas baixinhas e coloridas, que pensei arrumar ao lado de um semáforo para poder escrever um post. Mas depois, nem cortinas (ramagens verdes, flores azuis) nem sequer um tapetinho, nada? Não podia ser, deixei-as ficar no mesmo sítio, tão entretidas e satisfeitas, tão postas por ordem que estavam. É assim a vida, encontra-se tema e o tema foge-nos, vestido de cor de rebuçados.