Uma data de tempo da minha vida
resume-se a andar a queixar-me e depois concluir: deve ser fome.
Eu sei que este tema é recorrente. E que não tem grande interesse. Mas para mim é absolutamente essencial.
- Picadora
- Perem lá que já vos atendo
resume-se a andar a queixar-me e depois concluir: deve ser fome.
Eu sei que este tema é recorrente. E que não tem grande interesse. Mas para mim é absolutamente essencial.
Então pronto, deve ser mesmo isso que eu tenho que ainda agora estava ali no Duende a fazer queixinhas que não conseguia aqui entrar.
Bem que terminei a dizer que ia almoçar. É melhor mesmo.
E eu a responder-te lá…bom almoço!
Deixa lá, Catarina, estás como eu…ainda a crescer! E temos de alimentar essa prodigiosa força da natureza que é o crescimento e coisas…
De preferência com direito a sobremesa
Eu, queixo-me mais da falta daquilo com que se compra o que comer :-)))
As inebriantes, suaves e olorosas emanações de uma açorda alentejana, de um gaspacho, de um cozido à portuguesa, conduzem, de uma forma não fortuita, antes incisivamente objectiva, a elevadíssimos estados de consciência.
A ineficácia da estruturação de um circuito pleno de export/import de bananas da Ásia faz com que as consequências sejam, infantil e inexplicavelmente, a percepção de que deve ser fome. Uma fome angustiante. Existencial.
Não entender quanto é importante para os sedimentos da cultura ocidental a imagética da açorda, do gaspacho ou do cozido é não perceber, por exemplo, porque é que o primeiro homem a chegar à Lua disse, para que ficasse gravado, indelevelmente, na História da Humanidade, “Este é um pequeno passo… “ e coisa e tal pardais ao ninho.
Esta problemática revela-se também na obra de importantes poetas, de Camões a Pessoa. Transcendental.
Já a pobreza franciscana das batatas cozidas, com ou sem ovo, é objecto de dissertações com um carácter porventura mais técnico e menos poético.
Discute-se, com paixão, se a temperatura da água aliada à esfericidade da batata, conduz ou não o cozinheiro ao desespero. São problemas de saúde mental que se alcandoraram a um nível de discussão que não cabe no espaço exíguo deste blog.
Para saber mais: santacita@hjmatos.pt
Bom almoço.
Vivemos para comer, para buber e para outros verbos igualmente deliciosos. E, como bons portugueses, vivemos para nos queixarmos…viva nós!
Por falar nisso, já lanchava…
Verbos deliciosos!
Também ia.
Pensando bem, já comia qualquer coisa
Podemos sempre tentar enganar-nos. Também é recorrente… 😉
O meu mal, a maior parte das vezes…é sono!
E ainda te queixas? 😉
Como, logo existo. É uma máxima bem mais válida que a Socrática…
Digo eu, mas também pode ser só fome.
O que vale é que concordam comigo…;) Afinal parece ser um assunto essencial para toda a gente…ah caneco, já volto para comentar o resto, isto é hora de ponta agora…;)
Não há dúvida: tu e o teu sobrinho são arraçados de Garfield. Entre o sofá e a mantinha e a importância do “o que é que eu vou comer agora”. O teu sobrinho até colocava como ponto alto na sua relação comigo (cartões do dia da mãe) os meus deliciosos cozinhados.:-)