Pois…
Porque eu não quero. Não quero e não quero e não quero. Já não sei escrever, pá. É isso. Um gajo não quer de tal maneira que depois já não se lembra como é. Lembras-te de eu ter cosido as pontas dos dedos? Tá cicatrizado, pá, não me apetece abrir a costura. Se abrir, mergulho no fundo da minha imaginação. Não há lá luz nenhuma. É imaginação, mas é muito fundo, muito vazio e muito sem nada. Não há passarinhos nem arco íris nem cores cintilantes. Não há magias nem cavalos alados nem bonecas de palha vestidas às riscas.
Só há vampiros. Não vais gostar.
Que são os leitores senão vampiros? Que são os escritores se não lhes sugarem os livros?
Pá…tá bem visto, tá bem visto…mas é uma forma de olhar. Há outras menos…coiso…tou sem palavras a pensar nisso…na verdade tou aqui a pensar num post muito pequeno que acabei de ler e que é um espanto embora não tenha nada a ver com isto, divago sob o peso da beleza desse post, vampiros os leitores? Não, prefiro pensar que é tudo uma dádiva, um dá as palavras, o outro dá a leitura. O vampiresco implica uma falta de sangue a certa altura. É isso.
Tá nada bem visto!
Já me irritou com essa mais vezes. Já lhe disse que não sugo o sangue de ninguém e muito menos alimentar-me provocando anemias.
Não sugo o sangue de ninguém, só o deixo cair sobre mim e até dou o meu se for preciso.
E aqui para nós, é só sensação de dejá vu ou não houve já entre nós uma leve discussão sobre este tema? Sou muito abilulada, mas há coisitas que não me esqueço. Prefiro as fontes que essas sim saciam a sede, refrescam e ninguém esvazia.
Acho que sim, Maré (vampiros é sempre um tema recorrente comigo…). Também está bem visto, as fontes. É mais aquilo que eu referi antes e qyue gosto de pensar que se aplica à relação escritor/leitor.
Mas na realidade também há vampiros.
Há mesmo Catarina, mas não se pode é medir tudo pela mesma bitola. O que há sem margem para dúvidas é uma simbiose entre quem escreve e quem lê. Mas olha,o mal dela hoje é sono;)
O meu também era. E ainda é.
Beijinhos!