100nada

Uma data de tempo da minha vida

resume-se a andar a queixar-me e depois concluir: deve ser fome.

Eu sei que este tema é recorrente. E que não tem grande interesse. Mas para mim é absolutamente essencial.

0 thoughts on “Uma data de tempo da minha vida

  1. Maré

    Então pronto, deve ser mesmo isso que eu tenho que ainda agora estava ali no Duende a fazer queixinhas que não conseguia aqui entrar.
    Bem que terminei a dizer que ia almoçar. É melhor mesmo. :)

  2. Kalvin

    Deixa lá, Catarina, estás como eu…ainda a crescer! E temos de alimentar essa prodigiosa força da natureza que é o crescimento e coisas…

  3. Santa Cita

    As inebriantes, suaves e olorosas emanações de uma açorda alentejana, de um gaspacho, de um cozido à portuguesa, conduzem, de uma forma não fortuita, antes incisivamente objectiva, a elevadíssimos estados de consciência.
    A ineficácia da estruturação de um circuito pleno de export/import de bananas da Ásia faz com que as consequências sejam, infantil e inexplicavelmente, a percepção de que deve ser fome. Uma fome angustiante. Existencial.
    Não entender quanto é importante para os sedimentos da cultura ocidental a imagética da açorda, do gaspacho ou do cozido é não perceber, por exemplo, porque é que o primeiro homem a chegar à Lua disse, para que ficasse gravado, indelevelmente, na História da Humanidade, “Este é um pequeno passo… “ e coisa e tal pardais ao ninho.
    Esta problemática revela-se também na obra de importantes poetas, de Camões a Pessoa. Transcendental.
    Já a pobreza franciscana das batatas cozidas, com ou sem ovo, é objecto de dissertações com um carácter porventura mais técnico e menos poético.
    Discute-se, com paixão, se a temperatura da água aliada à esfericidade da batata, conduz ou não o cozinheiro ao desespero. São problemas de saúde mental que se alcandoraram a um nível de discussão que não cabe no espaço exíguo deste blog.
    Para saber mais: santacita@hjmatos.pt

    Bom almoço.

  4. Nelson Santos

    Vivemos para comer, para buber e para outros verbos igualmente deliciosos. E, como bons portugueses, vivemos para nos queixarmos…viva nós!

  5. Jack

    Como, logo existo. É uma máxima bem mais válida que a Socrática…

    Digo eu, mas também pode ser só fome.

  6. catarina

    O que vale é que concordam comigo…;) Afinal parece ser um assunto essencial para toda a gente…ah caneco, já volto para comentar o resto, isto é hora de ponta agora…;)

  7. mana

    Não há dúvida: tu e o teu sobrinho são arraçados de Garfield. Entre o sofá e a mantinha e a importância do “o que é que eu vou comer agora”. O teu sobrinho até colocava como ponto alto na sua relação comigo (cartões do dia da mãe) os meus deliciosos cozinhados.:-)