100nada

(o cabelo, caneco, não é a Julianne Moore, é o cabelo dela aqui nesta pic)

Sou mais vestidos e sandálias (sem tira atrás, das que chinelam, seja lá o capot ou os saltos que tenham e agora aqui leia-se um encolher de um ombro, mas só de um) e porque não? Tenho andado a fazer algumas contas assim por alto e, não me caindo um vaso de uma varanda alta, um camião da faixa do lado, ou outro acidente qualquer em cima, tenho ainda pra cima do dobro do tempo. Tá bem que a parte do fim não será muito direita, mas e a do princípio também não incluia fraldas? Sabe Deus que até algumas do meio andei bem torta…portanto tenho vindo a concluir que, não obstante potenciais vasos e bengalas lá para diante, eu

sou mais vestidos e sandálias. Não me apetece seriedades, coisas pesadas, complicações; é (quase, quase) Verão *.

(*uma estação que merece maiúscula)

está na altura de decidir coisas muito importantes, as quais, como é evidente, não vão ser escritas neste blog.

Mas sem ligar nenhuma a essa água a cair seguida. Fim de semana glorioso, com tanto miúdo, uma alegria. Com a Ana e o André e os miúdos e mais estas miúdas e os pais e mais a sobrinhada toda, uma das manas e quase a chegar mais um sobrinho da outra mana. Uma verdadeira confusão feliz, crianças aos pulos e aos berros por todo o lado. Todos amigos, incluindo o outro mais pequeno e o como é que se chama? e o Siras e as bombas na piscina, a chuva, o pão que é bolo da Páscoa, os ovos moles, os polícias e os ladrões e as escondidas e as pistolas de água, os Gormitis e a Princesa, as fotografias dos aquários e as cepas que afinal ficam para a próxima, o algodão dos choupos e as alergias, os cigarros lá fora, as pernas esticadas na cadeira da frente, as toalhas molhadas, as miúdas crescidas que já não jogam às escondidas, as grávidas que ainda têm montes de coisas para fazer, as aventuras entre o vinho e o café, enfim

FOI BESTIAL!

Ontem (isto é, hoje de manhã) deitei-me a ouvir passarinhos; lembrou-me os anos em que me deitava sistematicamente a ouvir aquele barulho infernal a picar todos os neurónios e a causar uma vontade enorme de sair por aí fora com uma caçadeira, não fora o facto de nem me conseguir ter de pé, quando mais acertar no que quer que fosse.

Apesar de tudo parece-me mais saudável uma maratona de dvd’s do que uma maratona de shots. 😀 E sempre me dói menos a cabeça.

Não, este post de Olha aí, são quatro da tarde e só acordei agora! é mesmo só para armar em mete-nojo com as minhas amigas.

PORTUGAL! CANECOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

isto dá cabo de um gajo, ver um jogo destes. mas aquele final foi fantástico!

adenda: olha olha, temos o Paulo Querido a comentar o jogo todo no Twitter! Soubesse eu! Nem avisa nem nada!

Ora então, nas janelas estão montanhas de bandeiras. E nos carros. Até passou uma motonete por mim (eu morra aqui ceguinha se aquilo não era uma Famel aka Foda-se, A Moto É Linda) com uma bandeira (tão mal) agarrada, que se apostava quanto tempo é que aquilo iria durar até voar para se espetar no vidro do incauto que vinha atrás (era eu).

E, claro, o comentário dos contra-euros “pois é, o país em crise e tudo tão mal e esta malta agora parece que não se passa nada e só ligam é a esta merda da selecção”.

Esta merda desta ideologia é como o Natal, caralho. Como somos todos pobres e em crise e refilamos o ano inteiro, não podemos distrairmo-nos dessa neura crónica nem nos entusiasmarmos e vibrar e buzinar e sorrirmos com as luzinhas e com os passes de bola. Safa! Que gente esta, que mergulha na vida horrível e é quase crime ou falta de cérebro ou discernimento ou sentido da realidade, ter uns momentos de alegria. Uns tristes, enfim.

Vou pendurar a bandeira e já volto! 😀

adenda: tá pendurada, olhem lá!

É da minha vista ou aquilo está muito pior de há uns dias para cá? Não paguei a conta…será disso? 😀

A partir de hoje, este blog vai ficar insuportavelmente bola, Euro, bandeiras e cachecóis, buzinas e rituais. Olé!

E, claro, para seguir a bola online, o melhor blog do mundo sobre o Euro (entre muitas outras coisas) é o do Leonel Vicente.

Em algumas coisas, não tenho a menor pachorra para partilhas.

(sim, é mesmo a palavra pachorra que queria escrever: não há qualquer sentimento grande ou grave: apenas me enfada)