A folha caduca e essa coisada toda
Hoje fui atacada por milhares de folhas castanhas a voar. Imaginei logo umas frases do tipo
nuvens cinzentas recortadas por tons outonais
e
o outono surgindo num mar de folhas ao vento
e mais merdas assim
mas a poeirada era tal que me passou logo a verve.
(e na realidade o que pensei foi: oh que porra, isto ainda vai chover e eu de sapatos abertos e sem guarda chuva, só me acontecem é destas…)
- Ai porra, tou toda baralhada!
- E nem gosto de House…
e eu que pensava q não conhecia poetas contemporaneos
afinal andava enganado, fosga-se
%-)
E o vento que faz hoje?! Irra! Até chateia. Não apetece voltar a ter frio e dormir quentinho e sem vontade de sair para o frio.
Aparecem as lareiras na sala, o Natal e coisas dessas…
Hum…se calhar afinal também há coisas boas neste período que se avizinha… 😉
É verdade, ginger! Também apanhaste poeira nos olhos? :DD
Há montes de coisas boas, Kalvin, eu é que tenho este feitio do contra…:)
Vou ler a Sábado, saiu à sexta…
Se reparares bem nas fotos dos poetas do século XIX, eles estão sempre de “overcoat”.
Poeta que se preze, anda sempre agasalhado para melhor falar do mau tempo. E quanto mais romântico fôr o poeta, mais agasalhado deve estar…
Acho que é daí que vem o termo “agasalhar o poeta”.
😉
E eu, que quero voar para as minhas duas lindas e o vento não me quer deixar sair do Funchal…acham isto bonito?
Sim, Oldman, e mesmo assim morriam tísicos…:)
Deve ser deve…:D
Nelson, isso é que já é pior…achas que o vento será tanto que empurrará a ilha para perto do Cabo Espichel ou assim?
Antes assim, ao menos chegava lá a pé…vou sair sem saber se posso chegar hoje a Lisboa…ora bolas!
Boa sorte e boa viagem, Nelson, vais ver que vai tudo correr bem.
Pois eu agora a caminho de casa vi uma coisa espetacular, mas não pensei em palavras, deve ter sido porque estava de botas de cano 😉
No céu cinzento escuro, mas daqueles quase negros, estavam dois buracos de um azul quase incadescente. Eram simétricos e meio amendoados, pareciam dois olhos enormes a olhar cá para baixo.
Até me assustei e pensei logo noutras parvoices claro, mas nunca tinha visto nada igual.
Ia escrever uma treta sobre isso, mas assim já escrevi aqui 😉
Beijos
isso é que é inspiração!! és cá das minhas :p
Mas acabaste por escrever, Vanus. :)) Beijo.
Lol, Felício, obrigada pela visita.
Ai mas ainda bem que disseste. Gosto dessa tua maneira de tentares fugir ao que está lá. 😉
Mas realmente de sapatinho aberto e ventania nas trombas correndo o risco de ficar que nem pinto é para pôr na alheta qualquer veleidade poética.
Sempre que leio descrições de Outono e Inverno dou comigo num quadro caseiro, com lareira acesa e o olhar a espreitar pelo embaciado do vidro. Depois o bafo em crescendo e o desenho na janela…
Beijo
É bem verdade Maré: uma pessoa só consegue escrever sobre a fúria da tempestade e a água a escorrer pelo corpo sem abrigo (não que tivesse sido o caso, meus ricos sapatos!) já depois de enxuta, enfiada debaixo de uma manta e com um chazinho ao lado…:))
Beijos grandes.
Pois eu quando saí para a liberdade o que se passou à cerca de meia hora, deliciei-me com o cheiro a terra molhada e com o arzinho frio.
(ah tás aí…)
Sim, sim, o cheiro a terra molhada, tá tudo muito bem (pericaso também gostei), mas se te cair uma carga de água em cima que também tá a molhar a terra, já a coisa tem menos piada…;)
(tou do contra, hoje, não se nota nem nada…)